Mariana achou que algo estava errado. Ela sabia como era a resistência de Lucas para beber. Nos anos de casamento, Lucas frequentemente voltava para casa após compromissos sociais, e embora estivesse um pouco bêbado, sua consciência estava clara. Lucas já tinha dito que, embora não fosse um bebedor inveterado, ele realmente tinha uma boa resistência. Agora, ele tinha bebido tão pouco e já estava assim? Ela perguntou: — Você está bem? Está se sentindo mal? Não era paranoia dela, esse país não era seguro, com várias formas de crime, diversas e surgem continuamente.Ela não podia nem beber água sem cuidado. Normalmente, ele não saía muito do laboratório. Lucas esfregou a testa com uma mão: — Estou um pouco tonto. — Vou te levar para o hospital. — Mariana ficou preocupada ao ouvir isso. — Tem mais alguma coisa te incomodando?Lucas se apressou a dizer: — Não é nada, pode ser que a bebida tenha pegado pesado, só preciso descansar um pouco.Mariana detestava Pedro e, naturalme
Mas não seria como agora, todo queimando. E a expressão dele também não estava normal. Mariana estava ansiosa, prestes a tentar a acalmar, pedindo para que ele a deixasse levantar, quando sentiu algo em seu corpo explodir, como se estivesse pegando fogo. Ela se assustou e, no segundo seguinte, suas mãos e pés ficaram fracos, sem nenhuma capacidade de resistência. Como isso podia acontecer? Ela claramente não…Não! Foi aquela garrafa de água! Mas a garrafa claramente ainda não estava aberta. Seria que foi o Pedro… Pensando no olhar de Pedro na hora, Mariana sentiu um frio na barriga. Se Lucas tivesse se tornado assim, ela ainda não teria pensado muito. Mas agora, ela também tinha caído na armadilha, e isso era claramente premeditado. Lucas tinha o cheiro que ela havia apaixonado profundamente. Frio, distante, como ele mesmo, era o cheiro da neve eterna nas montanhas, o cheiro dos pinheiros que se erguiam orgulhosos no cume da montanha. Muito agradável. Mas
— Mariana!A voz trêmula de Pedro estava carregada de incredulidade.Ele pressionava o pulso com força, mas o sangue continuava a jorrar.— Essa é uma artéria. — Mariana tentava manter a calma. — Sem tratamento médico, você vai morrer rapidamente por perda de sangue.— Como você conseguiu…Pedro não terminou a frase ao olhar para a palma da mão dela, coberta de sangue.Isso mesmo, ele havia colocado droga na água que deu à Mariana.De que adiantava tanta precaução por parte dela?O plano dele era simples: deixar ambos os inconscientes e, no meio da confusão, aproveitar para se aproximar de Mariana.Assim, mesmo que Lucas acordasse depois e fosse tirar satisfação, Pedro já tinha uma desculpa preparada.Mas o que ele nunca imaginou foi que, no momento em que tentou avançar, Mariana, que ele acreditava estar completamente inconsciente, se levantou rapidamente e o golpeou com uma faca!Direto na artéria do pulso.Pedro a desejava há anos, mas agora, à beira da morte…Ele cerrava os dentes,
— Eu não vou. — Mariana não acreditava que ele ainda estivesse insistindo naquele assunto. — O importante é que você está bem, vou desligar.— Estão tentando me matar.O coração de Mariana apertou: — O que você disse?Na noite anterior, Lucas já havia percebido que algo estava errado.Pedro não ousaria realmente o machucar e sua boa condição física ajudou a neutralizar a droga rapidamente, por isso o efeito da droga não durava muito. Assim que acordou, a primeira coisa que fez foi procurar Mariana.Ele despertou em um quarto estranho, sem sinal de mais ninguém.Preocupado com a segurança de Mariana, ele saiu para a procurar, mas logo percebeu que estava sendo seguido.Com receio de que aqueles homens pudessem machucar Mariana, ele desviou sua rota para a afastar dela. Após encontrar-se com seus seguranças, começou uma fuga intensa e perigosa.Os agressores estavam armados, o que obrigou Lucas e seus homens a serem extremamente cautelosos. Apesar das dificuldades, conseguiram escapar se
