MilaHoje será o dia da audiência, eu estou uma pilha de nervos, vou para o tribunal com PJ, Gabi, Manu e Oli.A Gabi veio só para a audiência, disse que jamais me deixaria sozinha nesse dia. Quando eu fugi, jamais imaginei que encontraria uma nova família, porque é isso que cada um deles, mais o Magrin, Jenny e Maju se tornaram para mim, eu não me lembro de me sentir tão acolhida como estou hoje.— Não quero que você vá, mas também não quero que fique nessa vida suja como eu!— Amor, você promete que vai me esperar?— Não precisa nem me perguntar uma coisa dessa, eu já falei e repito. — Ele levanta o meu rosto, segura delicadamente em suas mãos e olha no fundo dos meus olhos. — Eu te amo muito, sou completamente louco por você e nada nem ninguém consegue acabar com o que sinto por você, você é a mulher da minha vida. — Ele me beija, eu retribuo o beijo em lágrimas, pois não quero ir e deixá-lo; por mais que eu mereça, não quero ser presa. — Ele separa nossa boca, se ajoelha no chão,
MilaAssim que entramos eu me deparo com muitos rostos conhecidos, alguns me olham com cara de ódio, outros com desprezo, outros com cumplicidade.— Ignore, você já está abalada demais, pelo que aconteceu lá fora — diz PJ tentando me acalmar, ele me leva para uma salinha. Após alguns minutos, chega um policial, me algema e somos acompanhados ao tribunal.— “Senhoras e senhores do júri, temos aqui o caso de Milena Vasques Miranda, acusada de assassinato do seu ex-namorado e amiga, Luan Estevan Litte e Tiphanie Luana Marques. O julgamento começará com uma análise dos fatos e depoimentos das testemunhas. Estamos aqui para determinar se a acusada é culpada ou inocente. Se for determinado que ela é culpada, ela será condenada por seus crimes. Por fim, eu pediria ao júri que mantenha aberta a mente e considere todas as evidências antes de decidir. Agora, comecemos.”O Juiz me olha com uma cara séria e o PJ sussurra para mim.— Se mostre tranquila, mesmo que não esteja.— O que tem a dizer,
MilaOs trinta minutos passaram-se e retornamos para o tribunal.— Após considerar todos os fatos do caso, eu decido que Milena é culpada de assassinar Luan Estevam Litte e Tiphanie Luana Marques. — Nesse momento começou um burburinho de pessoas cochichando, o juiz bate o martelo. — Silêncio no tribunal. — Todos ficam em silêncio e ele continua. — Sentencio Milena Vasques Trindade a prisão de vinte anos com direito a apelação. Mas a mesma terá que ser internada imediatamente no Hospital — SAP — Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário.— Puta merda — O PJ fala em voz baixa, me acabo de chorar, e o Juiz continua.— Está sentença é dada como punição pela crueldade e desprezo pelas vidas humanas tiradas. Esta sentença serve para enviar uma mensagem clara de que a violência não será tolerada e que os responsáveis serão severamente punidos. Espero que esta punição sirva como um aviso para todos os que tentam seguir o mesmo caminho. — Mila sinto muito, não foi isso que combinei com o Ma
Magrin—Tá louca Gabi?— Tá maluco chamar minha mulher de louca? — Ele olha pra Gabi e diz: — Mas amor, por que fez isso?— Porque os dois trogloditas não me escutaram, e olha que eu chamei, gritei e nada, então o jeito foi deixar vocês dois como pinto molhado — ela diz rindo da minha cara, depois fica séria vem até mim e me dá um abraço. — Eu sinto muito.— Como deixou isso acontecer? — Eu pergunto para o PJ que me responde.— O desgraçado do médico piorou tudo, ele fez de propósito, e vi o sorriso que ele deu com a sentença da Mila.— Eu vou matar aquele desgraçado.— Você não vai fazer nada, vamos dar a corda para ele se enforcar, o que é dele está guardado.— Mas tem mais — PJ me diz sério.— O que pode ser pior do que a minha mulher no sanatório?— Ela saber que a mãe dela não é a verdadeira mãe — A Gabi diz— CARALHO, é uma merda atrás da outra, como ela descobriu?— Você... Não, reformulando, vocês sabiam? E NÃO ME CONTARAM! Eu poderia estar preparada para ajudá-la, e não ser p
