Lucas olhou para ele: — Agora que você é o comissário político, é por isso que está falando tanto? Jaime também o encarou: — Que besteira! Eu estou apenas preocupado com você, e você ainda me critica? Com essa interrupção, o assunto sobre “Mariana já se acalmou?” foi desviado. Claro que Mariana ainda não havia se acalmado. De manhã, houve uma reunião para correr, tomaram café da manhã e depois foi hora de treinar. Um colega perguntou: — Você voltou para casa ontem? Eles não eram soldados de verdade, se houvesse algo, podiam pedir licença. Mariana acenou com a cabeça: — Hum. — Dormir em casa é sempre mais confortável. — O colega se espreguiçou: — A cama do quartel é pequena e dura, estou com dores por todo o corpo. Mariana também estava com dores, mas era por causa dos beijos e das mordidas de Lucas. Esse homem não tinha limites; mesmo no período menstrual, ele não a deixava em paz, e como não podia fazer nada com mais ninguém, se divertia com as pernas dela. Maria
— Eu achava que o exercício excessivo era uma forma de relaxamento. — Lucas disse: — Meu corpo é tão bom por causa desse tipo de treino. E os meus músculos abdominais, você não gosta de tocá-los? O rosto de Mariana imediatamente ficou vermelho: — Quem quer tocar seus músculos abdominais! — Você tocou ontem. Lucas afirmou calmamente os fatos. Mariana ficou furiosa e envergonhada: — Se você não me tocar, eu posso tocar em você? — Não fique brava. — Lucas se aproximou dela: — Esta noite você pode tocar. — Sai fora! — Mariana estava tão irritada que o empurrou e tentou sair. Mas Lucas a prendeu contra a porta. — Durma comigo. — Ele disse: — Aqui não é melhor do que as condições do seu dormitório? Tem uma cama grande e um banheiro separado. Mariana respondeu: — Eu já disse, não estou aqui para me divertir. — Isso é o que você chama de diversão? Você tem algum mal-entendido sobre a palavra "diversão"? Mariana não conseguiu argumentar contra ele e virou o rosto: — De q
Mariana olhou para ele, pensando em seus cinco anos de amor platônico. Talvez essa noite pudesse finalmente encerrar tudo. — E se... eu disser que gosto de você? Lucas a encarou: — Mariana, essa piada não tem graça nenhuma. — Piada... — Mariana sorriu ironicamente: — Você acha que isso é uma piada? É verdade, aos seus olhos, eu realmente sou uma piada. — Mariana, o que você realmente quer dizer? — Lucas estava confuso, sem conseguir organizar os pensamentos: — É mais uma nova artimanha para me fazer divorciar? Mariana balançou a cabeça: — Lucas, você nunca pensou em dar o seu amor nesta relação, pensou? Lucas respondeu sem hesitar: — Não. Mariana sentiu uma dor aguda no coração. — Eu quero voltar a morar com os colegas. — Mariana não queria mais falar: — Lucas, me deixe em paz. Lucas sempre achou difícil entender o que ela dizia, achando que ela nunca falava a verdade, e isso o deixava irritado. — Não! — Ele segurou o pulso dela e a puxou para dentro: — Você tem q
Mariana perguntou a ele: — Que coisa? Lucas se sentiu envergonhado para admitir que estava errado; de qualquer forma, Felipe também tinha se envolvido, e o máximo que poderia fazer seria compensá-lo. Ele disse: — De qualquer forma, não importa o que aconteceu, passou. Como você é a esposa da família Oliveira, não fique falando de divórcio o tempo todo; quem não sabe, pode achar que a família Oliveira não tem regras. Mariana fechou os olhos e fez de conta que estava morta. Ela com certeza iria se divorciar. Mesmo que Lucas a lavasse com um pouco de carinho. Mas Mariana sabia muito bem que aquele homem gostava apenas do corpo dela. Ele a agradava apenas para satisfazer seus próprios desejos. Como esperado, no banheiro, Lucas ficou selvagem. Mariana estava menstruada e não podia realmente fazer nada, mas Lucas parecia ter aprendido muitos truques para provocá-la. E, por acaso, Mariana não se atrevia a gritar, com medo de que alguém na casa ao lado ouvisse. Ela foi fo
