Capítulo Cinco

Tristan

Consigo ver a confusão no rosto de Grace e depois algum tipo de indignamento, então mais confusão. Ela é tão transparente, apenas olhando poucos segundos para seu rosto eu consigo dizer tudo o que ela está sentindo. E nesse momento sua cabecinha linda e esperta está a mil por hora com bilhões de pensamentos loucos passando por ela, tanto que ela não consegue colocar nada par fora.

– Namorada? Como namo? Mrs. Sullivan o senhor está bem? Algum acidente aconteceu? O senhor bateu a cabeça em algum lugar. Eu li que concussões podem causar alucinações – Ela se levanta rapidamente – Precisamos leva-lo ao medico.

– Grace sente-se – Tento falar o mais calmo possível para não deixa-la mais nervosa do que já está, mas parece ter um efeito contrário.

– Eu vou ligar para 911, o senhor não saia daqui...

– Grace eu não bati minha cabeça – Passo a mão pelos meus cabelos, então desço pelo meu rosto, não achei que seria fácil de convencê-la em embarcar nesse plano louco comigo, mas parece que a ideia de ser minha namorada é tão absurda para Grace que ela acha que eu enlouqueci. – Você pode se sentar?

Ela acena com um suspiro e volta para a cadeira em silencio.

– Mrs. Sullivan eu respeito o senhor muito e o senhor nunca foi mais do que respeitoso comigo em mais de um ano que trabalhamos juntos, mas se o senhor acha que o que eu disse ontem sobre o termino com o meu namorado abriu algum tipo de privilégios...

– Jesus! – Suspiro – Grace você pode me deixar falar?

– Claro senhor! – Ela enrola as mãos uma na outra no colo e se mexe na cadeira – Mas só deixando claro, eu não sei que tipo de secretaria solteira o senhor teve antes de mim, mas eu não sou esse tipo.

– Eu sei que não é querida – Pela primeira vez desde que a chamo pelo apelido carinhoso a vejo endurecer me mostrando que as coisas não estão indo nada bem e se eu não explicar o que quero dela logo, ela provavelmente sairá daqui correndo direto para uma delegacia – Começando com isso, eu não quero nenhum favor sexual seu, Grace.

Ela suspira e seus ombros caem em alivio, eu tenho vontade de ri de sua reação, se eu fosse um homem de ego frágil provavelmente estaria no chão agora com a minha garota aliviada por não querer dormir comigo. Mas sei que sua reação diz mais sobre sua conduta profissional do que um pensamento provavelmente inexistente de ela e eu sermos algo mais que chefe e empregado. Por isso essa ideia de leva-la ao Texas fingindo ser minha namorada, uma mudança de perspectiva longe do nosso local pode mostrar a Grace o que vejo desde que nos conhecemos. 

– Então eu não entendo. – Sua voz doce e confusa me tira dos meus pensamentos voltando para nosso momento

– Mamãe está me enchendo para que eu apresente uma garota para ela no natal, eu preciso que você seja essa garota.

– Sua namorada? Tipo falsa? – Ela ri – Eu li um livro mês passado sobre uma cara fazendo uma proposta para que a garota fosse sua namorada falsa para que ele conseguisse a aprovação da família e ficasse com o dinheiro e a empresa, então eles se apaixonam, mas não contam os sentimentos e tem todo um drama, depois há um casamento e bebês.

– Eu juro que não tem nenhuma herança ou empresa em jogo – Falo achando graça de sua divagação, ela é adorável – Só precisamos passar o natal com os meus pais e voltar para casa e está tudo acabado.

– Você vai mentir para sua mãe?

– É só para que o coração dela acalme nesse natal. Maddox o despedaçou quando disse que ia levar a striper que ele conheceu algumas semanas atrás.

– Algum problema com ela ser striper? – Grace franze a sobrancelhas para mim e cruza os braços embaixo dos pequenos seios os levantando para o discreto decote.

– Problema nenhum – Falo com um certo divertimento, feliz por sua inquisição – O problema é que a striper vai apenas para irritar a mamãe que sonha que todos nós nos estabeleçamos e dê netos para ela e tenho quase certeza que ela roubou meu irmão da ultima vez que nos falamos.

– O natal em sua família parece animado Mrs. Sullivan.

– Você não faz ideia, acho que irá gostar.

– Eu tenho uma decisão quanto á isso? – Ela pergunta cautelosa

– Claro, eu já te disse que não tem problema se disser não, mas eu realmente preciso de você Grace – Acho que essas últimas palavras foram as mais verdadeiras que já disse á ela.

O silencio toma conta do ambiente por um momento e meus olhos pegam o lábio inferior de Grace sendo massacrado pelos dentes enquanto ela se perde dentro da sua própria cabeça.

– Querida – a chamo e seus olhos se ascendem até os meus – O que seus lábios fizeram para você massacra-los desse jeito?

– Desculpe – Ela murmura passando a ponta rosa da língua onde está vermelho no lábio e eu posso dizer que apenas isso me faria de joelhos para ela. Como pode um movimento inocente de uma língua me deixar duro como uma rocha, enquanto bucetas pingando de outras mulheres não fazem nenhum movimento em mim? Cristo! Eu estou completamente perdido. – Posso perguntar algo?

– O que você quiser, estou te pedindo um favor querida, você dar as cartas aqui.

– Você é ainda meu chefe – Ela revira os olhos, sua petulância me faz querer coloca-la contra a parede mostra-la como posse ser seu chefe – Porque eu e não um de seus encontros? Tenho certeza que elas conseguem se portar muito melhor que eu com sua família.

Encontros? De onde ela tirou isso? Há meses meu pau só conhece minha mão, porra, estou tão na seca que vê-la passar a língua nos lábios quase me fez gozar nas calças como um adolescente de merda.

– Eu não tenho nenhum encontro atualmente, e mesmo que tivesse essas garotas que saiam comigo em capas de revistas não dizem nada para mamãe, provavelmente ela as colocaria para descascar batatas e elas sairiam correndo antes mesmo de chegar.

– Acho que posso gostar da sua mãe – Ela sorri divertida.

– E eu acho que ela vai te amar – Falo sabendo que cada palavra é verdadeira, mamãe vai amar minha garota.

– Eu adoraria ajuda-lo Mrs. Sullivan – Ela faz uma pequena pausa e eu sei que o “mas” virá em seguida fazendo meu estômago cair – Mas... Eu não posso sair de Nova York no natal, minha irmã está aqui e...

– Vocês não passam o natal separadas – Completo e ela acena – Porque ela não vem com a gente? A casa é grande, mamãe fará comida mais do que qualquer um de nós possa comer, tenho certeza que ela adorará ter um monte de pessoas para cuidar.

– Eu não posso...

– Por favor, Grace, pelo pobre coração da minha mãe – Dou os meus melhores olhos de cachorrinho.

– Nenhuma pressão aqui, não é Mrs. Sullivan?...

– São apenas alguns dias, ela ficará feliz no natal com sorte tão feliz que ignorará a striper ladra e depois voltamos para casa e nunca mais falamos disso.

– Eu...

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