Mariana olhou para ele, pensando em seus cinco anos de amor platônico. Talvez essa noite pudesse finalmente encerrar tudo. — E se... eu disser que gosto de você? Lucas a encarou: — Mariana, essa piada não tem graça nenhuma. — Piada... — Mariana sorriu ironicamente: — Você acha que isso é uma piada? É verdade, aos seus olhos, eu realmente sou uma piada. — Mariana, o que você realmente quer dizer? — Lucas estava confuso, sem conseguir organizar os pensamentos: — É mais uma nova artimanha para me fazer divorciar? Mariana balançou a cabeça: — Lucas, você nunca pensou em dar o seu amor nesta relação, pensou? Lucas respondeu sem hesitar: — Não. Mariana sentiu uma dor aguda no coração. — Eu quero voltar a morar com os colegas. — Mariana não queria mais falar: — Lucas, me deixe em paz. Lucas sempre achou difícil entender o que ela dizia, achando que ela nunca falava a verdade, e isso o deixava irritado. — Não! — Ele segurou o pulso dela e a puxou para dentro: — Você tem q
Mariana perguntou a ele: — Que coisa? Lucas se sentiu envergonhado para admitir que estava errado; de qualquer forma, Felipe também tinha se envolvido, e o máximo que poderia fazer seria compensá-lo. Ele disse: — De qualquer forma, não importa o que aconteceu, passou. Como você é a esposa da família Oliveira, não fique falando de divórcio o tempo todo; quem não sabe, pode achar que a família Oliveira não tem regras. Mariana fechou os olhos e fez de conta que estava morta. Ela com certeza iria se divorciar. Mesmo que Lucas a lavasse com um pouco de carinho. Mas Mariana sabia muito bem que aquele homem gostava apenas do corpo dela. Ele a agradava apenas para satisfazer seus próprios desejos. Como esperado, no banheiro, Lucas ficou selvagem. Mariana estava menstruada e não podia realmente fazer nada, mas Lucas parecia ter aprendido muitos truques para provocá-la. E, por acaso, Mariana não se atrevia a gritar, com medo de que alguém na casa ao lado ouvisse. Ela foi fo
Nos últimos dias, Mariana dormiu com Lucas e não foi a primeira vez que viu Lucas respondendo às mensagens de Joana. Não era que ela estivesse olhando intencionalmente; Lucas ia tomar banho e deixava o celular em cima da mesa, então, quando chegavam mensagens, a tela se acendia automaticamente. O conteúdo das mensagens aparecia diretamente na tela. Mariana olhou distraidamente. Joana dizia: "Estou com saudades de você, quando você volta?" Mariana sorriu ironicamente. Poucos segundos depois, Joana enviou outra mensagem: "Eu gostei muito do presente que você me deu da última vez." Mariana se levantou e virou o celular de Lucas para baixo. "Fora da vista, fora da mente." Quando Lucas saiu do banho, ele olhou para o celular, respondeu a mensagem e sorriu levemente. Nos dias seguintes, ao ver essa expressão no rosto de Lucas, Mariana sabia que ele estava conversando com Joana. Lucas disse que estava de férias, mas ele havia saído de repente, e muitas coisas na empresa
Lucas disse: — Eu tenho um monte de trabalho, como ela pode me acompanhar? Se não tem nada para fazer, é melhor você ir, estou ocupado. Pedro perguntou: — E a intensidade do treinamento, como está? Posso ir também. — Normal. — Lucas respondeu: — Muito fácil. Pedro disse: — Para você é fácil, mas para os outros não é. A propósito, como está Mariana? Ela sempre foi mimada, desta vez ela não chorou, né? Lucas ficou absorto, uma imagem de uma garotinha apareceu em sua mente, com o rosto rosado e dois coquinhos no cabelo. Ela estava chorando, sua jaqueta branca estava suja de cinza e preto. Naquela época, Pedro, que tinha apenas sete ou oito anos, estava ao lado com uma expressão de desgosto: — Mimada! Chata! Que irritante! Depois de dizer isso, ele olhou para Lucas: — Lucas, não vamos brincar com ela! Eu odeio gente mimada! Lucas, em seu devaneio, lembrava que não achava Mariana irritante. Ele até queria consolá-la. Mas Pedro o puxou para correr. Quando olharam para trá
