-Ela... é... -Quando ia terminar de falar, Zack se levantou bruscamente.
-O que aconteceu? Está tudo bem? -Valentina perguntou ao ver Zack sair andando na direção oposta da entrada.
-Eu já volto. -Me levantei também e fui atrás dele. Dei mais uma olhada para trás e vi que a mulher se assustou ao me ver. Talvez tenha se lembrado do meu primeiro dia de aula, onde nos encontramos na secretaria.
Ela deu a meia volta e saiu do restaurante. Pensei em ir atrás dela e perguntar o por quê de estar fazendo isso, só que Zack precisa de mim. Eu tenho que estar ao lado dele agora.
Voltei minha atenção para a frente e tentei imaginar onde ele possa estar
Não faço ideia de quantas horas que devem ser agora. Após a saída de meu pai do meu quarto, não levantei mais da cama e tenho quase certeza de que caí no sono, já que eu só pisquei e escureceu.Eu ainda não consigo acreditar com a forma que ele falou comigo. Meu pai nunca foi daqueles pais que grita ou que bate para tentar ensinar. Muito pelo contrário, ele sempre foi super calmo e compreensivo. E é isso que está me deixando completamente confusa.Não foi ele que me ensinou desde pequena que o diálogo é a melhor solução pra tudo? Então por que é que ele não anda me escutando ultimamente?Sinto como se tudo tivesse sido em vão.
-Alexia. -Me chamou do lado de fora do quarto. Corri até a porta e a abri.Após passar um tempo desde que Zack havia saído daqui, comecei a ficar nervosa e quase desisti da ideia de ir encontra-lo. Meu pai veio aqui mais uma vez para conferir se eu não iria descer para jantar e eu recusei.Apesar de tudo, ainda não esqueci de suas palavras e tenho quase certeza de que não esquecerei tão rápido. Sei que não deveria ficar assim com ele, até porque ele ainda continua sendo meu pai, mas isso também não o dá o direito de me falar tudo o que falou e ainda esperar que eu o perdoe no mesmo dia.-Uou. -Falou assim que me viu. -Não estava preparado pra isso.
Domingo foi um dos piores dias que já tive. A dor de cabeça foi completamente insuportável e eu passei quase o dia inteiro presa dentro do quarto.Quando Zack ficou sabendo, ele quase se jogou no chão de tanto rir do meu estado deplorável. Só que isso nem se compara em como ele ficou quando me contou tudo o que eu havia dito na noite anterior e eu sequer me lembrava. Depois disso jurei para mim mesma que nunca mais colocaria uma gota de qualquer bebida alcoólica na boca.Hoje já é segunda-feira e estou quase chegando na escola. Zack pretendia vir caminhando comigo, só que seu amigo Ryan, se não me engano com o nome, marcou de tomar café com ele, e isso acabou impossibilitando nossa vinda juntos. Achei até melhor, já que eu ainda estou morre
Atenção: Capítulo não recomendado paramenores de 14 anos. Caso queira continuar, é de sua total responsabilidade.Assim que Zack veio novamente em minha direção, eu o puxei pelo pescoço e o beijei mais uma vez. Zack me puxou para o seu colo, prendendo meu corpo ao seu. Assim que senti sua língua invadir minha boca, senti como se meu coração fosse de alguma forma sair do meu peito.Apesar de estar completamente nervosa, o empurrei para trás e subi nele, o prendendo como se a qualquer momento eu fosse o perder. Pensar nessa possibilidade me fez encaixar melhor as minhas pernas ao seu redor.Suas mãos foram em direçã
Andando pelas ruas da cidade comecei a pensar melhor no que estou prestes a fazer. Aonde eu estava com a cabeça quando decidi que viria me encontrar com a suposta mãe de Zack?Eu só posso estar enlouquecendo.E essas ruas pouco movimentada só confirma o quanto fui irresponsável com a minha decisão. O pior de tudo isso é que eu sequer avisei alguém da burrice que vim fazer.Mas como eu poderia contar pra alguém? Certeza que me impediriam.Droga, agora é tarde para eu simplesmente voltar para trás. Não vou fazer isso. Até porque estou morta de curiosidade para saber o motivo do sumiço dela. É claro que futuramente Zack vai me agradec
Zack narrando:-Alexia, está acordada? -Encostei meu ouvido na porta de seu quarto mas não escutei movimentação alguma. -Estou entrando, viu? -Coloquei a mão na maçaneta e a girei.A primeira coisa que notei foi a cama vazia e arrumada, insinuando que ela sequer dormiu aqui. Mas se ela não dormiu aqui... dormiu aonde?Ela não sairia de casa tão cedo assim. Sem contar que eu não a vejo desde ontem à noite.Pensando e pensando nas possibilidades, o seu amigo me veio a cabeça. Ela pode ter passado a noite lá. Peguei meu celular no bolso e fui até o grupo da escola. Consegui encontrar o número dele e liguei.
-Eu não quero saber! Eu já disse que quero o melhor policial de vocês nessa busca, me entenderam!? -Gritou o senhor Gomes.Após aquela cena no vestiário, eu vim correndo para casa e vi que todos aqui já haviam ficado sabendo da notícia. Valentina voltou o mais rápido que conseguiu da audiência e agora estamos todos em seu escritório.Pouco tempo depois de eu ter chegado aqui, passou mais uma reportagem aonde conseguiram pegar imagens de uma câmera de segurança próxima do parque. Lá nós conseguimos ver perfeitamente a Alexia sendo puxada para um carro preto. Eu não consegui terminar de ver e saí da sala segundos depois.O pai da Alexia não pensou duas vezes antes de
Alexia narrando:Ontem fez exatamente 2 anos que perdi minha mãe. Foi meu primeiro dia de aula, que ótimo. Não fui, já que não consegui nem levantar da cama direito. Dois anos de saudade e de arrependimento. Se eu não tivesse pedido pra ir na casa da vovó naquele maldito dia, não teríamos sofrido aquele acidente. O acidente que matou minha mãe e meu irmão menor. Meu irmão até que chegou a viver mas depois de 3 dias veio a falecer. É horrível pensar que tudo isso aconteceu graças a mim. Graças ao meu pedido. Eu devia ter ficado em casa, mas não, me deu uma vontade enorme de ir pro campo e visita-la. Como meus pais sempre faziam meus gostos, disse que iríamos sair de madrugada já que é menos movimentado a estrada. Eu estava