JC
Enquanto JC se arrumava para o baile, ele não conseguia deixar de pensar em Maju, em específico no dia que se conheceram,
"... – Que se qué Jenne? – Perguntei para Jenne, mas olhando a delícia da amiga dela.
– PJ tá me esperando.
– Já é, vou avisar ele. – Pego o rádio, me afasto um pouco, sem tirar os olhos daquela mulher da cor do pecado.
– Porra que gatinho amiga – Escuto ela cochichar para a Jenne, e tive que conter o sorriso de satisfação.
– Mas não vale um real. – Jenne diz sorrindo, me encarando, pois sabe que ouvi, as duas ainda estavam rindo quando me aproximei.
– Ele pediu pra entrar. – Falei secando a Maju, que ficou toda tímida.
Nesse dia, ao mesmo tempo, em que ela tinha um olhar curioso, ela também sentia medo, e eu gamei a primeira vista, eu vi a força e garra dela, o que me fez admirá-la, sem contar que ela é gostosa pra caralho." — JC ficou divagando por um tempo, flashes do tempo que passou com a Maju, dos olhares que trocavam no meio de todos, e ninguém percebia, eram como facas enfiadas em seu peito.
— Que saudades minha marrentinha.
JC chegou no baile e foi direto para o camarote, sentou-se na poltrona mais afastada do amontoado de pessoas que estavam dançando e curtindo o baile no camarote.
— O que tá pegando garoto, para estar com essa cara azeda? — Tenebroso perguntou sentando ao seu lado no sofá e o entregando uma dose de whisky.
— Não está rolando nada.
— Sou um homem com cinquenta e quatro anos, garoto, já vivi muito, vi e fiz muito também, e de longe dá para ver que é coração partido. — JC nada diz, apenas encara o copo à sua frente, e em sua mente cenas de Maju com outro homem que não seja ele o deixa furioso. — Ok, garoto, não precisa me contar, toma isso com isso, ele despeja um saquinho branco na bebida de JC e diz — Se sentirá melhor, por algumas horas, mas escute, não faça isso sempre — JC o encara confuso. — Nosso lema garoto é, você vende e não usa.
Dito isso, Tenebroso se afasta e pede para duas mulheres irem até o JC. As duas mulheres chegam e sentam ao lado de JC.
— Oi gatinho, fiquei sabendo que precisa de uma companhia.
— Ou duas? — A outra moça diz.
JC analisa cada uma delas, ele realmente tenta sentir algo, mas é como se todas fossem comuns e nenhuma chegue aos pés de sua amada.
Depois de um tempo, ele deixa as meninas sozinhas e vai até a barra que separa a área vip do resto do baile, nesse ponto JC, nem saberia dizer seu nome, pois já usou muita droga e bebeu mais do que devia, absorto em seus pensamentos ele a vê, esfrega os olhos, e ela está sorrindo, sem pensar duas vezes JC se coloca no meio da multidão, até que chega nela, na morena dos seus olhos, ele a beija, sem ao menos dizer nada, ela corresponde com a mesma voracidade.
— Vamos para a minha casa. — JC fala em seu ouvido.
— Com toda certeza lindo.
JC não sabe como chegou, mas quando chegou em casa ele já foi despindo sua bela morena, assim como se despindo, eles não conversaram, apenas se beijavam, se tocavam, o único som que se escutava eram dos seus corpos se chocando um no outro, assim como seus gemidos.
Ao amanhecer JC acorda com um peso em seu peito, ele abre um sorriso, até lembrar onde está, então mesmo não querendo, ele olha a bela mulher morena deitada em seu peito, e constata o que imaginava, aquela mulher não era Maria Julia, não era a sua amada.
JC pula da cama, como se nela houvesse o pior dos monstros, com seu movimento a bela mulher acorda.
— Bom dia gostoso.
— Vista-se e saia.
— Vamos fazer de novo, eu até deixo você me chamar de Maju — Ela diz com um sorriso de lado, mostrando seu lindo corpo, com belas curvas.
— Sério, nunca mais fale isso, some da minha frente, e em hipótese alguma, se compare a Maju, pois você não chega nem aos pés dela, — A morena olha para ele, com um misto de sentimentos, ofensa, ódio, raiva, decepção. — Saía. — Rugiu JC, a mulher vestiu sua roupa de qualquer jeito e saiu correndo da casa.
Assim que ela saiu, JC pega a primeira coisa que vê na frente e taca na parede.
— Como você pode fazer isso João Carlos? — Com muito nojo de si mesmo, ele vai para o banheiro, após o banho ele olha para o espelho embaçado e a raiva de si mesmo só aumenta, fazendo ele dar um soco no vidro, no qual fez cortes profundos em suas mãos, ele enrola uma toalha em seu pulso e é obrigado a ir ao posto de saúde.
...
Um tempo depois...
JC está em sua casa, e como combinado liga para o PJ, para passar o relatório e mostrar que ainda vive.
— Passa o relatório. — Fala Magrin.
