EXU SETE CAPAS O Cavaleiro Negro da Kalunga Ádria Freitas Dedico este livro ao Exu Treme Terra, ao Orixá Omolu e ao Exu Sete Capas, que permitiu pela minha mediunidade contar sua história, agradeço a permissão da médium Luana Maria que incorpora esse Exu magnífico. É uma honra ser sua mediadora, agradeço também ao meu orixá Oxaguian, por mais essa obra psicografada, sem sua permissão nada poderia ser feito. &nbs
O Início de tudo Final do século XI, expedições militares foram organizadas pelas potências cristãs européias, com o objetivo declarado de combater o domínio islâmico na chamada Terra Santa, reconquistando Jerusalém e outros lugares por onde Jesus teria passado em vida. A empreitada constituía em uma mistura de guerra, peregrinação e penitência: os guerreiros cruzados, conhecidos também como “peregrinos penitentes”, acreditavam que seus pecados seriam perdoados, caso completassem a jornada e cumprissem a missão divina de libertar locais sagrados, como a Igreja do Santo Sepulcro. Esses cavaleiros e soldados tinham como símbolo a cruz, bordada no manto que usavam – daí o nome com que ficaram conhecidos. Seus motivos não eram, porém, exclusivamente religiosos. Mercadores emergentes viram nas Cruzadas uma oportunidade de ampliar seus negócios, abrindo novos mercados e obtendo lucro ao abastecer os exércitos que atravessavam a Europa a caminho do O
Me vi em uma total escuridão, ouvia vozes ao longe de lamentações, meu corpo era só ossos brilhando no escuro, senti o ódio dominar meu ser, meu espírito, eu não me lembrava mais quem era Deus e porque um dia eu lutei a favor dele, eu queria vingança e a cada passo, eu sonhava em encontrar Altair, o ódio que eu sentia por esse ser desprezível, passou a ser meu alimento. Eu precisava ser forte, ser mais forte do que ele, por um momento de distração ele me dominou e tirou a única coisa que realmente importou na minha vida miserável, Isa, ele podia fazer qualquer coisa comigo, mas não podia ter tocado no que para mim era mais sagrado, minha esposa. Eu ia encontrá-lo e me vigar, como eu nunca me vinguei de ninguém, naquele momento eu voltei a ser aquele homem cruel e frio, acompanhado de um ódio mortal. Meu corpo já não sentia mais nada e meu ódio me alimentava a cada passo que eu dava naquele lugar de penumbra e solidão. Aprendi a me alimentar de energias sucess
Isa apareceu para Zayn e o acariciou no rosto, ele iluminado de êxtase ajoelhou e pediu perdão. - Eu não tenho nada para lhe perdoar meu amado. Fui apenas um instrumento para um bem maior, hoje sou feliz e vivo em paz com toda minha consciência do meu passado sombrio. - Como pode perdoar o que lhe fizeram? Eu vi o sofrimento em seus olhos. - Sofri meu amor, por você, não pelo que fizeram comigo. Pois possuíram meu corpo, mas não minha a alma, meu amor continuou puro para você. - Então perdoar é o remédio para a cura da nossa alma? - É a salvação, se você aceitar perdoar, terá uma bela missão que ajudará muitas pessoas e seu algoz com certeza ficará arrasado com sua escolha, pois seu ódio também é o alimento dele. - Mas se eu o libertar não serei feliz e tudo que fiz até aqui não valerá a pena. - Esqueça o passado. Zayn você tem novamente outra chance para ser um homem melhor, não temos o mesmo caminho meu amado no momento, mas
São Paulo, uma família tradicional acabava de se mudar para os jardins, Gustavo Almeida um empresário do ramo de jóias Jovem de 28 anos, alto, branco, cabelos castanhos e olhos verdes, herdou de seu pai uma grande fortuna e aplicou em jóias montando um grande patrimônio. Casado com Almira uma mulher dedicada dona de casa, era uma mulher bonita, apesar de simples, tinha uma beleza natural olhos verdes e cabelos claros, se casaram e foram morar na capital, deixando a vida de luxo do Interior com seus pais, devido a vida corrida e empresarial do esposo, Almira foi obrigada a se mudar contra sua vontade para acompanhar Gustavo, ela gostava da vida calma da fazenda onde morava, mas teria que se adaptar a nova realidade do esposo. O casal chegou eufórico na grande Mansão na Avenida das Américas, bairro nobre de São Paulo, Gustavo fez questão de contratar empregados para cada função da mansão para que a jovem esposa não se sentisse sozinha. Cozinheira, arrumadeira, faxineir
O filho de Aída nasceu que levou o nome de Marcos, Aída estava muito feliz pela gravidez da amiga. Nove meses depois Lucas nasceu com muita saúde para alegria do casal. Almira convidou Roberto e Aída para serem padrinhos que aceitaram com alegria. Roberto ficou mais feliz de se aproximar de Almira e passou ser mais cordial, a moça achando que estava tudo em família, aceitou a amizade de Roberto. Aída não mudou nada e pelo contrário ficou mais birrenta e cheia de regras para Roberto. Ele cansado das loucuras da mulher se interessou por uma moça recepcionista da empresa, bonito e poderoso logo Eliane se apaixonou e os dois se tornaram amantes. Eliane deu dois filhos para Roberto Sofia e Eduardo. Ele comprou um belo apartamento para ela e os filhos que viviam confortavelmente, Elaine saiu da empresa e passou a cuidar dos filhos e do amante. Aída não desconfiou de nada e adorava deixar Roberto de castigo por meses sem sexo, mas ele nem se importava mais,
Gustavo falou com os médicos, uma bateria de exames, foram feitos e duas seções com o psiquiatra. Almira estava em plena saúde física e mental, ela viu o exu a todo momento nas salas dos exames, mas fez que não viu. Assim que chegou no seu apartamento, Gustavo providenciou alimentos e tudo que ela ia precisar, transferiu para conta dela uma quantia em dinheiro também para os primeiros meses. - Pronto tudo organizado para sua volta, eu volto para o interior amanhã e converso com Lucas. Você vai ficar bem aqui sozinha? - Sim Gustavo eu não estou sozinha, fica tranquilo. - Como assim? - Estou com Deus. Almira olhou para porta e viu o Exu e sorriu. - Está ótimo, vou deixar meu carro com você e volto de ônibus. - Só por enquanto, pretendo trabalhar e logo comprarei outro carro. Disse Almira - Depositei sua parte da casa na sua conta, vai dar para você viver por uns bons meses, eu compro outro carro para mim, este é novo fica
Aída foi embora animada, ficou muito feliz de ter reencontrado sua amiga. Almira também gostou muito, chegou em casa e foi cuidar de Vitória que tinha ficado com a babá Zuleica uma moça simples e doce que morava pertinho do apartamento de Almira. Zuleica tinha vinte anos e para pagar seus estudos trabalhava como babá desde os quinze anos. - Zuleica, a Vitória te deu muito trabalho? - Que nada dona Almira, a menina é um amorzinho, o Lucas já chegou, fez a lição da escola, tomou um banho, jantou e caiu na cama. - Que bom eu vou fazer o mesmo, pode ir descansar minha querida, até amanhã. - Até amanhã, dona Almira. - Já vai dormir? - Que susto Exu? - Eu não quis assustá-la, vim para te dizer que você tem uma missão. - E qual seria? - Aída, precisa se livrar do passado e seguir em frente, o encontro de vocês duas não foi por acaso. - Eu imaginei Sete Capas, tantas lojas de doces por aí, ela foi entrar justo n