Mariana sentiu um aperto no coração.Gustavo cambaleou, e Mariana se apressou a segurá-lo:— Gustavo!Gustavo jogou o celular longe:— Esse ingrato!Seus olhos estavam vermelhos de raiva, e seu peito subia e descia de forma descompassada. Mariana a ajudou a se sentar e lhe deu um pouco de água para beber.Depois de fechar os olhos e respirar fundo por alguns segundos, Gustavo começou a se acalmar.— Gustavo, é sobre o Lucas, não é? — Perguntou Mariana, hesitante.Ele balançou a cabeça negativamente, e Mariana soltou um suspiro de alívio.Logo depois, Gustavo disse:— Mariana, essa situação… Vou te explicar depois. Agora, preciso viajar para o exterior.— Viajar para o exterior? Mas a sua saúde… — Mariana ficou surpreendida.Embora Gustavo estivesse relativamente bem, uma viagem longa de avião poderia ser exaustiva demais para ele.— Há algo que preciso resolver pessoalmente. — Respondeu ele.— Vou com você. — Insistiu Mariana. — Não confio em ninguém para te acompanhar.Como médica, el
Mariana franziu a testa:— O que está acontecendo? O que Felipe tem a ver com isso?— Felipe… é meu meio-irmão por parte de pai.— O quê?! — Mariana ficou chocada, como se tivesse levado um golpe.Lucas disse:— Você sabe que o casamento dos meus pais não vai nada bem agora.De fato, Mariana sabia disso.Os pais de Lucas eram ambos pesquisadores e passavam a maioria do tempo em centros de pesquisa. Eram conhecidos como verdadeiros “viciados em trabalho científico”. No começo, o relacionamento deles era bom, eram almas gêmeas em muitos aspectos.Até que, em um determinado ano, o pai de Lucas teve um caso com sua assistente.Depois disso, os dois se separaram e, ao longo dos anos, mal mantiveram contato. Ambos se concentraram em suas próprias vidas e deixaram a casa de lado.Por isso, Lucas foi criado sozinho por Gustavo.Felipe era filho daquela assistente.Quando o escândalo veio à tona, Gustavo ficou furioso e tomou a decisão imediata de mandar a assistente para o exterior. Desde entã
— Então, para ser mais exato, você é cunhada dele. — Lucas inalou profundamente o perfume dela, aproveitando claramente o momento. — E ele ainda teve a audácia de dizer que gosta de você e te cortejou. Suas intenções são evidentes.Mariana ainda estava absorvendo o choque de descobrir que Felipe era o meio-irmão de Lucas.Lucas a envolveu pela cintura fina, encostando o rosto em seu pescoço:— Ele se aproximou de você com segundas intenções, tudo parte de um plano. Mariana, não deixe que ele te engane.— Nunca dei atenção a ele. — Essas palavras trouxeram um alívio enorme para Lucas.Aquele dia tinha sido extremamente perigoso. As pessoas envolvidas realmente queriam tirar sua vida. Ele contra-atacou com seus próprios aliados e utilizou o apoio de forças locais para investigar quem estava por trás do atentado, chegando até Felipe.Inicialmente, Lucas achou que Felipe queria o matar por ciúmes, acreditando que o motivo fosse Mariana.Diante de tal rival, Lucas não mostraria misericórdia
Pensando naquela pergunta da Mariana, ele disse: — Não me importo com quantos descendentes da família Oliveira possam surgir, se alguém quiser alguma coisa, que venha e lute por isso. Se o Felipe quiser as empresas da família Oliveira, ótimo, desde que ele consiga tirá-las de mim. Nesse caso, eu não teria o que dizer.Mariana finalmente compreendeu que Lucas não estava sendo generoso, mas sim extremamente confiante. Ele tinha total controle sobre tudo que havia conquistado.Nem um Felipe, nem dez ou até oito poderiam abalar sua segurança.Mas, o que Felipe pretendia com Mariana? Ele havia mandado flores, se declarado… com que intenções?Só de pensar nisso, Lucas sentia vontade de o eliminar.“O patrimônio da família não me assusta. Se ele tiver competência, não há problema em a entregar”. Ele pensava. “Mas Mariana é intocável!”Não era apenas o fato de Felipe ter enviado flores ou se declarado, se ele ousasse olhar para Mariana por um segundo a mais, Lucas queria arrancar os olhos dele