Desligo o som, fecho as portas de madeira e pegando em sua mão, levo-a para o outro corredor, onde estão os quartos. Paro no início e volto minha atenção para ela.
- Aqui ficam as suítes, são em um total de 4, com a maior e principal sendo a minha. – Desvio o olhar dela, tomando coragem para perguntar, mas sou surpreendido.
- Em qual eu vou dormir? – Seus olhos me inspecionam, procurando algo que ainda não descobri o que é, então resolvo ser sincero.
- Você mesma disse que esperava que minha cama fosse espaçosa.
- Eu sei o que disse, agora quero saber o que você quer.
- Bem... – Solto o ar com força e recomeço, porque é tão difícil tomar coragem, porra. – Eu queria... não, eu quero que você durma comigo. – Faço
Sem dar tempo para que ela diga uma palavra, pego-a em meus braços e vou em direção a cama, jogando-a suavemente para que não se machuque.- Esta é a nossa cama, Flor, cama, está e sua dona, aquela que esteve comigo nos últimos meses aqui.- Você é louco. – Fala sorrindo.- É a verdade, uai, uma vez que você passou todas as noites em meus pensamentos. Pego seu pé direito e retiro suas sandálias, beijando seu tornozelo e cada um de seus dedos. Faço o mesmo com o pé esquerdo, subindo as mãos por suas pernas até os joelhos, onde com um movimento hábil eu a viro de bruços na cama, fazendo-a arfar. Passo a língua nas curvas dali, causando arrepios por seu corpo e ofegos mai
Acordo assustada devido ao pesadelo que tive e demoro para situar em qual o ambiente em que estou. Aos poucos a consciência de que me encontro na casa de Enrico vai voltando. Hoje faz 15 dias morando com ele, que não me deixa sozinha em nenhum momento, se não estou acompanhada por ele, é por Raphael ou Enrico. Na verdade, não tenho sua companhia apenas quando estamos os dois trabalhando ou ainda quando ele vai para a discoteca, como ele se refere a boate, quando prefiro ficar em casa e ele demora apenas o necessário para se inteirar da situação.Ele disse que não era romântico, que não era acostumado com relacionamentos, porém, não é o que ocorre comigo e foi bem enfático em dizer que sou eu, que apenas comigo é assim, incluindo
Encaminho-me para a cozinha e encontro Enrico tomando uma xícara de café sentado a mesa, conversando com Célia.- Bom dia! – Falo quando adentro o ambiente.- Bom dia, menina! – Ela responde me dando um abraço carinhoso. – Esse menino está te tratando bem?- Está me tratando como uma princesa. – Pisco um olho para ela, ao mesmo tempo em que ele me abraça pelas costas.- Bom dia, amor! Dormiu bem? – Beija meu pescoço e puxa o ar com força, fazendo meus pelos se arrepiarem. – Vai trabalhar desse jeito?- Alguma coisa errada com minha roupa?- Claro que sim, vou ter que desmarcar meus compromissos e vigiar os marmanjos que ficarem te olhando. Célia solta uma gargalhada e indica a mesa para que nos sentemos, onde um verdadeiro banquete está servido.- Ain
- Interessante, já sabem o sexo. Quanto tempo? – Felipe questiona.- Já estou com 17 semanas.- Demoraram a descobrir? – Questiono.- Como da primeira vez, não planejamos, daí ontem, fui a uma consulta de rotina, como sabem. – Lembra-nos que saiu mais cedo. – Como o marido dedicado que é, Bernardo me acompanhou, ele falou com o médico acerca de uma suspeita que ele estava tendo, que desconfiou o mesmo durante o exame físico. – Sorri passando a mão na barriga que parece realmente já estar apontando. – Pediu um ultrassom e confirmou.- Não tenho culpa se seus seios ficaram maiores e mais sensíveis amor.- Hum hum, dedicado. – Olavo fala jocoso. – É aquele médico, Bernardo?- O próprio. – Fecha a cara. – Acha mesmo que deixaria ela ir sozinha?- O doutor Alexandre? – Per
Todos finalmente se vão sobrando apenas Rapha, Isaac e eu na recepção, quando a porta da rua é escancarada e uma mulher adentra pisando duro. Olho para ela e tenho a sensação de já a ter visto. É uma loira bonita, com corpo esguio, e altura mediana. Mas, seus olhos soltam faíscas. Ela se encaminha até o balcão, ignorando sumariamente meu irmão e a mim.- Quero falar com Thaynara Cardoso. – Sua voz pinga desdém.- Pois não? – Questiono sem dar tempo para Isaac responder. Ela se vira para me olhando de cima a baixo, fazendo um movimento com os lábios, como se tivesse nojo.- Virou recepcionista agora? Não deixa nem o rapaz responder? - E nesse momento tenho o estalo, eu a vi na empresa de Enrico.
Após um tempo em que nenhuma das duas desvie o olhar, minha sala é invadida por um Enrico possesso, seguido por Raphael também com cara de poucos amigos.- O que você veio fazer aqui, Danila? – Meu namorado pergunta com a voz muito calma em contraste com sua fisionomia. – Raphael me disse que você chegou ofendendo minha mulher.- Sua o quê? – Ela quase grita.- Quem faz as perguntas aqui sou eu. – Vem até mim, segura meus ombros e a olha com raiva. – Responda, o que veio fazer aqui?- Você mudou desde que se envolveu com essa... – olha para ele, engole em seco – mulher. – Tenho certeza de que a palavra não seria essa. – Até brigar na boate você fez. Eu estou sempre ao seu lado, mesmo quando percebeu que ela era uma interesseira e ficou longe, fui eu quem te
Hoje é a tal consulta de minha Flor de diamante com o tal doutor Alexandre. Qual a justificativa de as mulheres ficarem ouriçadas por homens bonitos em determinadas profissões? Ela dormiu na casa do Raphael, pois precisei ir até São Paulo para sanar alguns problemas na filial de lá, ontem e consegui chegar apenas de madrugada. Meu amigo, como o paranoico que é, não quis deixar que ela me esperasse sozinha, então levou-a e minha saudade é tão grande que não consigo parar quieto. Estou revisando uma papelada referente a minha visita, quando Amanda me chama pelo interfone.- Rico, Zander está aqui e disse que só vai embora quando você o receber.&
Saio do meu transe quando a porta é aberta por um Zander com cara de poucos amigos. Não me dou ao trabalho de o receber de pé, não faço questão da sua presença.- Sua secretária é muito ruim de serviço, disse que se eu quisesse entrar que abrisse a porta. Seu avô sabe disso?- Mandi é muito competente, além de ser da família. Porém, não preciso discutir sobre meus funcionários com você. – O olho friamente. – Também não vejo problema em que abra uma porta, afinal você tem mãos para isso, não?- Eu ainda sou seu pai e exijo respeito.- Respeito é conquistado por merecimento e não exigido, portanto para de perder o meu tempo e diga logo o que veio fazer aqui.- Não vai me oferecer nem uma cadeira,