JC
Alguns anos antes…
— JC, dá uma chegada aqui! – PJ fala pelo rádio. Alguns minutos depois JC entra na sala.
— Me chamou chefe?
— Sim, tenho uma missão para você.
— Solta a fita.
— Chegou aos meus ouvidos que os bolivianos estão nos passando a perna.
— Filhos da puta, o que quer que eu faça?
— Você vai se infiltrar na comunidade deles, fiquei sabendo que estão selecionando novos recrutas, e só confio, essa missão para você e Magrin, mas ele é meu sub, e com as coisas que estão rolando com a Morena, não posso tirar ele do morro.
— Considere feito, eu vou arrumar minhas coisas e vou no começo da semana que vem.
— Não, você vai hoje.
— O quê? Não posso ir amanhã? Ou na madrugada? – JC questiona.
— Não dá, quanto antes melhor, e tô dando uma ordem. Não mando mais nessa porra, não?
— Certo chefe, vou arrumar minhas coisas. — Diz JC, escondendo a raiva misturada com decepção.
— O avião sai daqui à meia hora. E não preciso dizer que é sigilo absoluto – JC assente com a cabeça, e PJ continua – Já ia me esquecendo, deixa seu celular, leva esse, limpinho, sem rastreio, mas nos mantenha informado pelo menos três vezes por semana. – JC concorda e sai da sala puto, porque ele tinha combinado de sair com a Maju, eles estão tendo um caso escondido há alguns meses.
"Merda, como vou explicar para a Maju que vou sumir, por nem sei quanto tempo? E não posso nem contar o motivo!" – Pensa JC descendo para sua casa, frustrado e inerte com o que acontecia à sua volta.
— E aí JC, firmeza? – Magrin o cumprimenta, ao cruzar com ele pela rua.
— Fala aí. – JC o cumprimenta com mau humor na voz e de cara feia.
— Ei, meu irmão, que bicho te mordeu? – Magrin fala, olhando sério para o amigo de infância, sabia que algo tinha acontecido.
— Pergunta para o PJ! Preciso ir, se não me atraso, falo aí! – Magrin olha pra ele sem entender nada e segue o caminho da boca.
JC entra em casa, batendo a porta com força, arruma sua mala na força do ódio, e de qualquer jeito. Ele olha para o celular e sabe que não pode usar para avisar a Maju.
"Maju, ela vai ficar muito brava achando que eu dei bolo nela! O foda é que nem sei quanto tempo vou ficar fora, uma missão dessa pode levar dias, semanas, meses, ou até mesmo anos" – JC está perdido em seus pensamentos quando alguém b**e na porta.
— Que caralho viu! – Ele termina de arrumar as coisas e segue para abrir a porta, e dá de cara com Menor.
— O chefe pediu pra te levar. — JC concorda com a cabeça e seguem para pista clandestina.
" Talvez possa mandar um recado pela Jenny!… Mas aí ela me mataria por ter revelado nosso esquema! Que caralho, porque tive que aceitar que essa porra de relacionamento tinha que ser escondido! Agora tenho que sumir por um tempo e nem posso avisar minha gata marrenta! " — JC está olhando pela janela do carro, mas não enxergava nada, pois não conseguia para de pensar em Maju, em como ele explicaria tudo para ela, quando Menor o chamou, o tirando de seus pensamentos
— Para de pensar, que essa porra de pixaim já está cheirando queimado.
— Vai se foder menor, to bom não. — JC responde grosso.
— Ei, não tenho culpa dos seus B.O não. — Menor retruca.
— Só me deixar com meu humor acido. — JC tenta não ser grosso, mas no momento ele está a ponto de fugir e ir ver a Maju, mas sabe que se fizer isso, o PJ nunca vai perdoá-lo, então ele engole seu sentimento e vai para a missão.
“Cacete, só aceitei ser o namorado as escondidas, porque o pai dela já estava caindo em cima da Gabi, e ela não queria que toda a fúria caísse nela também, então decidimos ir com calma, mas essa calma me fodeu agora, to gamadão na marrenta, não quero ficar sem ela, e sei o gênio do cão que ela tem, ela nunca vai me perdoar.” — JC continua com sua briga interna, quando dá um, soco no painel do carro, o Menor estava distraído e dá um pulo.
— CARALHO, JC, quer me matar do coração, porra! — JC olha para ele com os olhos negro de raiva, pois ele acabou de perceber que gostava muito mais do que imaginava da Maju, ele olha com um olhar mortal para o Menor. — Ok, ok, não estou mais aqui — Menor diz com os olhos na estrada.
…
Enquanto isso, Maju terminava de se arrumar para ir ao encontro do JC. Ela tentou ligar várias vezes, mas o mesmo caia direto na caixa postal.
— Será que aconteceu alguma coisa? — Maju fala ao dar uma última olhada no espelho, tenta ligar mais uma vez e como previsto, direto na caixa postal.
Preocupada, ela decide ligar para sua irmã.
— Oi, amor da minha vida, tudo bem? — Maju fala assim que sua irmã atende.
