Lucas levantou uma sobrancelha:— Então, você fica deitada assim.Mariana, irritada, puxou o cobertor e se enfiou dentro dele.Ela podia ouvir Lucas rindo, o som vibrando em seu peito.Mariana sabia que ele a estava abraçando, por isso conseguia sentir.Até mesmo, se chegasse mais perto, poderia ouvir o batimento do coração dele.Ele estava rindo, mas as lágrimas de Mariana, ela não sabia como tinham começado a cair.Esse homem, o que ele sempre desejou, era apenas o prazer físico.Mas ela não queria isso.Ela queria o coração dele.Mas sabia que isso era um desejo impossível.— Está brava? — A voz de Lucas soou do lado de fora.Deixando tudo de lado, naquela situação, os dois pareciam um casal comum.Acabavam de passar por uma noite de amor, rindo e brincando.Mas a realidade sempre é tão cruel.O que ela queria, Lucas nunca pensou em dar.Ela balançou a cabeça, pois, debaixo do cobertor, sua voz estava abafada:— Não, só quero dormir.— Durma. — Lucas, satisfeito e bem alimentado, di
Lucas estava prestes a estender a mão para abraçá-la quando ouviu o que ela disse, parou a ação: — Esse seu jeito sarcástico, não tem como mudar, né? Mariana se virou de costas para ele: — Vai logo, senão seu amante vai ficar chateado. — Mariana! — Lucas a virou de volta. — Não estou fazendo o suficiente? É por isso que você tem energia para falar essas coisas? Mariana, não se deixando intimidar, olhou para ele com raiva: — Você fez, mas não pode deixar a gente falar? O que, você também sabe que é vergonhoso? De repente, uma ideia brilhante surgiu na mente de Lucas, e ele olhou para ela sem acreditar: — Você está com ciúmes? Mariana não estava apenas com ciúmes, ela queria muito que Lucas ficasse preso, como um passarinho em uma jaula, sem poder fazer nada, apenas dependendo dela. Quem disse que só os homens podem forçar as mulheres? Quando uma mulher tem poder, ela também pode dominar. Infelizmente, Mariana sabia muito bem que não tinha essa capacidade. Além
— E daí se eu e meus amigos fomos comer? — Disse Mariana. — Seja lá o que for, não é da sua conta, não me meto com você, então é melhor você também não se meter na minha!— Você ainda é da família Oliveira, e se não se importar, vai acabar envergonhando a família lá fora?— Sr. Lucas, você não tem medo de se envergonhar, por que eu teria?— Mariana, você é simplesmente… — Lucas queria estrangulá-la. — Você tem toda essa energia para brigar, né?Assim que ele terminou de falar, a segurou e rasgou a roupa dela, beijando-a rudemente. Mariana lutou com todas as suas forças, mas não conseguia escapar da prisão dele.Dessa vez, Lucas não teve nenhum tipo de compaixão. Mariana já estava exausta, e enquanto lutava, seu pulso ficou roxo, e as marcas de beijo em seu corpo pareciam sinais de tortura.O corpo de Lucas pressionou-se contra ela com um impacto forte. Ele estava ardendo em febre, mas sua voz era fria.Ele sussurrou em seu ouvido: — Só eu posso te satisfazer, então, fique longe desses
Mariana voltou para a casa antiga, cumprimentou Gustavo com um aceno breve e disse que não estava se sentindo bem. Sem esperar resposta, subiu diretamente para o quarto. Deitou-se no sofá, tentando encontrar algum conforto. Era Natal, o dia em que as famílias costumam se reunir e celebrar. Mariana, no entanto, não conseguia se sentir parte desse espírito. Pegou o celular e abriu o Instagram, onde já havia várias postagens mostrando mesas fartas e famílias sorridentes. Na casa antiga, a ceia de Natal também estava impecável, como sempre. Mas Mariana sequer sentia fome. Luísa tinha voltado para o interior para passar o feriado com os pais, e Paulo ainda estava de plantão no hospital. No grupo do WhatsApp com os quatro amigos, apenas Camila falava. Mariana leu as mensagens por um tempo antes de responder:— Amanhã estou de plantão. Daqui a uns dois dias posso me encontrar com vocês.Camila respondeu quase imediatamente:— Então marcamos para daqui a dois dias!Mariana suspirou. Na verd
