TAYLOR
Alguns meses haviam se passado. Eu e minha futura mulher estávamos cada vez mais próximos — não que antes não estivéssemos, só que nas semanas que se seguiram, ficamos mais tempo juntos.
Ainda não havíamos planejado a data do casamento, mas de minha parte tinha muita pressa. Não via a hora de tê-la todos os dias perto de mim. Mas ela precisava terminar alguns assuntos pendentes na agência, para não deixar ninguém na mão, já que pretendia sair após nos casarmos.
A movimentada avenida Rio Branco passava pela pequena janela do meu veículo. Parei calmamente em frente a um dos mais enormes e belos edifícios da cidade. Desci deixando o carro com o manobrista, e so
KIMBERLYAo ser deixada na porta do meu prédio, passei pelo porteiro sem nem olhar, logo entrando no elevador. Cansada, respiro fundo antes de abrir a porta, entrando em casa e me deparando com minha mãe.— Boa noite — falei, observando-a descer a escada com cara de poucos amigos.— Só se for para você.— Com toda certeza foi.— Está há dois dias me ignorando por causa daquele…— Eu, a ignorando? Para, dona Ana.
TAYLOR— Senhor Whites? — Ouvi a voz feminina próxima a mim.— Pois não?— Tem um rapaz querendo falar com o senhor.— Certo, obrigado, já vou até a minha sala.Esperei a reunião encerrar, enquanto Bob seguiu desligando os computadores e logo trouxe alguns papéis para que eu avaliasse...Após sair da sala de reuniões, peguei algumas pastas, passando no corredor, quando me surpreendi ao ver, sentado em uma das cadeiras, Dhavid me
KIMBERLYNa manhã seguinte, às sete e meia, aquecida pelo edredom, eu me virei na cama, observando Taylor ainda dormindo. Acariciei suas costas, seguindo as linhas dos músculos com as pontas dos dedos. Um gemido rouco e carregado de sono me fez parar, e Taylor se virou em minha direção. Ergui uma das pernas, pondo o joelho sobre o quadril dele, e ele permaneceu de olhos fechados. Suas mãos espertas lentamente deslizaram na curva das minhas costas e rapidamente sentiram a maciez de minha lombar e da parte inferior da coxa. O edredom se movimentou, um gemido baixo saiu dos meus lábios. Abracei sua cabeça entre meus seios, agarrando com vontade os fios do cabelo macio e liso que cobria meus dedos.Ah... Como é bom...
KIMBERLYO barulho insuportável do despertador fez com que eu tirasse os pés da beirada da banheira, voltando a colocar as pernas dentro da água. Meus olhos se fixaram no celular ao lado da banheira por alguns segundos.Os comprimidos fizeram seu trabalho pelo decorrer de uma noite longa e torturante de lembranças. Mas nada que um raiar do sol e o sopro fresco do vento não arrancassem um belo sorriso em meus lábios vermelho-sangue no instante em que me pus de frente ao espelho, avaliando minhas vestes para mais um dia. Usava uma combinação perfeita de saia lápis justa com uma camisa preta com as mangas dobradas, calçada com um scarpin da mesma cor.Entrei na
TAYLORPedi à Cinthia, minha secretária, que telefonasse para Dhavid, marcando um encontro em um bar próximo à mansão Whites, para conversarmos melhor, até mesmo para me entender com ele. Afinal, alguns meses haviam se passado desde o último encontro.— Senhor Whites, já está marcado no local desejado.— Obrigado, Cinthia. Por hoje, você está liberada.Saí do escritório contente por Dhavid ter aceitado, gostando da ideia de sair, lembrando de como era bom estar na minha companhia, como tempos atrás...Bons tem
KIMBERLYChorei, deitando a cabeça na pequena almofada à beira do sofá da sala, onde fechei os olhos, me recordando da primeira vez em que toquei meu grande amor…A chuva estava suficientemente grossa naquela tarde, a ponto de seus pingos avermelharem a minha pele, mas apesar do enorme desconforto, eu corria aos risos, segurando meu vestido amarelo junto às sacolas. Não percebi que minha reação a todo aquele caos chamou a atenção de Taylor, que ouviu minha risada e viu o estado em que eu me encontrava, completamente encharcada contra o vento que colava o tecido em minha pele... Então finalmente Taylor pegou o guarda-chuva das mãos do segurança e veio me ajudar, enquanto eu continuava a segurar na frente do meu rosto as minúsculas sacolas
TAYLORA ficha ainda não tinha caído para mim. A casa ainda estava girando com tudo que vinha acontecendo. Ainda tinha de pôr minha cabeça em ordem. Não tinha forças para me reanimar. Logo cedo, pela manhã, acordei indisposto, tomei um café amargo, sentindo minha cabeça latejar da ressaca da noite passada, mas ainda não era o suficiente para me fazer esquecer a cena em minha mente… Algo que teimava em se repetir…Duas semanas antes, peguei meu veículo e guiei para casa de minha mãe, a fim de contar que o noivado havia sido cancelado. Mal entrei em casa, já me deparei com Kimberly, sentada no sofá, conversando com Clara, que, após me ver chegar, nos deixou a sós.Como ela
TAYLORAlgumas semanas se passaram, e eu estava mantendo em segredo o fato de ter reatado meu noivado. Mas a hora havia chegado, era preciso levar Kimberly para conversar com minha mãe, e assim o fiz após sair mais cedo da empresa, passando no apartamento de Kimberly para buscá-la. Cheguei de surpresa no início da tarde, deixando minha mãe assustada com a presença de minha noiva, me ignorando.— Kimberly, o que faz aqui? — perguntou, serena ao me ver de mãos dadas no sofá com a mãe de meu filho.— Mãe, eu vim comunicar que nos reatamos o noivado.— Sério? — questionou, espantada.