— Oi, amor, está tudo bem, sim, graças a Deus e com você?
— Hoje tem baile, né?
— Tem, sim, quer vir, você dorme aqui em casa.
— Ótimo, estou indo.
— Beleza, te espero em casa. — Maju desliga o celular, pega sua bolsa e vai para o morro Esperança.
Chegando lá ela é bem recebida pela irmã e pelo PJ, eles vão para a área vip, assim que chega Maju passa o olho e não encontra quem tanto procurava.
— Procurando alguém? — Gabi perguntou baixinho ao seu lado. — Ele não está aqui. — Ela fala em seguida.
— Quem? Quem não está aqui? — Pergunta Jenny se juntando a elas.
— Ninguém, a Gabi que está doida.
— Vamos dançar, quero empinar a raba e deixar esses homens doidos.
— Mas você não está com o Magrin?
— Minha filha, ele é como cachorro no cio, pega todas — Ela diz rindo — Vamos causar Maju, Gabi fica quietinha aqui, não quero rolo com meu primo — Jenny diz debochada, fazendo as meninas sorrirem.
“Já que JC sumiu do mapa, eu vou aproveitar!” — Pensou Maju, com sentimentos confusos como abandono e traição.
Ela queria se vingar pelo bolo que tomou, então desce com a amiga e aproveita a noite, mas não fica com ninguém, pois seu sentimento e desejo, era todinho para JC.
JCJC chega na comunidade, e logo é barrado pelo vapor do morro La Roja.— Satisfação, eu sou MK, gostaria de conversar com o dono do morro. — JC fala com um dos vapores, por ele ser amigo do PJ, preferiu trocar o nome, para que seu disfarce fosse mais seguro.— Se é loco rapa, acha que é fácil assim falar com o chefe? — Responde um deles com o fuzil apontando para JC.— Sou do comando, apenas procurando um refúgio. — JC fala levantando a mão em respeito, e mostrando que não pretendia fazer mal a eles.— De onde você é? — JC segue o som da voz e se depara com quem estava procurando, o chefe do morro, ele havia visto uma vez no morro Esperança, mas de longe.— Satisfação Tenebroso, sou MK, do morro Esperança, Brasil, posso ter um papo contigo?— Te dou um minuto, porque tô de bom humor, — ele olha para o cara que estava com o fuzil apontado para mim e fala — Sinistro, revista ele e leva para minha sala.Sinistro é o braço direito do Tenebroso, ele leva JC para a boca principal, e após
MAJU Por mais que Maju estivesse aproveitando a vida, saindo mais do que o costume, fingindo está sempre feliz, Gabi sabia que algo estava errado, algo tinha acontecido com a sua irmã. — Amor, o que está acontecendo? Você não é assim! — Gabi diz séria, mas com tom de carinho. — O quê? Não tem nada acontecendo. — Maju dá uma de desentendida. — Dá para ver de longe que está sofrendo, você não me engana. — Gabi insiste. — Maju se rende e fala seca. — Eu, eu acho que fui enganada Gabi. — Diz Maju sem emoção nenhuma em sua voz ou olhos. — Mas antes que eu possa responder à enxurrada de perguntas, tem notícias do JC? — Humm, não, mas posso tentar descobrir algo com o PJ. — Maju nega com a cabeça, não quer trazer problemas para a irmã. — Deixa pra lá. Já escolhi, eu quero pizza de lombo com ricota. — Maju desconversa com o sabor da pizza, mas Gabi não é boba, sabe o que sua irmã está tentando fazer, mas o que Maju não sabe, é o quanto Gabi está empenhada em descobrir, o que deixou sua
JCEnquanto JC se arrumava para o baile, ele não conseguia deixar de pensar em Maju, em específico no dia que se conheceram,"... – Que se qué Jenne? – Perguntei para Jenne, mas olhando a delícia da amiga dela.– PJ tá me esperando.– Já é, vou avisar ele. – Pego o rádio, me afasto um pouco, sem tirar os olhos daquela mulher da cor do pecado.– Porra que gatinho amiga – Escuto ela cochichar para a Jenne, e tive que conter o sorriso de satisfação.– Mas não vale um real. – Jenne diz sorrindo, me encarando, pois sabe que ouvi, as duas ainda estavam rindo quando me aproximei.– Ele pediu pra entrar. – Falei secando a Maju, que ficou toda tímida.Nesse dia, ao mesmo tempo, em que ela tinha um olhar curioso, ela também sentia medo, e eu gamei a primeira vista, eu vi a força e garra dela, o que me fez admirá-la, sem contar que ela é gostosa pra caralho." — JC ficou divagando por um tempo, flashes do tempo que passou com a Maju, dos olhares que trocavam no meio de todos, e ninguém percebia,
