Lucas voltou e, quando chegou à Cidade do Norte, já era tarde. Ao sair do aeroporto, seguiu direto para o Hospital São João.Na noite anterior, Mariana havia jantado com suas amigas e Felipe, e hoje ia voltar para a casa dos pais para acompanhar Gustavo. Não poderia sair todos os dias, especialmente porque hoje já era o dia 29 de dezembro.Embora a casa estivesse sendo preparada para o Ano Novo, com compras de alimentos e organização feita por outros, ela sabia que Gustavo, sozinho na casa, ficaria solitário. Lucas ainda não sabia quando voltaria.Por isso, quando saiu do hospital e viu aquele homem em meio à multidão, Mariana quase não acreditou. Lucas voltou? E veio parar no hospital? Será que estava vendo coisas? Ela esfregou os olhos, incrédula.Lucas caminhou rapidamente até ela, com um semblante sério, e olhou-a fixamente:— Vamos.Mariana finalmente percebeu ser ele de verdade, ali, à sua frente.— Para onde? — Perguntou ela.O semblante de Lucas estava fechado, e Mariana também
Aliás, é a idade em que os desejos estão à flor da pele. Depois de alguns dias sem fazer sexo, o corpo já começa a querer.Especialmente agora, com a Mariana nos braços dele. O cheiro familiar é como se fosse um vício.No exterior, ele mal conseguia dormir algumas horas por dia, e nos sonhos, a imagem dela o perseguia. Eles se entregavam um ao outro, morrendo de amores. Lucas invadiu a boca dela com força, fazendo sua respiração dominá-la, envolvê-la. Mariana sentiu a língua doer, quase sem ar. Seu corpo estava mole, e os socos que dava no ombro de Lucas eram fracos, sem força. Lucas foi suavizando, com a mão grande deslizando pela roupa dela, até encontrar seu lugar favorito, amassando e acariciando.Mariana tentava resistir, mas não conseguia se soltar. O mais triste é que seu corpo ainda reagia a Lucas. Ele respirava pesadamente, se apoiou sobre ela por um momento, e depois baixou a barreira e informou ao motorista um endereço. Não era para voltar para a casa. Era para o luga
Mariana se passou o creme e, arrastando as pernas cansadas, se jogou de novo na cama. Não queria se mover nem um pouco. Mas Lucas veio colado nela, como um penduricalho, não se afastando nem um centímetro. Mariana, sem aguentar mais, perguntou: — Você não vai para a empresa?Lucas respondeu: — Não vou.— Você ficou fora por vários dias, não se preocupa com as coisas da empresa? — Não me preocupo? — Lucas virou o rosto dela para si. — Como você chegou a essa conclusão? — Você não foi para o exterior? — Mariana virou o rosto de novo, sem olhar para ele. — Curtindo a vida, não tem tempo para se preocupar com a empresa. — Não espalhe boatos. — Lucas segurou o queixo dela, forçando-a a olhar para ele. — Trabalho duro lá fora dia e noite, e também cuido dos assuntos da empresa aqui. Como você pode dizer que estou me divertindo? Lucas, claro, não ia admitir por que foi para o exterior, e Mariana também não estava pensando em confrontá-lo. Os dois já falaram sobre o divórcio, e
Lucas levantou uma sobrancelha:— Então, você fica deitada assim.Mariana, irritada, puxou o cobertor e se enfiou dentro dele.Ela podia ouvir Lucas rindo, o som vibrando em seu peito.Mariana sabia que ele a estava abraçando, por isso conseguia sentir.Até mesmo, se chegasse mais perto, poderia ouvir o batimento do coração dele.Ele estava rindo, mas as lágrimas de Mariana, ela não sabia como tinham começado a cair.Esse homem, o que ele sempre desejou, era apenas o prazer físico.Mas ela não queria isso.Ela queria o coração dele.Mas sabia que isso era um desejo impossível.— Está brava? — A voz de Lucas soou do lado de fora.Deixando tudo de lado, naquela situação, os dois pareciam um casal comum.Acabavam de passar por uma noite de amor, rindo e brincando.Mas a realidade sempre é tão cruel.O que ela queria, Lucas nunca pensou em dar.Ela balançou a cabeça, pois, debaixo do cobertor, sua voz estava abafada:— Não, só quero dormir.— Durma. — Lucas, satisfeito e bem alimentado, di