— Ainda não consegui chegar nas cargas de separação, mas estou cada dia mais próximo do Tenebroso, vou começar a plantar a discórdia entre ele e Sinistro, quero ir logo para casa.
— E como estão as coisas por aí?
— Nada bem mano, a Morena teve um parto pré-maturo, agora estamos confiando em Deus, para que o herdeiro não morra.
— Porra, que foda mano, quer que eu volte para dar uma força.
— Não, JC, precisamos descobrir quem está desviando nossas drogas, o prejuízo está grande, se precisarmos de você eu aviso.
— Fecho irmão, e como está a Maju?
— Arrasada, ela não sai do lado da irmã.
— Porra, queria estar aí para consola-lá.
— E porque tu consolaria a Maju? Caralho irmão, como escondeu uma fita dessa de mim? — Magrin fala sem acreditar que o amigo tinha um caso com a Maju e escondeu de todo mundo. — e pela sua cara não foi só um casinho.
— Já é, não quero falar sobre isso, tô na cola do Tenebroso, qualquer coisa eu... — Sua voz foi cortada, pois JC ouviu um barulho, ele fez sinal de silêncio para Magrin que ficou preocupado, JC começou conversar coisas aleatórias e conseguiu ver um vapor sair da sua casa.
— Porra, tenho que ir, vou matar um X9.
JC desliga a chamada de vídeo e corre para o beco que o vapor entrou
MajuCansada de chorar, Maju decide levantar a cabeça e seguir em frente, sem olhar para trás.Decidida, vai para o banheiro, toma um banho quente, hidrata seus cabelos e corpo, quando está prestes a sair, sua tia Nina liga e avisa que Bernardo sofreu um acidente de carro, Maju fica desesperada e corre para o hospital.Ela ama seus irmãos e saber que um deles está no hospital, a deixa com o coração apertado de preocupação, quando Gabi vivia nos hospitais devido ao escroto do Luiz, Maju sofria tanto quanto a irmã, ela é a caçula dos três, mas a mais sensível em todos os sentidos, e sempre puxa tudo para si, seja dor ou proteção. Maju é uma leoa, e se for para proteger alguém que ama, ela não mede esforço.Quando está chegando no hospital, ela decide ligar para a Gabi, tendo certeza que se ninguém a avisar, ela vai ficar doida de raiva.— Oi Maju, aconteceu alguma coisa? — Gabi atende, no segundo toque.— Sim, o Bê sofreu um acidente de carro. — Maju não tem filtros, então já vai faland
MAJUDepois que Maju falou com o Luiz, ele se manteve escondido, ainda tramando contra o relacionamento de Gabi e PJ, mas não de perto como no hospital. Maju se mantém alerta a irmã, e sua gestação, pois é de alto risco.Bernardo já teve alta do hospital, está trabalhando de casa, mesmo com a família brigando com ele, pois ele precisa de repouso, mas ele está querendo livrar sua irmã Gabi do laço que ela ainda mantém com o Luiz, o casamento, Bernardo está correndo atrás do divórcio, mas Luiz se esquiva todas às vezes, o que está deixando-o louco.Maju está passando mais tempo no morro, para ajudar sua irmã, devido à gestação de risco que a mesma possuí, dói muito para ela estar no morro, pois lembra muito o JC, mas ela precisa seguir em frente, e querendo ou não, JC pode voltar a qualquer momento, e lá é a casa dele, pelo menos era. Gabi decidiu morar na casa do PJ, então Maju e Jenny estão ajudando ela com a mudança, é um momento onde Maju consegue se desligar da dor e sorrir com a i
** Neste capítulo, terá uma cena que pode trazer gatilhos, caso seja seu caso, peço que pule o capítulo.JCJC sai disparado atrás do vapor que ouviu sua conversa, "a quanto tempo ele estava à espreita? O quanto ele ouviu? Quem mandou ele vigiar?" — JC se perguntava enquanto corria desesperado atrás do vapor, depois de alguns minutos conseguiu alcançá-lo, um pouco antes de entrar na mata, mas JC aproveitou o lugar, para tirar informações.Assim que JC pulou em cima do vapor, os dois rolaram no chão, o vapor tentava escapar, para que pudesse fugir de novo, mas JC o prendeu em uma chave de braços, quando o Vapor estava quase sem respirar, JC soltou o vapor e disse.— Solta a fita, quem mandou você me vigiar?— Não posso contar, minha família vai correr riscos.— Sua família corre risco desde que você decidiu entrar no crime vacilão, agora desembucha. — Ele nega com a cabeça, JC não queria bater ou matar ele, por ele ser apenas um menino, mas precisava, não podia deixar pontas soltas, su
** Neste capítulo, terá uma cena que pode trazer gatilhos, caso seja seu caso, peço que pule o capítulo.**MAJUQuando Maju olha para o lado, nem acredita, sem pensar duas vezes pula no colo do seu amigo, Tomás é o filho mais novo adotivo do Pitty, melhor amigo da sua mãe Janaina, Tomás é apenas dois anos mais velho que Maju, mais ele tem QI altíssimo, devido a isso já finalizou sua faculdade e tem uma empresa em segurança e tecnologia com um amigo.Quando eram adolescentes, sempre que Tomás passava as férias no Brasil, esse era o lugar que eles consideravam como refúgio.