Irracional ou não, Mariana não se importava. Além do mais, a maneira como esse homem falava soava como se estivesse fazendo um favor; ela deveria se sentir grata e ajoelhar-se para agradecer? Mariana desligou o telefone. Lucas estava prestes a jogar o celular no chão novamente. Ele pensou seriamente e percebeu que, desde que Joana apareceu, a personalidade de Mariana havia mudado. Antes, os dois podiam ser descritos como respeitosos um com o outro. Agora, nem se falava mais em respeito, discutir ao se encontrarem se tornara normal. Lucas estava com dor de cabeça. Ele não queria brigar com Mariana. Além disso, ele estava obcecado pela sensação de fazer amor com Mariana. Mas Mariana agora sempre estava desinteressada. Continuar assim não era uma solução. Ou talvez... ele pudesse considerar manter uma distância adequada de Joana. Mas ao pensar no rosto de Joana, ele não conseguia se desapegar. Joana voltava das compras e o acompanhava no escritório enquanto ele
“Lucas ter ido para o quartel talvez nem tenha nada a ver com Mariana”, ela pensou mesma. Lembrava-se de ter ouvido Pedro comentar, de forma despretensiosa, que Lucas mantinha negócios com o exército. Quem sabe, dessa vez, ele estivesse apenas resolvendo assuntos de trabalho.A ideia confortava Joana. Ainda mais porque Lucas havia prometido sair com ela assim que voltasse. Então, isso era suficiente para deixá-la satisfeita.No dia seguinte, Lucas retornou ao quartel e percebeu, quase de imediato, que Mariana estava, deliberadamente, o evitando. Nos últimos dias, ela aparecia no alojamento deles sem que ele precisasse chamá-la. Mas, dessa vez, por mais que esperasse, ela não apareceu.Impaciente, Lucas decidiu ligar para ela, mas as chamadas seguiram sem resposta.Apesar de toda a sua teimosia e arrogância, nem ele ousaria ir até o alojamento das mulheres para buscá-la à força. Deitado sozinho na cama espaçosa de dois metros, sentiu-se tomado por uma mistura de frustração e insatisf
Mariana virou o rosto, recusando-se a olhar para ele: — Não me importo com nada disso. Lucas, porém, segurou o queixo dela com força, obrigando-a a encará-lo: — Mariana. Não abusa da sorte! — Eu não quero nada... — Mariana respondeu, mas foi interrompida por um movimento brusco de Lucas. Ela soltou um grito, mas logo cobriu a boca com as mãos.— Não quer? — ele provocou, preso sob o peso e intensificando ainda mais a força. — Então por que seu corpo diz o contrário?Mariana estava sem forças, o corpo inteiro imobilizado, restando apenas sua boca para se mover. Sem pensar, abriu a boca e tentou morder Lucas.Lucas imobilizou seus braços acima de sua cabeça, inclinando-se ainda mais sobre ela, segurando sua boca. — Mariana, esqueça esses joguinhos. Eu conheço todos eles. Não adianta.Sem saída, ela foi consumida pela intensidade de Lucas. Não adienta. Mariana tremia de raiva, enquanto o homem não parava de beijá-la, de lamber sua pele, deixando marcas que só ele poderia deixar
Lucas não tinha o menor jeito para consolar ela.Mariana, ainda chorando de tristeza e dor, começou a soluçar de forma desajeitada, o que fez Lucas soltar uma risada.Cansada de tanto chorar e com as pernas doendo, Mariana pediu irmão carregando ela nas costas!Lucas imediatamente ficou com a expressão fechada:— Te carregar? Nem pensar!Quando eram crianças, Mariana era fofinha e pequena. Mas era surpreendentemente pesada no colo.Lucas continuou perguntando:— O Paulo já te carregou antes? Mariana piscou os grandes olhos negros e respondeu com a inocência de uma criança:— Paulo? Claro que sim! Quando eu fico cansada, ele me carrega. Lucas, me carrega também, por favor?Lucas ficou tão furioso que quase pulou de indignação:— Eu não vou te carregar!Mariana fez um biquinho de tristeza:— Mas eu tô com o pé doendo...— Então tá decidido, você não deixa mais Paulo te carregar! — disparou Lucas.— O quê? — Mariana perguntou, confusa, sem entender a lógica de Lucas.Antes que a conversa