Clara Isabel está aterrorizada e o seu coração parece que lhe vai rebentar no peito.-Deixa-me, seu idiota atrevido! -Levantou-se com tanto medo que até teve forças para dar um pontapé feroz no homem, sem ver quem era.-Ai, isso dói! queixou-se o homem, passando a mão pelas calças e pegando na pila. - Foda-se! Bateste-me com tanta força que acho que nunca mais vamos ter filhos. -disse o homem enquanto gemia, curvado de dor.-José Luís? perguntou a rapariga espantada, e num momento quis pedir-lhe desculpa quando o viu com a cara pálida, mas depois lembrou-se que estava chateada com ele e começou a rir-se alto.-Amor, não acredito que te rias da minha desgraça. O marido queixou-se-lhe.-Pensas que não tive medo, José Luís, por favor, não voltes a fazer isso com uma mulher grávida. -A rapariga recusou, mas agora chorava por causa do susto que tinha levado.Perdoa-me, minha vida, não era minha intenção assustar-te. -Só te quis consolar porque te vi a chorar, mas se soubesse que te ias des
Algures no mundo...Essa noite foi a mais longa e horrível que a jovem Yeni viveu na sua curta vida. Nem conseguia dormir a pensar que, a qualquer momento, o seu marido Alberto acordaria e a magoaria enquanto ela dormia, sem que ela pudesse sequer defender-se.Mas o que a deixou muito surpreendida e ao mesmo tempo confusa foi o facto de, no dia seguinte, Alberto ter voltado a ser o mesmo, carinhoso e terno de sempre. Mas desde a noite anterior, ela já não é a mesma e talvez nunca mais volte a ser a mesma por causa da desconfiança que ele agora gera nela.Pareces muito estranha, pequenina, passa-se alguma coisa? -perguntou o jovem Alberto, porque ela não reagia da mesma forma que antes quando ele a beijava.-Eh... não. Não, não se passa nada. -respondeu ela, franzindo o sobrolho.-Se estiveres aborrecida, diz-me e eu levo-te a um sítio que sei que vais adorar e pedes-me para voltar. -Ele se gabou.-Não precisamos de ficar aqui mais tempo, Alberto, por favor, vamos voltar para a nossa c
Yeni fica gelada com a confissão do marido, embora na sua mente esteja sempre a repetir que se trata de uma maldita piada.-Meu Deus, Alberto, como é que podes dizer isso? -diz a rapariga indignada.-Foi assim que aconteceu, meu amor. Obrigaram-me a pegar na arma que tinham e exigiram-me que disparasse, eu disse-lhes que não, que nunca na minha vida mataria a minha própria carne e sangue.Depois feriram-me o abdómen com uma faca e eu caí no chão a esvair-me em sangue.-Então, a cicatriz que tem foi causada por esse incidente e não por uma queda, como me disse?Exatamente, e foi por isso que quando me perguntaste, da primeira vez que me viste nua, como é que eu a tinha feito, eu beijei-te e menti-te quando te disse que tinha caído porque estava a fazer uma corrida clandestina com a minha mota.-Agora compreendo, mas... é melhor continuares a contar-me e desabafares o quanto quiseres agora.-Obrigado, meu amor. Bem, continuando a história, como eu não queria matá-lo, deram a mesma arma
Clara Isabel está dividida entre contar ou não ao marido que já sabe da relação dele com aquela mulher e da suposta filha que está a caminho. Quer fazê-lo, mas não sabe como contar-lhe sem que ele tente negar tudo e a acuse de imaginar coisas que nem sequer estão perto de ser verdade. Apesar de estar muito triste, adora ouvir as gargalhadas que o pequeno Tony dá quando está a brincar com o pai e, no fundo do seu coração, dói-lhe a ideia de que um dia, em breve, terá de os separar para irem para longe daqui começar uma nova vida onde José Luís já não fará parte.Um pouco mais tarde, Clara Isabel sai e senta-se num sofá para apreciar a felicidade do filho, José Luís olha para ela com um olhar cheio de desejo pela mulher, mas ela apenas lhe lança um meio olhar e depois ignora-o, todo o seu amor por ele morre ali, fazendo o coração do milionário partir-se em pedaços.José Luís pede à ama que leve o seu filho para o quintal, com a promessa de que chegará mais tarde para continuar a brinca
