- Agora chega! – Falo baixo, porém de forma que todos escutem. – Querem parar de se meter onde não foram chamados?
- Eu me preocupo com ela e sei que você tem sentimentos por ela, mas não confio que não vai fazê-la sofrer e...
- Eu não tenho sentimentos por ela, - falo mais alto e vejo seu corpo ficar rígido, bem como o sorriso de Amanda sumir – eu estou apaixonado por ela e isso não é da maldita conta de ninguém.
Todos arregalam os olhos para mim, ao mesmo tempo que a vejo soltar o ar de uma vez. Porém, não dou importância para ninguém, apenas para ela. Não tinha a intenção de revelar isso assim, mas esses intrometidos me tiraram do sério.
- Como? – Sussurra.
Puxo-
Ele se vira e vem ao nosso encontro, puxando-me para um abraço, ao mesmo tempo em que beija minha testa. Meu avô é um senhor da minha altura, bastante robusto ainda e que não aparenta a idade que tem. Solta-me e se vira para Thay, que se encontra em pé ao nosso lado com o semblante envergonhado.- É muito bom poder revê-la, minha querida.- O prazer é meu, senhor Garibaldi.- Nada disso, - ela arregala os olhos para ele e sorrio, pois já sei o que vem – meu neto estava com a língua na sua garganta, dentro da sala dele, em frente a esse tanto de gente – estreita os olhos em minha direção – isso só pode significar que é sua namorada, então me chame de nono, sim? Minha mulher solta o ar com força, sin
- Eu vou estripar esse desgraçado, vou apertar seu pescoço até que veja a vida deixando seus olhos. – Enrico fala após soltar um grunhido ao meu lado.- Eu posso ajudar? – Amanda, até então calada, solta. – Eu adoraria ensinar a esse desgraçado como tratar uma mulher.- Se acalmem, - falo sem me alterar – o máximo que vão conseguir é levar um monte de tiros, pois, eu vi pelo menos uns 50 homens, antes de fugir, - solto um suspiro – acho que se o tal de Russo não tivesse me ajudado, nunca teria conseguido fugir.- Isso não é verdade. O Don Juan aí, - Rapha aponta para Enrico – já estava dando andamento em um plano, quando nos avisaram que o Russo enviou mensagem que ia te enviar para o heliporto.- Como ele fez isso? – Felipe pergunta.- Ele mantém contato com o meu chefe esporadicamente e o &uacut
- E como, - fica em silêncio com a cabeça baixa e finalmente olha para cada um na sala. – Me chamo Ângelo Marques de Almeida e sou natural de Pelotas no Rio Grande do Sul. Sou policial federal desde meus 26 anos, quando passei no concurso. Sempre trabalhei em casos que precisavam de infiltrados, uma vez que não tenho família. – Elvira aperta sua mão e ele a olha agradecido. – Mas, a 6 anos surgiu a necessidade de alguém se infiltrar em uma quadrilha de tráfico humano, me ofereci. – Solta o ar pesadamente, como se o estivesse prendendo. – Não vou mentir, fiz coisas pelo sucesso dessa missão e pelo bem maior, que não acreditava ser possível alguém fazer, matei pessoas que não mereciam morrer e tive contato com outros que nesse momento deveriam estar no inferno. Mas, a 1 ano, Peçanha me enviou para matar alguém que não fui capaz.&nbs
Sinto uma dor imensa em meu peito e olhando para meu amigo de tantos anos, percebo o quanto fomos injustos com Elvira, ela mesmo sendo ausente foi minha mãe e me amou como tal. Sem conseguir me conter, levanto-me e puxo-a para um abraço apertado, cheio de gratidão, remorso e lágrimas.- Obrigado, você salvou minha vida por várias vezes, incluindo ontem. – Falo baixo, porém com o silêncio presente, acredito que todos ouviram. Ela convulsiona em meus braços e aperta-me mais intensamente, até que Russo a puxa para seus braços, acalmando-a com palavras gentis e carinhosas. Quem diria que esse homem fosse o mesmo que chegou ontem naquele lugar. O amor faz cada coisa com as pessoas.- Seus relatórios foram entregues? – Rapha pergunta, olhando p
Minha mulher está mais vermelha do que acreditei ser possível, mas ao invés de seu constrangimento causar desconforto, me faz sentir mais que especial, afinal ela esperou 30 anos para se entregar e eu fui o sortudo. Abraço-a carinhosamente e observo a morena problema se acomodando em uma cadeira que um dos seguranças trouxe para ela. Todos permanecem por mais algum tempo, inclusive Amanda providenciou um bufê com frios para um café da manhã tardio, uma vez que muitos ainda não comeram. E então liderados por meu avô maluquinho e especial, um a um foram se despedindo e por fim, restamos eu e minha flor na mesma posição.- Enfim sós. – Falo sorrindo.- Graças a Deus! Não sei se vou conseguir olhar no rosto do seu av&oci
Estou nervoso como se nunca tivesse saído com alguém antes, mas basicamente é verdade, já que ela é a primeira mulher que levo na minha casa e no quarto escondido no meu escritório, afinal não misturo trabalho com prazer, ou deveria dizer que não misturava? Da mesma foram, minha casa é o meu santuário e veja bem, não sou um homem dado a espalhar minha intimidade e o lar diz muito sobre cada indivíduo. Saímos da sede do hotel com vários seguranças contratados pelo Raphael, ele está sim levando muito a sério a segurança da irmã e não posso reclamar, porém eu mesmo poderia cuidar disso, tenho uma equipe muito competente e confio cegamente em meu chefe de segurança, vulgo motorista Armando. Mas te
Nesse momento adentramos no estacionamento do condomínio e Thay olha para tudo com olhos arregalados, me fazendo sorrir.- PUTA QUE PARIU! – Tapa a boca com as duas mãos e olha desconcertada para um Armando divertido. – Desculpe senhor, é que isso é um exagero.- Não precisa pedir desculpas senhorita, também não sei para que tanto luxo.- Ah não, nada de senhorita, meu nome é Thaynara, mas pode me chamar de Thay. – Abre um sorriso que tenho certeza encanta meu motorista.- Somente se me chamar de Armando. – Pisca um olho conspirador para minha garota.- Mas é claro que sim, Armando. Seu nome combina com o senhor. Sério e cordial, gostei. Meu motorista sorri amplamente, o que me assusta, pois ele só sorri
Célia e Armando caem na risada e então estamos os quatro gargalhando sem parar quando Raphael abre a porta e entra.- Parece que o ambiente aqui está animado.- Alguém me explica que segurança é essa que eu tenho, pois não me lembro de ter te dado o código Rapha.- Eu sou esperto, te vi digitando na última vez em que estive aqui e quando colocou os dois primeiros deduzi os últimos, - faz cara de debochado – você não é muito esperto, irmão. – Abre um sorriso do gato de Cheshire e rapidamente o fecha. – Ou seria cunhado agora? Não sei se gostei. – Franze a testa em sinal de descontentamento.- Como assim menino? – Célia o questiona.- Quer dizer Celita, que este marmanjo está se aproveitando da minha irmãzinha e que agora s