Tiago esbarrou em Nicole, sinalizando para que ela mantivesse a discrição. Juliana, contudo, já havia começado a falar: — Vamos deixar o hospital, não suporto ficar aqui. Em sua vida anterior, ela faleceu em uma mesa de cirurgia, o que lhe causava um profundo temor de hospitais. — Entendido. — Alexandre concordou e prontamente se levantou para deixar o quarto do hospital. Logo após, os procedimentos de alta foram finalizados e Tiago desceu para buscar o carro. Quando Juliana trocou de roupa e saiu do quarto, ela lançou um último olhar para o quarto de hospital de Gustavo ao lado, mas acabou seguindo Nicole para fora. Do lado de fora do hospital, Juliana avistou o carro de Marcelo, com o rosto de Viviane refletido na janela do banco traseiro. Ao entardecer, Gustavo despertou lentamente em sua cama de hospital, enxergando apenas uma silhueta borrada ao seu lado. — Juliana... — A voz de Gustavo soou baixa. A figura hesitou por um instante e, ao se virar, era Viviane qu
Gustavo disse: — Me dê as chaves do carro! Marcelo, atordoado, mas sem coragem de desobedecer a Gustavo, hesitou antes de entregar as chaves. No segundo seguinte, Gustavo agarrou as chaves e saiu do hospital com o rosto ainda pálido. Marcelo o seguiu de perto, apenas para vê-lo entrar no carro e acelerar rapidamente. — Presidente Gustavo! — Marcelo gritou atrás do carro, mas Gustavo não mostrou nenhum sinal de que iria parar e em pouco tempo ele já havia desaparecido de vista. Naquele momento, Juliana estava repousando na cama do apartamento, enquanto Tiago estava ocupado na cozinha e Nicole tentava ajudar, atrapalhando mais do que ajudando. Alexandre apenas sentava no sofá próximo, lendo o jornal. Essa cena era de fato muito aconchegante, Juliana se apegava a esse calor familiar. Em sua vida passada, devido à morte precoce de seus pais, mesmo morando na casa de Bruno, cada pessoa tinha seus próprios pensamentos e desejos, então fazia muito tempo que ela não sentia o ca
Gustavo disse: — Alexandre, você...Gustavo estava prestes a dizer mais alguma coisa, porém foi interrompido por Alexandre do outro lado da linha:— Parece que a Ju acordou, Presidente Gustavo. Seria melhor cuidar de Viviane agora.E com essas palavras, Alexandre desligou o telefone.Gustavo permaneceu com uma expressão sombria, segurando o telefone com uma mão cujos dedos já estavam pálidos até os ossos.— Sr. Gustavo... — O segurança ao seu lado não pôde deixar de intervir. — Talvez seja melhor o senhor voltar outro dia?Gustavo lançou um olhar gélido ao segurança, que imediatamente ficou em silêncio.Enquanto isso, Juliana acordava meio atordoada, esfregava os olhos e perguntava, confusa:— Houve um telefonema agora?Alexandre, segurando o jornal, respondeu calmamente:— Não, você estava sonhando.Juliana permanecia confusa. Ela tinha certeza de ter ouvido o telefone tocar enquanto dormia, será que foi um sonho?Esfregando a testa, Juliana estendeu a mão para pegar o celular ao lad
Gustavo disse: — Você acha que eu não me divorcio por causa da parceria com o Grupo Oliveira?À medida que Gustavo se aproximava a cada passo, Juliana levantou a cabeça para olhá-lo:— Não é isso?— Claro que não! — Gustavo colocou as mãos nos ombros de Juliana, seus olhos já cheios de veias sanguíneas. — Ouça bem, eu nunca concordarei com o divórcio! Você não vai escapar da família Costa.— Me solta! — Juliana se desvencilhou de Gustavo, zombando friamente. — Gustavo, não me diga que é porque gosta de mim que você não quer se divorciar.Gustavo disse:— Eu...Antes que Gustavo pudesse falar, Juliana o interrompeu:— Eu realmente não acredito que tenho tanto charme para atrair a atenção do Presidente Gustavo para mim. — Juliana fez uma pausa antes de continuar. — Você me envergonha repetidamente na frente de outras pessoas por causa da Viviane, enfrenta meus amigos sem questionar a razão, eu realmente estou farta desse casamento, quer você queira ou não, eu vou me divorciar de você.—