José Luís continua a conduzir e, embora pareça muito descontraído, no fundo está sempre preocupado com o que vai fazer se Clara Isabel não acreditar nele e decidir avançar com a ideia estúpida do divórcio.-Porque é que me trouxeste para a empresa? -perguntou ela, quando se apercebeu que estavam a entrar no mesmo parque de estacionamento privado de onde tinham saído há algumas horas.-Porque quero mostrar-te uma coisa, minha mulher.-Mas não é hora de estar a trabalhar.Oh não! Trouxeste-me para fazer horas extraordinárias pelas horas que perdi à tarde, não foi, és um animal com a mãe dos teus filhos, não tens pena de mim nem por eu estar grávida? -disse a rapariga, fazendo os seus famosos sons de beicinho que servem para derreter e manipular o marido.-Clara Isabel, por favor, pára de fazer suposições que não são verdadeiras, por favor, relaxa.É que a tua atitude está a dar-me cabo dos nervos. Praticamente arrastaste-me contigo e estás a deixar-me nervosa.-Por favor, entra na sala
José Luís aproxima-se com preocupação e põe-lhe a mão na perna, como que indignado com o que tinha ouvido.Amor, diz-me que não é verdade que vais continuar com a ideia absurda de nos divorciarmos.-E porque não, se é o que mais quero neste momento, separar-me de um homem que só me dá dores de cabeça quando me apercebo que anda a rebolar com todas as mulheres que lhe cruzam os olhos.-Mas tu ouviste-a, meu amor, eu... eu não tenho pais... eles morreram quando eu ainda era criança e tu ouviste muito bem que ela fala da minha mãe. Ela está a mentir, meu amor, está a inventar estas coisas para prejudicar o nosso casamento. -disse o homem, suplicante, andando de um lado para o outro na sala, puxando os cabelos para trás por causa do nervosismo e do desespero que sente porque a mulher quer deixá-lo e parece que a sua decisão firme é irremediável.-Já nem sei o que pensar, José Luís, estou tão confuso e não sei em qual de nós acreditar.-Sou eu que te estou a dizer a verdade, meu amor. Mas
Nessa noite, o casal decidiu passá-la no quarto da empresa, Clara Isabel disse à ama que só poderiam chegar no dia seguinte. Felizmente, o pequeno Tony é muito apegado à ama e gosta de passar tempo com ela, caso contrário seria um problema para os pais ficarem fora de casa e deixarem-no.Nessa noite, amaram-se loucamente e fizeram amor tantas vezes quantas puderam, tentaram compensar em poucas horas todos os dias em que estiveram longe um do outro, acabaram por adormecer de madrugada e, para sua surpresa, quando acordaram já passava das dez da manhã.Tinham adormecido enquanto a empresa já estava em pleno trabalho, a nova rececionista tentava contactar o patrão José Luís para verificar vários documentos, mas não tinha resposta, e como poderia fazê-lo se o telemóvel dele ainda estava dentro das calças, que estavam no chão ao lado da cama?A rapariga decide entrar no gabinete do patrão para deixar os documentos na sua secretária, pensa que a assistente não virá hoje, que é Clara Isabel,
A fogosa Yeni desaperta o fecho e abre as calças do homem, puxando-as um pouco mais para baixo até conseguir tirar para fora o pénis dotado do seu homem, acariciando-o durante alguns momentos e logo ele está pronto para ser montado por ela.Enquanto ele olha para a estrada, ela enterra-se na sua pila e deita a cabeça no seu ombro para não lhe obstruir a visão. Ela move-se para cima e para baixo, de um lado para o outro e assim por diante, até que o som alto de uma sirene os alerta.A rapariga pára quando ouve o marido dizer que um carro da polícia os está a mandar parar.-Veste-te como um raio, meu amor, vou ter de encostar. -ordenou-lhe o rapaz, sentindo a adrenalina do momento, misturada com a pergunta do porquê de estarem a ser mandados parar.-Mais uma vez estes idiotas estragam o nosso momento. A rapariga queixou-se e saiu do colo do homem para vestir as cuecas e arranjar o seu vestido de verão desarrumado.-Boa tarde, meus senhores! -O homem fardado cumprimentou-os ao aproximar-