Raul virou a cabeça para olhar para Juliana e, percebendo o olhar de Raul, Juliana perguntou, confusa:— Há algum problema?Raul apertou os lábios e abotoou o casaco de Juliana, dizendo calmamente:— Está frio, você deveria voltar.Juliana respondeu:— Está bem.Embora Raul estivesse vestindo um suéter, seu rosto ainda permanecia pálido.Juliana disse em voz baixa:— Desculpe por ter feito você me acompanhar por tanto tempo hoje.Ela deveria ter considerado que a saúde de Raul não estava boa, o clima estava ficando cada vez mais frio, e os ventos gelados da meia-noite eram particularmente propensos a fazer alguém adoecer. Ela realmente não deveria ter pedido para Raul acompanhá-la até aquela hora da noite.Raul disse:— Todos têm curiosidade. Se eu não tivesse te trazido aqui esta noite, você provavelmente não conseguiria dormir.Juliana, empurrando a cadeira de rodas de Raul à frente, após um momento de silêncio, perguntou:— Sr. Raul, o quarto de adoração aos ancestrais da família M
Balbo deixou Juliana na entrada da Mansão das Nuvens Perfumadas.Cheia de pensamentos, Juliana saiu do carro e estava prestes a entrar na mansão quando o segurança a chamou de repente:— Srta. Juliana!Juliana franziu a testa e perguntou:— O que foi?O segurança respondeu:— Um senhor veio procurá-la, ele está esperando por você há uma hora.Enquanto falava, o segurança apontou para a portaria, onde Juliana viu claramente a figura de Alexandre.De maneira fria, Juliana disse:— Não o conheço bem, peça para ele ir embora.— Certo, vou mandá-lo embora agora!Quando o segurança estava prestes a sair, o coração de Juliana amoleceu:— Volte!— O quê?— Deixe ele entrar.O segurança ficou surpreso, pensando que tinha ouvido errado."Ela não disse que não conhecia bem aquele senhor? Por que ela ainda o deixou entrar?"O segurança disse:— Srta. Juliana, temos regras aqui. Se você está sendo incomodada, pode me dizer diretamente, e eu posso mandar a pessoa embora!— Ele é meu namorado.— O qu
Alexandre, com os olhos e sobrancelhas abaixados, disse baixinho:— Tudo o que você quer saber, eu te direi, sem reservas. — Alexandre segurou o rosto de Juliana, e com cuidado depositou um beijo em sua testa. — Ju, neste mundo, nada é mais importante para mim do que você, ninguém é mais precioso para mim do que você, mas há algo que preciso fazer.Juliana disse:— Raul me contou um pouco, você está investigando sobre seus pais.Alexandre apertou os lábios e disse:— Não é só por causa dos meus pais.Juliana, franzindo a testa, perguntou:— O que mais?— Também por causa dos seus pais.Ao ouvir isso, Juliana apertou as mãos, para conter sua inquietação, e perguntou:— Quem matou meus pais?Alexandre olhou nos olhos de Juliana, mas inconscientemente desviou o olhar, e disse:— O que Raul te respondeu?Juliana disse:— Ele disse que não sabe, mas eu não acredito. A família Mendes tem todas as informações de Castanda em primeira mão, ele não poderia não saber quem matou meus pais.Alexand
Alexandre disse: — As dívidas de jogo já existiam, suspeitamos que as pessoas que fizeram Bruno contrair essas dívidas façam parte de uma grande organização. — Alexandre pausou e continuou. — Essas pessoas não podiam abalar seu pai, então começaram pelo Bruno, que naquela época não tinha grande influência. Usando Bruno, conseguiram matar seu pai.Juliana falou: — Nos últimos anos, sob a liderança do tio Bruno, a família Oliveira tem estado em declínio. Será que o objetivo deles era realmente arruinar a família Oliveira?"Pense bem, o início da queda da família Oliveira foi com o Bruno. As dívidas de jogo que ele acumulou quase arruinaram completamente o patrimônio da família Oliveira. Esse grupo, em apenas alguns anos, engoliu o negócio centenário da família Oliveira. Isso é realmente aterrorizante."— A única evidência que temos é que Bruno subornou um motorista chamado Walter para dirigir bêbado e causar um acidente no trecho de estrada determinado. Na época, Walter morreu no local
