"O que temos à frente é apenas uma mansão bastante comum, situada num dos melhores bairros da cidade. Uma propriedade como esta vale pelo menos cem milhões aqui. Quem mora neste local, certamente, é extremamente rico e influente. No entanto, parece que não é frequentemente habitada."Juliana disse:— Eu não esperava que você tivesse uma mansão tão única aqui.Raul respondeu:— Não é minha.A voz de Raul era indiferente, antes que Juliana pudesse reagir, ele tirou uma chave do bolso. Raul tossiu levemente duas vezes, parecendo um pouco pálido, então abriu a porta da mansão.Juliana avançou e perguntou:— Se esta não é a sua mansão, por que você tem a chave?— Foi um amigo que me deu.As pessoas que Raul considerava seus amigos não eram muitas, e Juliana imediatamente pensou em Alexandre.Raul abriu a porta grande, e Juliana seguiu para dentro. A mansão, apesar de parecer modesta por fora, tinha uma decoração interna extremamente refinada, ainda considerada excepcional mesmo nos dias de
Há muito tempo que Juliana não se recordava do acidente de carro de muitos anos atrás, que levou seus pais quando ela ainda era muito pequena. Mesmo agora, crescida, ela sempre acreditou que tinha sido apenas um acidente comum.Mas agora, Raul estava sentado à sua frente, dizendo a ela que tudo isso poderia não ter sido um acidente, mas sim uma conspiração bem planejada!— Os pais de Alexandre morreram naquele acidente de carro, mas isso foi apenas uma fachada. — Continuou Raul, após uma pausa. — A Sra. Jéssica, que estava grávida na época, sobreviveu. Para protegê-la de ser descoberta e para que ela pudesse ter o bebê em paz, o Sr. Diego levou a Sra. Jéssica para o exterior. Não muito tempo depois, Alexandre nasceu."Segundo os rumores, a mãe de Alexandre foi uma amante que Salvador manteve fora do casamento, que por anos alimentou um rancor contra a família Ferreira e incutiu em Alexandre a ideia de se vingar da família Ferreira. Ela era verdadeiramente louca.""Naquela vez no cruze
Raul falou: — Juliana, não pergunte. — A face de Raul estava pálida como papel, agora ainda mais abatida. — Mesmo que você saiba, nada vai mudar. Por que você não vive seus dias tranquilamente? Juliana respondeu: — Eu sou da família Oliveira, meus pais morreram, tenho o direito de saber tudo! Vendo Juliana insistir, Raul só pôde se apoiar na mesa, mal conseguindo sustentar seu corpo na cadeira de rodas, e disse: — Eu posso te contar sobre as quatro grandes famílias, mas realmente não sei quem matou seus pais. — Ele fez uma pausa e continuou. — Além disso, investiguei por tanto tempo e ainda não sei quem matou o Sr. Salvador e a Sra. Jéssica. Os olhos de Raul não pareciam mentir. Juliana ficou em silêncio por um momento e disse: — Então, você sabe tudo sobre o que aconteceu com as quatro grandes famílias naquela época? Raul disse: — Sobre os acontecimentos daquela época, eu sei um pouco. Não é difícil perceber que a família Ferreira detinha o poder militar absoluto, en
Juliana disse:— Então, por que o Alexandre quer prejudicar o Gustavo?Juliana ainda se lembrava que, em sua vida anterior, quando Alexandre chegou a Castanda, em poucos anos ele começou a disputar com Gustavo o domínio da cidade. A rivalidade com a família Costa era conhecida por todos, sendo Gustavo um grande adversário.Se o alvo de Alexandre era Gustavo...Juliana apertou os punhos nervosamente e disse:— Será que...— Não é. — Raul parecia saber o que Juliana queria dizer e a interrompeu prontamente.Raul continuou:— Alexandre apenas suspeita, sem provas concretas; afinal, a família Costa não é uma das quatro grandes famílias, e a ascensão da família Costa foi definitivamente uma surpresa para as grandes famílias.— Mas a família Costa também tem um legado de séculos.— Isso eu não sei, apenas sei que o registro genealógico não menciona a família Costa como uma das grandes famílias. O desenvolvimento da família Costa começou com o avô de Gustavo e alcançou seu ápice com o pai de
