Estou nervoso como se nunca tivesse saído com alguém antes, mas basicamente é verdade, já que ela é a primeira mulher que levo na minha casa e no quarto escondido no meu escritório, afinal não misturo trabalho com prazer, ou deveria dizer que não misturava? Da mesma foram, minha casa é o meu santuário e veja bem, não sou um homem dado a espalhar minha intimidade e o lar diz muito sobre cada indivíduo.
Saímos da sede do hotel com vários seguranças contratados pelo Raphael, ele está sim levando muito a sério a segurança da irmã e não posso reclamar, porém eu mesmo poderia cuidar disso, tenho uma equipe muito competente e confio cegamente em meu chefe de segurança, vulgo motorista Armando. Mas te
Nesse momento adentramos no estacionamento do condomínio e Thay olha para tudo com olhos arregalados, me fazendo sorrir.- PUTA QUE PARIU! – Tapa a boca com as duas mãos e olha desconcertada para um Armando divertido. – Desculpe senhor, é que isso é um exagero.- Não precisa pedir desculpas senhorita, também não sei para que tanto luxo.- Ah não, nada de senhorita, meu nome é Thaynara, mas pode me chamar de Thay. – Abre um sorriso que tenho certeza encanta meu motorista.- Somente se me chamar de Armando. – Pisca um olho conspirador para minha garota.- Mas é claro que sim, Armando. Seu nome combina com o senhor. Sério e cordial, gostei. Meu motorista sorri amplamente, o que me assusta, pois ele só sorri
Célia e Armando caem na risada e então estamos os quatro gargalhando sem parar quando Raphael abre a porta e entra.- Parece que o ambiente aqui está animado.- Alguém me explica que segurança é essa que eu tenho, pois não me lembro de ter te dado o código Rapha.- Eu sou esperto, te vi digitando na última vez em que estive aqui e quando colocou os dois primeiros deduzi os últimos, - faz cara de debochado – você não é muito esperto, irmão. – Abre um sorriso do gato de Cheshire e rapidamente o fecha. – Ou seria cunhado agora? Não sei se gostei. – Franze a testa em sinal de descontentamento.- Como assim menino? – Célia o questiona.- Quer dizer Celita, que este marmanjo está se aproveitando da minha irmãzinha e que agora s
Passamos um almoço descontraído, no que cumprimos à risca o pedido de Célia, não deixando sobrar nada nas vasilhas e ainda contamos toda a história para ela e Armando, incluindo a de Olavo e Carol, que eles já conheciam, mas não tinham os detalhes referentes a Cassandra. Raphael nos deixa logo quando terminamos, alegando que precisa ir para casa resolver alguns assuntos pendentes com o administrador das empresas do grupo deles, deixando-nos para descansar. Em muitos momentos percebi desconforto nas atitudes de Célia, durante nosso relato e um olhar carinhoso em direção a Thaynara, o que me causou certo grau elevado de curiosidade. Será possível que essa senhorinha saiba de algo acer
Ela adentra a sala, passando por cada prateleira contendo diversos livros colecionados por uma vida toda. Minha biblioteca é um sonho infantil realizado por meu avô, que fiz questão de carregar comigo quando me mudei. É um ambiente amplo, onde três paredes são tomadas por estantes abarrotadas por livros, que para melhor conservação, são fechadas por portas de vidros transparentes e a quarta e última parede tomada por uma grande janela, mas que não toma todo o seu espaço, deixando que quadros com pinturas coloridas e alegres, de artistas goianos, quebrem a sobriedade do ambiente. O centro é tomado por sofás e poltronas confortáveis nas mesmas cores que os do escritório, com a diferença que estes são mais contemporâneos.- Você já leu todos esses livros? – Per
Desligo o som, fecho as portas de madeira e pegando em sua mão, levo-a para o outro corredor, onde estão os quartos. Paro no início e volto minha atenção para ela.- Aqui ficam as suítes, são em um total de 4, com a maior e principal sendo a minha. – Desvio o olhar dela, tomando coragem para perguntar, mas sou surpreendido.- Em qual eu vou dormir? – Seus olhos me inspecionam, procurando algo que ainda não descobri o que é, então resolvo ser sincero.- Você mesma disse que esperava que minha cama fosse espaçosa.- Eu sei o que disse, agora quero saber o que você quer.- Bem... – Solto o ar com força e recomeço, porque é tão difícil tomar coragem, porra. – Eu queria... não, eu quero que você durma comigo. – Faço
Sem dar tempo para que ela diga uma palavra, pego-a em meus braços e vou em direção a cama, jogando-a suavemente para que não se machuque.- Esta é a nossa cama, Flor, cama, está e sua dona, aquela que esteve comigo nos últimos meses aqui.- Você é louco. – Fala sorrindo.- É a verdade, uai, uma vez que você passou todas as noites em meus pensamentos. Pego seu pé direito e retiro suas sandálias, beijando seu tornozelo e cada um de seus dedos. Faço o mesmo com o pé esquerdo, subindo as mãos por suas pernas até os joelhos, onde com um movimento hábil eu a viro de bruços na cama, fazendo-a arfar. Passo a língua nas curvas dali, causando arrepios por seu corpo e ofegos mai
Acordo assustada devido ao pesadelo que tive e demoro para situar em qual o ambiente em que estou. Aos poucos a consciência de que me encontro na casa de Enrico vai voltando. Hoje faz 15 dias morando com ele, que não me deixa sozinha em nenhum momento, se não estou acompanhada por ele, é por Raphael ou Enrico. Na verdade, não tenho sua companhia apenas quando estamos os dois trabalhando ou ainda quando ele vai para a discoteca, como ele se refere a boate, quando prefiro ficar em casa e ele demora apenas o necessário para se inteirar da situação.Ele disse que não era romântico, que não era acostumado com relacionamentos, porém, não é o que ocorre comigo e foi bem enfático em dizer que sou eu, que apenas comigo é assim, incluindo
Encaminho-me para a cozinha e encontro Enrico tomando uma xícara de café sentado a mesa, conversando com Célia.- Bom dia! – Falo quando adentro o ambiente.- Bom dia, menina! – Ela responde me dando um abraço carinhoso. – Esse menino está te tratando bem?- Está me tratando como uma princesa. – Pisco um olho para ela, ao mesmo tempo em que ele me abraça pelas costas.- Bom dia, amor! Dormiu bem? – Beija meu pescoço e puxa o ar com força, fazendo meus pelos se arrepiarem. – Vai trabalhar desse jeito?- Alguma coisa errada com minha roupa?- Claro que sim, vou ter que desmarcar meus compromissos e vigiar os marmanjos que ficarem te olhando. Célia solta uma gargalhada e indica a mesa para que nos sentemos, onde um verdadeiro banquete está servido.- Ain