Juliana disse:— Sua história, terei muito tempo para ouvi-la no futuro. — Juliana não estava disposta a aceitar aquilo, se levantou para sair, mas Alexandre a puxou para seus braços, carregando ela.O rosto de Juliana mostrava uma leve irritação.— Alexandre, me coloque no chão!Alexandre respondeu:— Mesmo que eu seja morto, não soltarei minha própria namorada.— Você está sendo um valentão?— Eu nunca fui um cavalheiro.O rosto de Juliana ficou vermelho enquanto Alexandre a levava para o quarto, colocando ela cuidadosamente na cama.O beijo anterior havia despertado o desejo em Alexandre, que se inclinou para beijar as bochechas de Juliana, dizendo com voz rouca:— Ju, me deixe ficar com você esta noite, não faremos amor.— Não faremos amor? E o que você está fazendo agora?Juliana empurrou Alexandre, se virando de costas para ele, irritada. Alexandre então a abraçou por trás, sussurrando em seu ouvido:— Só te dei um beijo, nada demais.Juliana sentiu como se já tivesse ouvido aqu
Alexandre, parado do lado de fora do banheiro, se sentiu injustiçado, mas não havia nada que pudesse fazer.Posteriormente, Alexandre conduziu Juliana até a prisão.À espera do lado de fora da prisão, Severino já os aguardava há algum tempo.Severino conduziu Juliana e Alexandre para dentro, dizendo:— Todos os pertences pessoais são guardados juntos aqui. Como a Srta. Juliana expressou o desejo de ver os itens dos familiares, nós imediatamente enviamos alguém para buscá-los.Depois de falar, Severino acenou para que trouxessem os itens.Sobre a mesa, estavam todos os itens que Bruno possuía quando foi preso, além de um conjunto de roupas, havia uma carteira e uma chave de carro.Juliana franziu a testa e perguntou:— É só isso?Severino respondeu:— É só isso, não há mais nada.Juliana ficou em silêncio, estendeu a mão para tocar nas roupas que Bruno vestia quando foi detido. Sua mão encontrou algo duro, ela imediatamente virou a roupa e notou algo sutilmente protuberante na área do
Ao ver Alexandre daquele jeito, Bruno prendeu a respiração e falou:— Sim, essa chave é minha! Ela apenas abre o armazém de casa, não tem valor algum.Juliana retrucou:— É a chave do armazém ou a chave do quarto onde veneramos os antepassados? — As palavras "quarto onde veneramos os antepassados" alteraram a expressão de Bruno. — Tio Bruno, não quero evasivas, foi você que pegou a chave do quarto de veneração dos antepassados do meu pai?Bruno respondeu:— O que você está insinuando? Foi meu irmão mais velho, Félix, quem me entregou isso há anos!Com emoção, Bruno se levantou, mas no instante seguinte, Alexandre falou friamente:— Se sente!Sob a pressão de Alexandre, a emoção anteriormente exibida por Bruno evaporou de imediato, e ele se sentou timidamente, dizendo:— Ju, mesmo tendo feito coisas que te magoaram, ainda sou da sua família. Félix pode ser seu pai, mas também é meu irmão mais velho. Como eu poderia roubar ele?— Para cobrir dívidas de jogo, o que mais você não faria? Se
A família Oliveira possuía um grande patrimônio e muitas regras, e Juliana sabia exatamente como seu pai era.Como chefe da família, seu pai jamais agiria injustamente, protegendo Bruno apenas por laços fraternos. Bruno, ao se envolver com jogos de azar, parecia enfrentar um problema pessoal, mas isso poderia arruinar toda a família Oliveira e, de fato, foi o que aconteceu.Os músculos do rosto de Bruno tremiam, evidenciando que ele estava sem palavras.Juliana disse:— Bruno, esta é a última vez que te pergunto, foi você quem matou meu pai?— Sim! Fui eu que o matei! Quem mandou ele ser tão inflexível? Ele sabia que eu jogava e queria me expulsar sem piedade! — Veias saltavam no rosto de Bruno, ele estava claramente extremamente irritado. — Eu era irmão dele! Eu só estava pedindo dinheiro emprestado para pagar dívidas de jogo, mas ele me repreendeu e quis me expulsar! A família Oliveira é minha casa, como ele pôde fazer isso?Juliana disse:— Você jogava, meu pai estava apenas seguind