MilaOs trinta minutos passaram-se e retornamos para o tribunal.— Após considerar todos os fatos do caso, eu decido que Milena é culpada de assassinar Luan Estevam Litte e Tiphanie Luana Marques. — Nesse momento começou um burburinho de pessoas cochichando, o juiz bate o martelo. — Silêncio no tribunal. — Todos ficam em silêncio e ele continua. — Sentencio Milena Vasques Trindade a prisão de vinte anos com direito a apelação. Mas a mesma terá que ser internada imediatamente no Hospital — SAP — Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário.— Puta merda — O PJ fala em voz baixa, me acabo de chorar, e o Juiz continua.— Está sentença é dada como punição pela crueldade e desprezo pelas vidas humanas tiradas. Esta sentença serve para enviar uma mensagem clara de que a violência não será tolerada e que os responsáveis serão severamente punidos. Espero que esta punição sirva como um aviso para todos os que tentam seguir o mesmo caminho. — Mila sinto muito, não foi isso que combinei com o Ma
Magrin—Tá louca Gabi?— Tá maluco chamar minha mulher de louca? — Ele olha pra Gabi e diz: — Mas amor, por que fez isso?— Porque os dois trogloditas não me escutaram, e olha que eu chamei, gritei e nada, então o jeito foi deixar vocês dois como pinto molhado — ela diz rindo da minha cara, depois fica séria vem até mim e me dá um abraço. — Eu sinto muito.— Como deixou isso acontecer? — Eu pergunto para o PJ que me responde.— O desgraçado do médico piorou tudo, ele fez de propósito, e vi o sorriso que ele deu com a sentença da Mila.— Eu vou matar aquele desgraçado.— Você não vai fazer nada, vamos dar a corda para ele se enforcar, o que é dele está guardado.— Mas tem mais — PJ me diz sério.— O que pode ser pior do que a minha mulher no sanatório?— Ela saber que a mãe dela não é a verdadeira mãe — A Gabi diz— CARALHO, é uma merda atrás da outra, como ela descobriu?— Você... Não, reformulando, vocês sabiam? E NÃO ME CONTARAM! Eu poderia estar preparada para ajudá-la, e não ser p
MagrinAcordo cedo e sinto a casa vazia, pois a minha princesa, a minha deusa não está em casa, não está com os seus cabelos loiros jogados no meu rosto, ou a suas pernas entrelaçadas a minha, sinto tanta falta dela que chega a doer.— Filho, onde pensa que vai sem tomar café?— Não estou com fome, mãe.— Me diga como vai defender sua mulher, magrinho e sem forças.— Não sou mais criança, mãe, mas pra senhora não ficar preocupada. — Pego o pão na chapa que estava fazendo pra ela.— Ei, não o meu seu folgado. — Dou risada, vou até ela, dou um beijo na sua bochecha, quando estava saindo ela pergunta.— Continuo cuidando da casa da Mila?— Sim mãe, o Oli está morando lá e logo ela estará em casa.Saio de casa, pego minha moto e vou descendo o morro devagar para olhar o movimento, até que vi a Katty amiga de Júlia conversando com um cara que nunca vi na vida, ele é alto, mais velho, o cara me encara e eu retribuo, chego na boca e já vou questionando.Rádio geral on…— Quem é o cara que es
MagrinSaio da salinha um pouco mais leve, até sorrindo estou, quando estava indo pra minha sala pra pegar umas papeladas quando alguém segura meu braço me parando, eu logo saco a arma e vejo que é Dimenor.— TÁ MALUCO PORRA, QUASE ATIRO EM VOCÊ.— Maluco tá você, sabe que o Coringa é aliado nosso.— ALIADO NOSSO? O CARA TENTOU ESTUPRAR MINHA MULHER, ESTAVA SE ESCONDENDO NO INIMIGO, SABE LÁ O QUE ELE CONTOU SOBRE NÓS, E TU ME VEM COM ESSAS IDEIAS.— Mas não tem provas.— A palavra da minha mulher é uma prova. Cara qual o seu problema? Quer se juntar a ele? Eu não estou entendendo.— Eu não conheço ela, não conheço o passado dela.— E daí, caralho, todo mundo tem passado, e ela não escondeu, até porque o PJ a representa.— Quantos anos de cadeia ela pegou?— O juiz determinou vinte, mas o PJ consegue reduzir.— E por que ela está no sanatório e não na cadeia?— Esse é outro assunto que preciso resolver.— Quer ajuda? — Até agora ele, filho da puta, estava me questionando, na hora lembr