Lucas respondeu com impaciência:— E por que eu mentiria pra você?— Mas por que não foi vê-la? — Pedro insistiu. — Você não se preocupa com ela?— Ela... não quer me ver. — A voz de Lucas saiu firme, quase fria.Pedro ficou sem palavras. Como assim? Era óbvio que ela queria vê-lo! Se não quisesse, não teria contado a ele, Pedro, que estava doente. Era claro que ela queria que ele servisse de mensageiro.Pedro suspirou, já um pouco irritado:— Cara, quando uma mulher está doente, é quando ela mais precisa de cuidado. E você...— Ela me disse que não quer me ver. — Lucas o interrompeu, sua voz mais baixa, quase abafada. — Então, pra quê eu iria?Pedro ficou sem saber se Lucas era realmente tão idiota ou se estava apenas provocando. Pensando bem, considerando o histórico dele, era provável que ele realmente acreditasse no que estava dizendo. Pedro riu, incrédulo:— Então, enquanto ela não disser com todas as letras que quer te ver, você não vai?— Não.— Nem se ela... sei lá, passasse p
Pedro perguntou, intrigado:— O que você quer dizer com "depois"? Mesmo que vocês se divorciem, você ainda vai cuidar dela?Lucas respondeu, sem rodeios:— Não.Pedro suspirou, aliviado:— Ah, ainda bem.— Mas vocês… — Lucas disse fixamente para ele. — Não pensem em incomodá-la. Se fizerem isso, vão me fazer passar vergonha!Pedro estranhou:— Mas por que você...Antes que pudesse terminar, Lucas o cortou:— Tá, chega por aqui.Lucas desligou o telefone, virou-se e desceu as escadas. Ao chegar na sala, viu Mariana e Gustavo conversando e rindo animadamente.Lucas se juntou a eles, sentando no sofá. Mariana imediatamente se levantou:— Vou dar uma olhada na cozinha, vovô.Gustavo sorriu:— Vai lá, mas cuidado, tem bastante gente cuidando das coisas. Melhor você não mexer muito, não quero que se machuque.Mariana assentiu e foi para a cozinha.Lucas então quebrou o silêncio:— Vô, tem uma coisa que eu queria conversar com o senhor.Gustavo olhou para ele, curioso:— O que foi?— É que...
— Eu fui viajar, não te trouxe presente, e você ainda foi reclamar pro meu avô? — Disse Lucas com frieza. — Se quiser alguma coisa, é só falar. Eu mando alguém comprar pra você.— Muito obrigada pela sua generosidade. — Mariana soltou uma risada irônica. — Mas não preciso de nada! E, aliás, eu não sou do tipo que fica reclamando dessas bobagens pro meu avô.— Mariana, será que dá pra você parar de ser tão orgulhosa? — Rebateu Lucas, encarando-a. — Você não chega nem aos pés da Joana!sPelo menos a Joana fazia de tudo pra conseguir o que queria.Mariana lançou um olhar gelado para ele, mas permaneceu em silêncio.— Ficou sem palavras? — Lucas provocou, irritado.— Lucas, faz um favor pra mim. — Mariana disse, perdendo a paciência. — Vai ao hospital e marca uma consulta. Quem sabe eles conseguem resolver os problemas na sua cabeça?Ela cruzou os braços, sua voz carregada de desprezo:— Quem liga pros seus presentes? É verdade, eu não sou como a Joana. Mas ao menos eu não me rebaixaria a
Gustavo estava feliz, afinal, Lucas e Mariana pareciam estar se dando bem. Mesmo com Mariana explicando que não poderiam ter filhos nos próximos dois anos, Gustavo achava que esperar esse tempo não seria problema. Para ele, o importante era que os dois estivessem bem juntos.O resultado da alegria foi que todos acabaram bebendo demais. Lucas terminou sozinho uma garrafa de vinho, enquanto Gustavo e Mariana dividiram outra.Gustavo, por já estar mais velho, e Mariana, por ter uma tolerância baixa ao álcool, não aguentaram muito. Antes das dez, Gustavo se recolheu para o quarto, e Mariana, completamente tonta, foi carregada por Lucas até o andar de cima.Naquela noite, Mariana teve sonhos estranhos. Sentia-se extremamente sedenta, procurando água desesperadamente. Quando finalmente encontrou uma fonte, a água saía em pequenos goles, insuficiente para saciar sua sede.Desesperada, ela se agarrou com as duas mãos e começou a sugar com força, mas a sensação continuava. Até que, de repente,