Nos últimos dias, Mariana dormiu com Lucas e não foi a primeira vez que viu Lucas respondendo às mensagens de Joana. Não era que ela estivesse olhando intencionalmente; Lucas ia tomar banho e deixava o celular em cima da mesa, então, quando chegavam mensagens, a tela se acendia automaticamente. O conteúdo das mensagens aparecia diretamente na tela. Mariana olhou distraidamente. Joana dizia: "Estou com saudades de você, quando você volta?" Mariana sorriu ironicamente. Poucos segundos depois, Joana enviou outra mensagem: "Eu gostei muito do presente que você me deu da última vez." Mariana se levantou e virou o celular de Lucas para baixo. "Fora da vista, fora da mente." Quando Lucas saiu do banho, ele olhou para o celular, respondeu a mensagem e sorriu levemente. Nos dias seguintes, ao ver essa expressão no rosto de Lucas, Mariana sabia que ele estava conversando com Joana. Lucas disse que estava de férias, mas ele havia saído de repente, e muitas coisas na empresa
Lucas disse: — Eu tenho um monte de trabalho, como ela pode me acompanhar? Se não tem nada para fazer, é melhor você ir, estou ocupado. Pedro perguntou: — E a intensidade do treinamento, como está? Posso ir também. — Normal. — Lucas respondeu: — Muito fácil. Pedro disse: — Para você é fácil, mas para os outros não é. A propósito, como está Mariana? Ela sempre foi mimada, desta vez ela não chorou, né? Lucas ficou absorto, uma imagem de uma garotinha apareceu em sua mente, com o rosto rosado e dois coquinhos no cabelo. Ela estava chorando, sua jaqueta branca estava suja de cinza e preto. Naquela época, Pedro, que tinha apenas sete ou oito anos, estava ao lado com uma expressão de desgosto: — Mimada! Chata! Que irritante! Depois de dizer isso, ele olhou para Lucas: — Lucas, não vamos brincar com ela! Eu odeio gente mimada! Lucas, em seu devaneio, lembrava que não achava Mariana irritante. Ele até queria consolá-la. Mas Pedro o puxou para correr. Quando olharam para trá
Irracional ou não, Mariana não se importava. Além do mais, a maneira como esse homem falava soava como se estivesse fazendo um favor; ela deveria se sentir grata e ajoelhar-se para agradecer? Mariana desligou o telefone. Lucas estava prestes a jogar o celular no chão novamente. Ele pensou seriamente e percebeu que, desde que Joana apareceu, a personalidade de Mariana havia mudado. Antes, os dois podiam ser descritos como respeitosos um com o outro. Agora, nem se falava mais em respeito, discutir ao se encontrarem se tornara normal. Lucas estava com dor de cabeça. Ele não queria brigar com Mariana. Além disso, ele estava obcecado pela sensação de fazer amor com Mariana. Mas Mariana agora sempre estava desinteressada. Continuar assim não era uma solução. Ou talvez... ele pudesse considerar manter uma distância adequada de Joana. Mas ao pensar no rosto de Joana, ele não conseguia se desapegar. Joana voltava das compras e o acompanhava no escritório enquanto ele
“Lucas ter ido para o quartel talvez nem tenha nada a ver com Mariana”, ela pensou mesma. Lembrava-se de ter ouvido Pedro comentar, de forma despretensiosa, que Lucas mantinha negócios com o exército. Quem sabe, dessa vez, ele estivesse apenas resolvendo assuntos de trabalho.A ideia confortava Joana. Ainda mais porque Lucas havia prometido sair com ela assim que voltasse. Então, isso era suficiente para deixá-la satisfeita.No dia seguinte, Lucas retornou ao quartel e percebeu, quase de imediato, que Mariana estava, deliberadamente, o evitando. Nos últimos dias, ela aparecia no alojamento deles sem que ele precisasse chamá-la. Mas, dessa vez, por mais que esperasse, ela não apareceu.Impaciente, Lucas decidiu ligar para ela, mas as chamadas seguiram sem resposta.Apesar de toda a sua teimosia e arrogância, nem ele ousaria ir até o alojamento das mulheres para buscá-la à força. Deitado sozinho na cama espaçosa de dois metros, sentiu-se tomado por uma mistura de frustração e insatisf