MagrinNão consigo dormir direito, minha cama parece vazia sem ela. Não me orgulho do que fiz hoje, mas ela tem que entender que aqui é bandido, não é qualquer um. Eu precisava me vingar por ela, e também preciso saber quem está trabalhando com ela, para ferrar comigo e com minha deusa.— Minha deusa, como será que ela está? Será que estão judiando dela, se eu descobrir um troço desse, sou capaz de colocar o hospital no chão. — Acabo pegando no sono, lembrando dos momentos maravilhosos que tivemos juntos.Logo pela manhã saio de casa antes que minha mãe perceba, pois não estou afim dela me tratando como bebê hoje, amo minha mãe, mas esse jeito protetor dela que amo, não combina com minha marra de bandido, e hoje tenho duas mortes pra conta.MilaAqui as horas não passam, o tempo parece congelar, sinto falta de todos eles, principalmente do meu amor.— No que está pensando? — pergunta a Sarah, minha nova amiga, ela não é louca, mas se fez de louca para reduzir sua pena por matar o espo
MagrinQuando chego no quartinho vou primeiro na Katty, preciso saber quem está por trás disso.— Traz a mandada pra mim. — O vapor foi e volta branco. — Por que está com essa cara?— Chefe, ela não está na sala.— Como assim ela não está na porra do lugar que mandei deixar?— Eu entrei às 6 da manhã.— Quem estava antes?— O Paçoca. — Assim que ele fala o nome vou pra casa do Paçoca, chego já derrubando a porta, a mãe dele dá um pulo, me olha assustada.— Onde está seu filho?— Ele não voltou ainda.— Se ele aparecer mandar ir me procurar imediatamente, e toma esse dinheiro pra arrumar a porta.Saio de lá com sangue nos olhos já mandando rádio pra geral.Rádio On...— QUERO O PAÇOCA NA MINHA SALA AGORA! — Nem esperei pela resposta e já fui pra minha sala.Rádio Off...— Qual foi a da vez, agora Magrin? — fala Dimenor entrando na sala.— ONDE ESTÁ O PAÇOCA?— Eu não sei, mas o que ele fez? — Dou um sorriso maligno.— OK, VOU FAZER OUTRA PERGUNTA, VOCÊ SABE ONDE ESTÁ A KATTY?— Como as
RogérioPara quem não me conhece sou o Rogério, eu sou cria do morro da Esperança, mas com a ajuda do PJ e Magrin estudei, e hoje trabalho para o primeiro batalhão, sou investigador e óbvio passo pano para os caras, eu os considero como irmão.Estou na minha sala terminando de averiguar o depoimento do irmão gêmeo da Tiphanie. Ontem o levei de volta para casa e, é claro, fingi que o resgatei. Então ele fez toda a denúncia para mim, que óbvio não protocolei, mas sei que ele não fará mais nada, estava assustado demais.Agora não me sai da cabeça que o traidor é o Dimenor, mas como vou provar uma coisa dessa?O Magrin gosta do cara, mas eu e PJ nunca fomos com a cara dele, de repente meu celular começa a tocar.— Fala Saulo, como vai? — Já vou cumprimentando, pois vi o nome dele no identificador.— Precisa pedir pro advogado dela correr com a papelada. — Levanto da cadeira, já pego minhas chaves, pois preciso correr no morro.— O que aconteceu com a Milena?— O que temiam, o doutorzinho
SauloQuando vi a Milena pelo primeira vez, eu tive vontade de guardá-la em um potinho, a única paciente que conversava amigavelmente com todos os pacientes, mesmo com o olhar triste, ela sempre estava sorrindo.Quando Rogério me procurou para protegê-la, eu aceitei mais que de pressa, não poderia deixar que alguém a maltratasse, ela era gentil de mais para esse lugar.Flashback On— Papo reto cara, não era para ela estar aqui e sim em uma penitenciária, ela assumiu o crime que cometeu, mas o psicólogo dela, Matheus Bianchini, se envolveu com ela e quer ela para ele, mas a mesma é noiva do Magrin.— O novo dono do Morro?— Ele mesmo. — Como uma menina tão linda se envolve nesse mundo, sem julgamentos, mas ela parece uma boneca, teria um futuro lindo pela frente.— Fica tranquilo, ficarei de olho, e quando não for meu plantão contratarei alguém da minha confiança.— Ok, eu vou te dar essa maleta, nela contém tudo que precisa saber da Milena e do seu caso, assim como dinheiro para você