Juliana disse: — Gustavo! Você... Gustavo respondeu: — Não quero mais ouvir você falar de divórcio. Enquanto eu não permitir, você continuará sendo minha esposa. — Gustavo, com que direito... — Simplesmente porque eu sou Gustavo e, aqui em Castanda, eu que mando. Se eu não concordar, você pode esquecer o divórcio. — Você! Antes que Juliana pudesse terminar, Gustavo jogou os papéis do divórcio na lixeira e subiu as escadas. Juliana ficou furiosa, observando Gustavo se afastar. Era estranho, por que ele agora se recusava a se divorciar dela? Na vida passada, ela chorou, implorando para que Gustavo não se divorciasse, mas ele nem sequer olhou para ela. Desta vez, quando ela iniciou o pedido de divórcio e a situação chegou a este ponto, Gustavo estava relutante em se separar. Juliana olhou para a lixeira onde estava o acordo de divórcio. Mas Gustavo tinha razão em uma coisa, atualmente em Castanda, ele que ditava as regras, se Gustavo não concordasse com o divórcio
— Carlos? — O gerente pensou cuidadosamente, como se não se recordasse de alguém com esse nome. Ele disse: — Presidente Juliana, o mais popular aqui é o Dedé! Deseja que eu chame o Dedé para encontrá-la? Juliana olhou para o gerente, sorrindo, mas seus olhos não demonstravam alegria: — Te dou meia hora para trazer Carlos até mim. Juliana deixou essas palavras para trás e subiu diretamente as escadas. O gerente piscou para seus subordinados e seguiu Juliana. Os funcionários no térreo se entreolhavam, confusos. "Carlos? Não é aquele jovem que acabou de se formar?" Porém, como Juliana havia solicitado, eles precisaram entrar em contato imediatamente com Carlos para que ele fosse à empresa. Juliana observava a decoração do escritório, enquanto o gerente ainda tentava agradar: — Presidente Juliana, este é o escritório que o antigo chefe deixou. Ontem mesmo fiz questão de mandar redecorar, está ao seu agrado? — Não está nada mal. — Disse Juliana, se sentando na cadeir
O gerente olhou surpreso: — Presidente Juliana, você é a presidente, por que uma presidente iria encontrar um funcionário pessoalmente? Isso não é estar dando muita importância ao Carlos? Normalmente, quando se mencionam multas contratuais, Carlos sempre obedecia, mas desta vez, por algum motivo, ele nem escutava seu chefe e até ousou falar de forma tão firme. Juliana pegou sua bolsa e saiu diretamente do escritório. Seguindo o endereço nos arquivos, chegou à casa de Carlos. A casa de Carlos parecia não ser das melhores, um carro de luxo chegou a um pequeno e antigo bairro, atraindo muitos curiosos. O gerente, muito atencioso, abriu a porta do carro para Juliana, dizendo bajulador: — Presidente Juliana, me deixe levá-la. Juliana respondeu: — Não precisa, eu subo sozinha. No antigo bairro, habitado principalmente por idosos, não havia elevadores nos prédios, apenas escadas. Juliana subiu até o terceiro andar e bateu em uma porta já enferrujada. Logo, a porta se a
Falando nisso, Juliana pegou o contrato anterior que tinha com Carlos e, diante dele, o rasgou ao meio. Carlos ficou atordoado por um momento. Juliana disse: — Este é o novo contrato, você pode examiná-lo com atenção. Se não confiar em mim, pode também levá-lo a um escritório de advocacia para consulta. Se confiar, em um ano, eu farei de você uma estrela famosa. Olhando para a expressão sincera no rosto de Juliana, Carlos hesitou por um instante: — Por que não promover o Dedé? "Afinal, Dedé é atualmente o artista mais popular da Empresa de Mídia Solar." Juliana respondeu: — Dedé será demitido pela empresa em breve. "Mas ainda não é a hora." Carlos permaneceu em silêncio por um tempo e perguntou: — Me diga, quais são suas condições? — Condições? Ao observar a confusão no rosto de Juliana, Carlos disse friamente: — Você quer que eu me envolva com clientes femininas para obter vantagens ou quer... Carlos não continuou, mas seu olhar se desviou um pouco. Jul