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Capítulo 8... Preocupação com Alessandro

Parte 8

Isabela

Eu olho na direção da casa. Sinto pena de meu cunhado, mas eu tinha uma ideia de que talvez isso viesse a acontecer. Ele nunca foi honesto com Emma sobre ter uma vida diferente, sobre ser um mafioso e sobre tudo o que fazia. Ou pelos menos fazer um resumo, assim como Victor fez com a Lívia.

Torço a boca, apertando os lábios. É uma pena mesmo. Eu senti que ela estava estranha, mas achei que estava só aborrecida e não pensando em sair de casa e largar o Alessandro. Coitado!

— Eu falei sobre isso com o Enzo... – deixei meu copo em cima do guardanapo — Eu disse a ele que mandasse Alessandro chamar a Emma para uma conversa – dei de ombro, meio aborrecida — Me sinto mal por isso. Eu deveria ter insistido para que Enzo o aconselhasse.

— Mas o que ela tinha, minha querida? – Yelena perguntou, se inclinando para mim — Você sabe de algo? É grave?

— Ai, minha sogra... – suspirei e fiz uma careta de sentida — A Emma estava com uma ideia fixa de que Alessandro tem uma outra mulher.

— Uma amante? – Yelena se surpreendeu — Mas e por que ela pensava isso? Por acaso meu filho fez algo para que ela achasse que ele tinha uma amante? – ela arregalou os olhos — E ele tem, Isabela? – cobriu a boca com a mão.

— Não, não... Eu acho que não... – mexi no cabelo — Ai... Eu sei que não. O problema é que Alessandro está muito envolvido nos negócios, assim como o Enzo. Só que ele não falou nada pra Emma e foi deixando a imaginação dela preencher as lacunas – eu abri as mãos sobre o colo — Foi o que houve, minha sogra... Ela juntou os pontos errados e acabou deduzindo que ele tinha uma outra mulher.

— Ai, Jesus! – Lívia balançou a cabeça, olhando para a piscina — Eu sabia que tinha algo de errado com ela – nos olhou — Na verdade, ela meio que comentou por alto sobre esse pensamento, mas eu não achei que isso iria tomar esse tamanho... Me sinto triste por ele...

— Ah, meus filhos... – Yelena suspirou de cabeça baixa — Se não é um, é o outro – ergueu as mãos para o céu — Por que, meu Deus? Por que o Senhor me deu filhos tão complexos?

— Acho que eles não seriam seus filhos se fossem pessoas simples e comuns – eu disse rindo e ela riu junto comigo — Eu acho que se meu cunhado tivesse feito como o Victor fez, isso não teria acontecido.

— Talvez... – Lívia inclinou a cabeça — Eu quando soube sobre o Victor fazer parte de uma família da máfia, fiquei com muito medo do que poderia acontecer... De repente, se a Emma soubesse, teria ido embora bem antes.

— Bem, isso não vamos saber agora – Yelena fez um bico, com cara de contrariada — Agora tenho que ajudar meu filho a superar essa partida.

— Eu não acho que ele queira superar, minha sogra – eu fiz uma cara de dúvida — Me parece que com o caráter forte dele, Alessandro vai atrás de Emma até encontrá-la.

— Eu também acho... Ele me parece muito perdido, coitado – Lívia completou.

— Pronto!... – Yelena bateu as mãos, agitando o guardanapo — Agora eu tenho que me preocupar com Alessandro... Logo ele, que vivia de boa por aí, como se nada o incomodasse. Olha... – ela fez uma cara engraçada — Vocês que se cuidem quando forem mães...

— Eu não! – Lívia levantou a mão — A Isabela que já está nesse caminho – ela riu — Eu ainda vou demorar para começar a ter filho.

— Mas não demore muito – Yelena apontou para ela — Eu estou velha, quero ter muitos netos correndo por essa casa.

Nós rimos, mas de verdade, estamos preocupadas com Alessandro. Realmente, ele sempre foi o mais solto e relaxado dos três irmãos. E agora está sofrendo. E também estou pensando sobre a Emma. Onde será que ela foi?

Olhei para a casa de novo. Os três estão lá dentro, conversando e tentando ajudar o irmão. Eu também gostaria de ajudar. Mas antes vou falar com meu marido para não fazer bobagem.

** ** **

Alessandro

— Para de andar de um lado para outro, Alessandro... Está me deixando tonto – Victor reclamou — Senta aí! – ele aponta para uma cadeira.

— Não consigo ficar parado – eu abro os braços — Você sabe que eu sou agitado, merda!

— Merda digo que! – ele fala alto — Senta aí e tenta lembrar de algo que você fez para que a garota fugisse de casa dessa forma.

— Eu? – toco o peito, abismado — Eu não fiz nada, seu idiota. Ela apenas se foi.

— Eu não acredito nisso – Victor nega com a cabeça — Alguma merda você deve ter feito.

— Eu também acho – Enzo comenta — Eu sempre disse que você tem a boca grande, Alessandro – ele ergue a mão.

— Vai se ferrar, Enzo – eu apertei os lábios em um bico — Não está vendo que estou nervoso?

— Estamos sim, mas algo você fez – Victor disse.

— Ou deixou de fazer, né? - Enzo pegou o celular.

— Como assim? – franzi os olhos sem entender.

— Você não foi de todo honesto com ela, irmão. Deveria ter pelo menos dado uma dica sobre quem você é de verdade – Enzo mexeu o ombro.

— E sua família também – Victor completou — Eu fiz isso com a Lívia.

Eu esfreguei o rosto, abaixando a cabeça. Eu entendi então. Merda!

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