MajuCansada de chorar, Maju decide levantar a cabeça e seguir em frente, sem olhar para trás.Decidida, vai para o banheiro, toma um banho quente, hidrata seus cabelos e corpo, quando está prestes a sair, sua tia Nina liga e avisa que Bernardo sofreu um acidente de carro, Maju fica desesperada e corre para o hospital.Ela ama seus irmãos e saber que um deles está no hospital, a deixa com o coração apertado de preocupação, quando Gabi vivia nos hospitais devido ao escroto do Luiz, Maju sofria tanto quanto a irmã, ela é a caçula dos três, mas a mais sensível em todos os sentidos, e sempre puxa tudo para si, seja dor ou proteção. Maju é uma leoa, e se for para proteger alguém que ama, ela não mede esforço.Quando está chegando no hospital, ela decide ligar para a Gabi, tendo certeza que se ninguém a avisar, ela vai ficar doida de raiva.— Oi Maju, aconteceu alguma coisa? — Gabi atende, no segundo toque.— Sim, o Bê sofreu um acidente de carro. — Maju não tem filtros, então já vai faland
MAJUDepois que Maju falou com o Luiz, ele se manteve escondido, ainda tramando contra o relacionamento de Gabi e PJ, mas não de perto como no hospital. Maju se mantém alerta a irmã, e sua gestação, pois é de alto risco.Bernardo já teve alta do hospital, está trabalhando de casa, mesmo com a família brigando com ele, pois ele precisa de repouso, mas ele está querendo livrar sua irmã Gabi do laço que ela ainda mantém com o Luiz, o casamento, Bernardo está correndo atrás do divórcio, mas Luiz se esquiva todas às vezes, o que está deixando-o louco.Maju está passando mais tempo no morro, para ajudar sua irmã, devido à gestação de risco que a mesma possuí, dói muito para ela estar no morro, pois lembra muito o JC, mas ela precisa seguir em frente, e querendo ou não, JC pode voltar a qualquer momento, e lá é a casa dele, pelo menos era. Gabi decidiu morar na casa do PJ, então Maju e Jenny estão ajudando ela com a mudança, é um momento onde Maju consegue se desligar da dor e sorrir com a i
** Neste capítulo, terá uma cena que pode trazer gatilhos, caso seja seu caso, peço que pule o capítulo.JCJC sai disparado atrás do vapor que ouviu sua conversa, "a quanto tempo ele estava à espreita? O quanto ele ouviu? Quem mandou ele vigiar?" — JC se perguntava enquanto corria desesperado atrás do vapor, depois de alguns minutos conseguiu alcançá-lo, um pouco antes de entrar na mata, mas JC aproveitou o lugar, para tirar informações.Assim que JC pulou em cima do vapor, os dois rolaram no chão, o vapor tentava escapar, para que pudesse fugir de novo, mas JC o prendeu em uma chave de braços, quando o Vapor estava quase sem respirar, JC soltou o vapor e disse.— Solta a fita, quem mandou você me vigiar?— Não posso contar, minha família vai correr riscos.— Sua família corre risco desde que você decidiu entrar no crime vacilão, agora desembucha. — Ele nega com a cabeça, JC não queria bater ou matar ele, por ele ser apenas um menino, mas precisava, não podia deixar pontas soltas, su
** Neste capítulo, terá uma cena que pode trazer gatilhos, caso seja seu caso, peço que pule o capítulo.**MAJUQuando Maju olha para o lado, nem acredita, sem pensar duas vezes pula no colo do seu amigo, Tomás é o filho mais novo adotivo do Pitty, melhor amigo da sua mãe Janaina, Tomás é apenas dois anos mais velho que Maju, mais ele tem QI altíssimo, devido a isso já finalizou sua faculdade e tem uma empresa em segurança e tecnologia com um amigo.Quando eram adolescentes, sempre que Tomás passava as férias no Brasil, esse era o lugar que eles consideravam como refúgio.— Quando chegou?— Ontem à noite, assim que soube da Gabi, imaginei que estaria precisando de mim!— Por que não a Gabi?— Porque sei que todos estão dando uma força para ela — Maju não diz nada, só o abraça forte, eles sempre tiveram essa ligação, às vezes eles brincavam que eram mais irmãos que os próprios irmãos.— Ei boneca, não chore — Ele diz enxugando o rosto de sua amiga. — Já falei para se consultar com um p
JCApós algumas horas desmaiado, JC abre os olhos com um pouco de dificuldade, pois a luz forte do quarto onde ele está o incomoda, aos poucos ele se lembra do que aconteceu na noite passada, ele não tem certeza se Tenebroso conseguiu reconhecer o PH, torce para que não, sua garganta está seca, então ele tenta se levantar quando escuta uma voz grossa.– Melhor não se mover garoto. – Só então JC percebe que não está sozinho no quarto do hospital.– Tenebroso, você está bem? – JC pergunta.– Sim, graças a você! Sabe me dizer porque tinha homens meus tentando me matar?– Eu não sei dizer – JC mente.– Os homens que invadiram meu morro, você os conhece?– Não.– Mentiroso. Por que cobriu o rosto? E eu também nunca vi um inimigo salvar seu oponente."Droga PH, o que respondo agora?" – Pensou JC olhando para Tenebroso sem saber o que dizer.– Qual seu grau de confiança em mim neste momento? – JC pergunta a Tenebroso.– Cinquenta por cento, porque salvou minha vida duas vezes, mas, por outro