Thay se levanta do meu colo e se dirige ao outro lado da bancada, meus olhos se fixam em seu corpo. Até que sinto um tapa na parte de trás da minha cabeça, olho na direção do agressor e encontro George me olhando bravo.
- Quer parar de secar ela na minha frente?
- Então olhe para outro lado, uai. – Falo debochado, o que causa risos na mesa. – Tendo em vista que eu também toco, amasso, ... – Outro tapa, agora mais forte.
- Cala a boca, Enrico. – Um Rapha mais relaxado grita comigo. – Não preciso saber o que faz com a minha irmã.
- Vamos voltar ao foco da reunião?
A mulher em questão fala me lançando um olhar bravo, que eu respondo com um sorriso e outra encarada. Não conseguindo segurar por muito tempo, minha Flor balança a cabeça sorrindo, voltando para o café que prepara.
- Podemos enumerar os fatos em ordem cronológica, o que acham? – André começa. – Qual o primeiro f
- Não sabemos ainda, estou investigando. – Fecho meus punhos em cima da mesa. – Eu sei o que está pensando e sim, vamos descobrir se assim como você, ela também foi maturada por Zander.- É ISSO! – Nat grita e a olhamos sem entender. – Danila está na boate para te vigiar, seu pai a colocou lá, provavelmente seu intuito inicial era dinheiro e poder, mas então Carol se envolveu com Olavo, você... bem, Daniel morreu e Thay também é filha de Cassandra, com o bônus de ser irmã de Raphael.- A intenção é atingir tanto Enrico, quanto Raphael, já que você está investigando a organização criminosa deles a anos. – Adriel completa olhando para meu amigo.- O foco de Zander era apenas Raphael, e a melhor forma era infiltrando alguém próximo a ele, quem era o mais próximo? – Ola
Após nosso plano maluco, tive que deixar a casa de Enrico, o que acabou se mostrando certo, uma vez que na saída, meu irmão comprovou estarmos sendo seguidos. Minha tristeza foi genuína, pois meu namorado não ficou nem um pouco contente e digamos que nossa despedida foi frustrante para os dois. Aproveitando que estou tendo mais tempo a 3 dias, ou quem sabe tentando me distrair, Raphael resolveu apresentar-me para nosso pai, e hoje será o grande dia. Afinal, segundo ele, o homem ficou extremamente emocionado por ter uma filha e está impaciente para me conhecer. Eu quis que Elvira estivesse presente, ela foi a figura materna que tive, mesmo que de maneira torta, e agora estamos no carro com Felipe, escoltados por seus amigos,
Volto a mim no momento em que paramos na portaria do condomínio mais caro e chique da cidade. Ainda não me acostumei com luxo e riqueza, vivi sempre de maneira simples e nunca fui deslumbrada, mas em alguns momentos acaba sendo assustador.- Tudo bem? Você está muito calada. – Meu amigo aperta minha mão e assinto.- Apenas estou assustada com tanto luxo, será que precisa tanto?- Você sabe que seu pai é um dos homens mais ricos de todo o país, não sabe?- Raphael me explicou, mas não quero o dinheiro dele.- Isso não muda o que ele é. – Olha em minha direção quando somos liberados pela segurança. – E ele sabe que recusou sua parte?- Claro, caí de paraquedas na vida deles e simplesmente já pego uma parte do que eles têm? – F
O simples fato de citar a existência dele é o gatilho para que novas e grossas lágrimas venham fortes. Abraço-me mais a ela e tento segurar, porém, é mais forte do que eu. Um soluço sofrido sai dos meus lábios. Antes que possa reagir, sou rodeada por braços fortes e o cheiro dele me invade. Meu cérebro agora vai sentir sua essência em outros abraços, apenas para me torturar? É tão bom, que permaneço de olhos fechados para não quebrar a fantasia e voltar a um mundo em que não me quer mais.- Abra os olhos, Flor de diamante. – Arregalo os olhos e estou nos braços dele, olhando para ele, ouvindo sua voz.- ENRICO! – Grito ao mesmo tempo em que me jogo em seus braços, colocando meu rosto em seu
Thaynara Duas mãos grandes envolvem as minha, apertando-as com carinho, uma corrente elétrica perpassa meu corpo, causando leves tremores, que nada tem de eróticos, são de cumplicidade, de alegria, de amor. Encaro o homem ao meu lado, em seus olhos quase negros, encontro a certeza de que seja o que for, estará ao meu lado. Como se percebesse que estou pronta, Célia inicia seu relato.- Comecei a trabalhar para os pais de Saimon, quando ele era ainda muito jovem. Era um pouco mais velha, mas passei a cuidar dele como de um irmão, era um menino jovem, carinhoso com os pais e funcionários, enfim um gentleman. – Olha fixamente para um quadro na parede, como se estivesse apenas com o corpo presente, sua alma voltou ao passado. – Mas, nã
Vou até ele e sentando-me ao seu lado o abraço, demonstrando que não há mágoas entre nós, pois ambos fomos vítimas de pessoas desiquilibradas e cruéis.- Eu sempre soube que minha família tinha uma história triste, permeada por maldades de minhas “tias” – Elvira faz mímica de aspas no ar. – Tenho vívidas em minha memória, as maldades que Cassandra cometia sorrindo.- Por que eu não me lembro dela? – Rapha questiona. – Eu tenho lembranças de Cássia, mas não me lembro de nada disso. Apenas de uma vez em que a peguei chorando e ela me deu um tapa e me mandou ficar quieto.- Você era apenas uma criança, por isso não percebeu, mas essa era Cassandra. – Célia diz. – Elas eram idênticas. Porém, quand
Abraço-a por longos minutos, tentando transmitir toda minha gratidão. Elvira pode não ter sido uma mãe presente, não ter me deixado ter a vida igual a de outras crianças, mas teve motivos para isso.- Eu me lembrava de quando você era carinhosa, de me levar ao parque, de cantar para mim, mas com o tempo, passei a acreditar que havia sido sonho.- Eu fazia tudo isso, minha menina. – Lágrimas correm por nossos rostos e sorrisos aparecem ao mesmo tempo em nossos lábios. – Mas, quando a levei embora, não podia correr o risco de descobrirem sobre você.- Como fez com a documentação? – Raphael pergunta.- Eu contatei um amigo do seu pai e ele me ajudou. – Célia revela.- Você sabia esse tempo todo? – Meu irmão se levanta nervoso.- Sim e n&atild
Felipe se levanta como se fosse uma fera enjaulada. Segue até próximo da janela, mas sem conseguir se segurar esmurra a parede e é seguro por Rapha, antes que fique pior.- Essa mulher era quem? – Pergunto.- Joana Martins, uma paulistana traficada e usada como escrava sexual e saco de pancadas por Zander. – Fica em silêncio e com um suspiro termina – hoje conhecida como Idalina Nascimento. O grito que ouvimos é tanto de dor como de sofrimento, meu amigo já havia deduzido, mas é pior do que pensava. Corro em direção a ele e com todo o meu amor, pois ele é uma das pessoas que mais amo no mundo, o recolho em meus braços. Sinto sua dor em mim. Aos poucos vamos nos acal