MagrinAcordo cedo e sinto a casa vazia, pois a minha princesa, a minha deusa não está em casa, não está com os seus cabelos loiros jogados no meu rosto, ou a suas pernas entrelaçadas a minha, sinto tanta falta dela que chega a doer.— Filho, onde pensa que vai sem tomar café?— Não estou com fome, mãe.— Me diga como vai defender sua mulher, magrinho e sem forças.— Não sou mais criança, mãe, mas pra senhora não ficar preocupada. — Pego o pão na chapa que estava fazendo pra ela.— Ei, não o meu seu folgado. — Dou risada, vou até ela, dou um beijo na sua bochecha, quando estava saindo ela pergunta.— Continuo cuidando da casa da Mila?— Sim mãe, o Oli está morando lá e logo ela estará em casa.Saio de casa, pego minha moto e vou descendo o morro devagar para olhar o movimento, até que vi a Katty amiga de Júlia conversando com um cara que nunca vi na vida, ele é alto, mais velho, o cara me encara e eu retribuo, chego na boca e já vou questionando.Rádio geral on…— Quem é o cara que es
MagrinSaio da salinha um pouco mais leve, até sorrindo estou, quando estava indo pra minha sala pra pegar umas papeladas quando alguém segura meu braço me parando, eu logo saco a arma e vejo que é Dimenor.— TÁ MALUCO PORRA, QUASE ATIRO EM VOCÊ.— Maluco tá você, sabe que o Coringa é aliado nosso.— ALIADO NOSSO? O CARA TENTOU ESTUPRAR MINHA MULHER, ESTAVA SE ESCONDENDO NO INIMIGO, SABE LÁ O QUE ELE CONTOU SOBRE NÓS, E TU ME VEM COM ESSAS IDEIAS.— Mas não tem provas.— A palavra da minha mulher é uma prova. Cara qual o seu problema? Quer se juntar a ele? Eu não estou entendendo.— Eu não conheço ela, não conheço o passado dela.— E daí, caralho, todo mundo tem passado, e ela não escondeu, até porque o PJ a representa.— Quantos anos de cadeia ela pegou?— O juiz determinou vinte, mas o PJ consegue reduzir.— E por que ela está no sanatório e não na cadeia?— Esse é outro assunto que preciso resolver.— Quer ajuda? — Até agora ele, filho da puta, estava me questionando, na hora lembr
MagrinNão consigo dormir direito, minha cama parece vazia sem ela. Não me orgulho do que fiz hoje, mas ela tem que entender que aqui é bandido, não é qualquer um. Eu precisava me vingar por ela, e também preciso saber quem está trabalhando com ela, para ferrar comigo e com minha deusa.— Minha deusa, como será que ela está? Será que estão judiando dela, se eu descobrir um troço desse, sou capaz de colocar o hospital no chão. — Acabo pegando no sono, lembrando dos momentos maravilhosos que tivemos juntos.Logo pela manhã saio de casa antes que minha mãe perceba, pois não estou afim dela me tratando como bebê hoje, amo minha mãe, mas esse jeito protetor dela que amo, não combina com minha marra de bandido, e hoje tenho duas mortes pra conta.MilaAqui as horas não passam, o tempo parece congelar, sinto falta de todos eles, principalmente do meu amor.— No que está pensando? — pergunta a Sarah, minha nova amiga, ela não é louca, mas se fez de louca para reduzir sua pena por matar o espo
MagrinQuando chego no quartinho vou primeiro na Katty, preciso saber quem está por trás disso.— Traz a mandada pra mim. — O vapor foi e volta branco. — Por que está com essa cara?— Chefe, ela não está na sala.— Como assim ela não está na porra do lugar que mandei deixar?— Eu entrei às 6 da manhã.— Quem estava antes?— O Paçoca. — Assim que ele fala o nome vou pra casa do Paçoca, chego já derrubando a porta, a mãe dele dá um pulo, me olha assustada.— Onde está seu filho?— Ele não voltou ainda.— Se ele aparecer mandar ir me procurar imediatamente, e toma esse dinheiro pra arrumar a porta.Saio de lá com sangue nos olhos já mandando rádio pra geral.Rádio On...— QUERO O PAÇOCA NA MINHA SALA AGORA! — Nem esperei pela resposta e já fui pra minha sala.Rádio Off...— Qual foi a da vez, agora Magrin? — fala Dimenor entrando na sala.— ONDE ESTÁ O PAÇOCA?— Eu não sei, mas o que ele fez? — Dou um sorriso maligno.— OK, VOU FAZER OUTRA PERGUNTA, VOCÊ SABE ONDE ESTÁ A KATTY?— Como as