Lucas estava prestes a estender a mão para abraçá-la quando ouviu o que ela disse, parou a ação: — Esse seu jeito sarcástico, não tem como mudar, né? Mariana se virou de costas para ele: — Vai logo, senão seu amante vai ficar chateado. — Mariana! — Lucas a virou de volta. — Não estou fazendo o suficiente? É por isso que você tem energia para falar essas coisas? Mariana, não se deixando intimidar, olhou para ele com raiva: — Você fez, mas não pode deixar a gente falar? O que, você também sabe que é vergonhoso? De repente, uma ideia brilhante surgiu na mente de Lucas, e ele olhou para ela sem acreditar: — Você está com ciúmes? Mariana não estava apenas com ciúmes, ela queria muito que Lucas ficasse preso, como um passarinho em uma jaula, sem poder fazer nada, apenas dependendo dela. Quem disse que só os homens podem forçar as mulheres? Quando uma mulher tem poder, ela também pode dominar. Infelizmente, Mariana sabia muito bem que não tinha essa capacidade. Além
— E daí se eu e meus amigos fomos comer? — Disse Mariana. — Seja lá o que for, não é da sua conta, não me meto com você, então é melhor você também não se meter na minha!— Você ainda é da família Oliveira, e se não se importar, vai acabar envergonhando a família lá fora?— Sr. Lucas, você não tem medo de se envergonhar, por que eu teria?— Mariana, você é simplesmente… — Lucas queria estrangulá-la. — Você tem toda essa energia para brigar, né?Assim que ele terminou de falar, a segurou e rasgou a roupa dela, beijando-a rudemente. Mariana lutou com todas as suas forças, mas não conseguia escapar da prisão dele.Dessa vez, Lucas não teve nenhum tipo de compaixão. Mariana já estava exausta, e enquanto lutava, seu pulso ficou roxo, e as marcas de beijo em seu corpo pareciam sinais de tortura.O corpo de Lucas pressionou-se contra ela com um impacto forte. Ele estava ardendo em febre, mas sua voz era fria.Ele sussurrou em seu ouvido: — Só eu posso te satisfazer, então, fique longe desses
Mariana voltou para a casa antiga, cumprimentou Gustavo com um aceno breve e disse que não estava se sentindo bem. Sem esperar resposta, subiu diretamente para o quarto. Deitou-se no sofá, tentando encontrar algum conforto. Era Natal, o dia em que as famílias costumam se reunir e celebrar. Mariana, no entanto, não conseguia se sentir parte desse espírito. Pegou o celular e abriu o Instagram, onde já havia várias postagens mostrando mesas fartas e famílias sorridentes. Na casa antiga, a ceia de Natal também estava impecável, como sempre. Mas Mariana sequer sentia fome. Luísa tinha voltado para o interior para passar o feriado com os pais, e Paulo ainda estava de plantão no hospital. No grupo do WhatsApp com os quatro amigos, apenas Camila falava. Mariana leu as mensagens por um tempo antes de responder:— Amanhã estou de plantão. Daqui a uns dois dias posso me encontrar com vocês.Camila respondeu quase imediatamente:— Então marcamos para daqui a dois dias!Mariana suspirou. Na verd
Lucas respondeu com impaciência:— E por que eu mentiria pra você?— Mas por que não foi vê-la? — Pedro insistiu. — Você não se preocupa com ela?— Ela... não quer me ver. — A voz de Lucas saiu firme, quase fria.Pedro ficou sem palavras. Como assim? Era óbvio que ela queria vê-lo! Se não quisesse, não teria contado a ele, Pedro, que estava doente. Era claro que ela queria que ele servisse de mensageiro.Pedro suspirou, já um pouco irritado:— Cara, quando uma mulher está doente, é quando ela mais precisa de cuidado. E você...— Ela me disse que não quer me ver. — Lucas o interrompeu, sua voz mais baixa, quase abafada. — Então, pra quê eu iria?Pedro ficou sem saber se Lucas era realmente tão idiota ou se estava apenas provocando. Pensando bem, considerando o histórico dele, era provável que ele realmente acreditasse no que estava dizendo. Pedro riu, incrédulo:— Então, enquanto ela não disser com todas as letras que quer te ver, você não vai?— Não.— Nem se ela... sei lá, passasse p