— Quando chegou?— Ontem à noite, assim que soube da Gabi, imaginei que estaria precisando de mim!— Por que não a Gabi?— Porque sei que todos estão dando uma força para ela — Maju não diz nada, só o abraça forte, eles sempre tiveram essa ligação, às vezes eles brincavam que eram mais irmãos que os próprios irmãos.— Ei boneca, não chore — Ele diz enxugando o rosto de sua amiga. — Já falei para se consultar com um p
JCApós algumas horas desmaiado, JC abre os olhos com um pouco de dificuldade, pois a luz forte do quarto onde ele está o incomoda, aos poucos ele se lembra do que aconteceu na noite passada, ele não tem certeza se Tenebroso conseguiu reconhecer o PH, torce para que não, sua garganta está seca, então ele tenta se levantar quando escuta uma voz grossa.– Melhor não se mover garoto. – Só então JC percebe que não está sozinho no quarto do hospital.– Tenebroso, você está bem? – JC pergunta.– Sim, graças a você! Sabe me dizer porque tinha homens meus tentando me matar?– Eu não sei dizer – JC mente.– Os homens que invadiram meu morro, você os conhece?– Não.– Mentiroso. Por que cobriu o rosto? E eu também nunca vi um inimigo salvar seu oponente."Droga PH, o que respondo agora?" – Pensou JC olhando para Tenebroso sem saber o que dizer.– Qual seu grau de confiança em mim neste momento? – JC pergunta a Tenebroso.– Cinquenta por cento, porque salvou minha vida duas vezes, mas, por outro
PH vai embora, e logo o médico entra, ele diz que JC rompeu o ligamento do ombro esquerdo, e que por isso ele terá que fazer uma cirurgia, ele precisará ficar no hospital por pelo menos, mais dois dias....No dia da alta JC estava pensando em tudo que aconteceu até agora, Tenebroso não foi mais vê-lo, mas deixou dois soldados na porta, para protegê-lo. Seus pensamentos sempre acabavam em Maju, então em um momento de desespero, de saudades, e loucura ele decide ligar para sua amada, "ela deve estar sofrendo, com a perda do sobrinho, sei o quanto ela é apegada a família!" – Pensou ele antes de tomar coragem e ligar para ela.— Alô, Alô, se não quer falar por que ligou? — Só de ouvir a voz de Maju o coração dele se aquece, ao mesmo tempo que vira uma bateria de escola de samba. — É você? Por que foi embora sem nem ao menos falar comigo? Eu te odeio, te odeio com todas as minhas forças. Eu precisava de você, sabia? Eu preciso de você! — JC escuta cada palavra que Maju diz, e em cada pala
Alguns meses se passaram…“Minha irmã diz que está tudo bem, mas sei que, no fundo, ainda não se recuperou, mas acredito ser normal, pois eu também não me recuperei. Se eu não me recuperei, imagine ela!” — Maju estava absorta em seus pensamentos quando Jenny a chamou.— Planeta terra chamando Maju.— Oi gata, estava viajando. — Maju fala meio perdida ainda.– Nem percebi — Jenny diz debochada, mas logo pergunta — No que estava pensando?— Na Gabi, ela se faz de durona, mas sei que, no fundo, ela está sofrendo muito, em falar nela tenho que ir, PJ a deixou em casa, então vou para casa curtir minha neguinha. — Maju dá um beijo na bochecha de sua amiga e corre para o ponto de taxi, no caminho, Luiz a cerca.— Que susto, parece até um filhote de cruz credo! — Maju diz com a mão no coração — Desembucha! — Ela fala debochada.debochada.— Não tem bandidos te protegendo hoje? — Luiz diz olhando para os lados — O neguinho já te abandonou? — Ele fala rindo, Maju lembra das vezes que JC a buscav
JC— Primeiro de tudo, você não vai embora, — JC arqueia sua sobrancelha e Tenebroso continua — Você é a porra de um X9, não tem voz.— O que vai fazer comigo? — JC pergunta desconfiado.— Eu vou te manter aqui, te dar um voto de confiança por ter salvo minha vida, mas até que tudo seja comprovado e resolvido, você não sai do morro.“Porra, como vou fazer para que ele consiga acreditar que o Sinistro é o traidor?” — Pensa JC sem deixar transparecer para o Tenebroso.— Ok, quem cala consente, já falei com o médico, você está de alta, então você vai direto pro seu barraco, se fugir eu te procuro até no inferno, acabo com você e com todos que você ama. — Na hora, JC pensou Maju.— Não vou fugir, eu sou homem, não moleque. — Ele retruca.— Ótimo, você vai participar de todas as separações, e filmar para mim, vamos pegar o desgraçado, e vou fazer ele sofre tanto, que vai implorar por sua morte.Alguns meses depois…Todos já o conheciam pelo seu verdadeiro nome, o que causou espanto em algu