Raul disse: — Talvez sim.Juliana perguntou: — Você realmente não sabe quem assassinou meus pais?Raul ficou em silêncio por um momento, e finalmente respondeu:— Eu não sei.Juliana franziu a testa, em seguida, levou Raul até o carro, onde Balbo o acomodou no banco de trás e Juliana se sentou ainda repleta de dúvidas.Aquela noite estava destinada a ser uma noite de insônia.Juliana murmurou baixinho: — Você pode me levar à Mansão da Montanha Silenciosa?— Me envie o endereço.Juliana pegou o celular e enviou o endereço da Mansão da Montanha Silenciosa para Raul.Raul disse a Balbo: — Dirija.Balbo respondeu: — Sim, senhor.De acordo com as regras da família Oliveira, só se podia voltar à Mansão da Montanha Silenciosa durante o Ano Novo. Desde a morte de seu pai, Juliana havia morado na casa de Bruno e nunca mais voltou.Além disso, embora o lugar fosse a residência principal da família Oliveira, na verdade, além da geração de Valentino, ninguém mais morou lá, e Juliana se sentia
Raul virou a cabeça para olhar para Juliana e, percebendo o olhar de Raul, Juliana perguntou, confusa:— Há algum problema?Raul apertou os lábios e abotoou o casaco de Juliana, dizendo calmamente:— Está frio, você deveria voltar.Juliana respondeu:— Está bem.Embora Raul estivesse vestindo um suéter, seu rosto ainda permanecia pálido.Juliana disse em voz baixa:— Desculpe por ter feito você me acompanhar por tanto tempo hoje.Ela deveria ter considerado que a saúde de Raul não estava boa, o clima estava ficando cada vez mais frio, e os ventos gelados da meia-noite eram particularmente propensos a fazer alguém adoecer. Ela realmente não deveria ter pedido para Raul acompanhá-la até aquela hora da noite.Raul disse:— Todos têm curiosidade. Se eu não tivesse te trazido aqui esta noite, você provavelmente não conseguiria dormir.Juliana, empurrando a cadeira de rodas de Raul à frente, após um momento de silêncio, perguntou:— Sr. Raul, o quarto de adoração aos ancestrais da família M
Balbo deixou Juliana na entrada da Mansão das Nuvens Perfumadas.Cheia de pensamentos, Juliana saiu do carro e estava prestes a entrar na mansão quando o segurança a chamou de repente:— Srta. Juliana!Juliana franziu a testa e perguntou:— O que foi?O segurança respondeu:— Um senhor veio procurá-la, ele está esperando por você há uma hora.Enquanto falava, o segurança apontou para a portaria, onde Juliana viu claramente a figura de Alexandre.De maneira fria, Juliana disse:— Não o conheço bem, peça para ele ir embora.— Certo, vou mandá-lo embora agora!Quando o segurança estava prestes a sair, o coração de Juliana amoleceu:— Volte!— O quê?— Deixe ele entrar.O segurança ficou surpreso, pensando que tinha ouvido errado."Ela não disse que não conhecia bem aquele senhor? Por que ela ainda o deixou entrar?"O segurança disse:— Srta. Juliana, temos regras aqui. Se você está sendo incomodada, pode me dizer diretamente, e eu posso mandar a pessoa embora!— Ele é meu namorado.— O qu
Alexandre, com os olhos e sobrancelhas abaixados, disse baixinho:— Tudo o que você quer saber, eu te direi, sem reservas. — Alexandre segurou o rosto de Juliana, e com cuidado depositou um beijo em sua testa. — Ju, neste mundo, nada é mais importante para mim do que você, ninguém é mais precioso para mim do que você, mas há algo que preciso fazer.Juliana disse:— Raul me contou um pouco, você está investigando sobre seus pais.Alexandre apertou os lábios e disse:— Não é só por causa dos meus pais.Juliana, franzindo a testa, perguntou:— O que mais?— Também por causa dos seus pais.Ao ouvir isso, Juliana apertou as mãos, para conter sua inquietação, e perguntou:— Quem matou meus pais?Alexandre olhou nos olhos de Juliana, mas inconscientemente desviou o olhar, e disse:— O que Raul te respondeu?Juliana disse:— Ele disse que não sabe, mas eu não acredito. A família Mendes tem todas as informações de Castanda em primeira mão, ele não poderia não saber quem matou meus pais.Alexand