Início / Romance / Eu, o contrato e o jogador / Capítulo 2 - Giovanna
Capítulo 2 - Giovanna

Um final de semana maravilhoso que eu passei. Me diverti bastante e nem tive tempo para pensar no idiota do Antônio, para falar a verdade acho até que ele tá fazendo menos falta que eu imaginei. Aí eu me pergunto, será que eu realmente gostava dele? Ou talvez eu tenha me acostumado com ele?

Não vou dizer que nossa relação foi tudo de ruim não, lógico que não mas eu pensei que fosse sofrer mais pela falta dele.

Como é segunda-feira, minha rotina de levantar cedo e caçar emprego voltou com força total. Eu não podia ficar sem trabalhar até porque meu irmão, Fred é o único que trabalha e não pode segurar as contas sozinho. Além disso eu quero fazer minha faculdade.

Tomei um banho e vesti uma calça jeans e uma blusa de seda, como mamãe sempre me disse o primeiro passo para uma entrevista de emprego é está apresentável. Depois de pronta desci para tomar café.

- Bom dia! - Me sentei diante a mesa - Lindos! Como estão?

- Bom dia Gio! - Mamãe encheu minha xícara de café - Está linda! Filha! Soube que seu primo está no Rio, ficou sabendo?

- Sim, eu encontrei com ele na sexta quando saí com a Juliana - Mordi meu pão - Me esqueci de falar.

- Tem muito tempo que não vejo Bruno. - Fred folheou o jornal - Ele nem veio visitar a gente!

- Fica dificil ele visitar a gente, até porque ele fica de babá o tempo todo do Lucas.

- Ele também está no Rio? - Assenti para Fred e me lembrei do desagradável encontro com Lucas - sou fã do futebol dele, o cara j**a muito.

- Eu ouvi na televisão que ele está machucado. Não me lembro muito bem mas acho que é isso.- Disse mamãe.

- Se for o caso bem feito para ele - dei de ombros - Que fique assim. Odeio aquele insuportável desagradável! Bom tenho que ir para não me atrasar!

Eu tinha 3 entrevistas marcadas pela manhã, saí de casa e seguiu para esperar o ônibus. Uma das coisas que eu prometi para mim mesma, se eu ficasse rica algum dia na minha vida eu iria comprar um carro e largar a vida de busão por que depender de transporte público puta que pariu, não é fácil. Tive que esperar uma hora pelo ônibus até que por fim ele veio.

Consegui sobreviver ao momento sardinha em lata e cheguei a entrevista.

O primeiro local era uma loja de roupas muito conhecida e cara, seria possível alguém comprar uma saia ou uma calça jeans três vezes mais caro que um salário minimo do Brasileiro?

Sim com certeza existe louco para tudo. Eu não compraria até porque eu não tenho dinheiro para isso e para uma peça de roupa dessa loja caber em mim eu teria que emagrecer muito. Seria necessário 1 ano de greve de fome e a roupa seria usada por mim no meu velório porque só assim para eu emagrecer, morta e isso, Jamais!

Segui para a sala de entrevista. Depois de muitas perguntas, logo meu primeiro não veio.

Calma Giovanna!

- Como assim? - Perguntei tentando decifrar a cara da gerente da loja - Isso é um absurdo!

- sim, me desculpe! - Ela me olhou da cabeça aos pés, minha vontade era de socar a cara de vaca dela - Você não se encaixa no perfil da loja!

- Ah entendi! - Pronto! Giovanna modo barraqueira ativado - Só por que eu não visto 38? Ai eu não me encaixo?

- É norma da loja querida! - Ela sorriu - Talvez se você fizer um regime e vo....

- Por isso que você tá velha e acabada! Porque vaca vive de capim! - sorri para a senhora debochando - Passar bem!

Saí da loja bufando, era só o que me faltava eu não podia trabalhar na loja porque eu não era uma tábua de passar roupas igual as outras meninas que estavam ali. Aí eu falo por isso que esse Brasil não vai pra frente.

Segui para as outras duas entrevistas, eu não ia jogar tudo para o alto porque a primeira nao deu certo. Se tem uma coisa que eu aprendi é que o alfabeto tem 26 letras se a primeira não deu certo continue tentando que uma hora vai dar certo.

Depois de receber um não nas outras 2 entrevistas, voltei para o ponto de ônibus para voltar para casa. Sim, eu recebi 3 nãos em entrevistas de emprego em um só dia. Mas mesmo assim eu não me deixei abater, permaneci confiante e acreditando que uma hora eu ia conseguir meu emprego e ajudar minha familia nessa fase complicada e também fazer minha faculdade.

Depois de esperar mais uma vez quase 1 hora pelo ônibus enfim ele chegou, dessa vez para minha sorte vazio.

Durante o trajeto uma senhora em meio aos seus 50 anos sentou ao meu lado. De início eu não gostei da ideia, tanto lugar para a senhora sentar ela tinha que parar justo ao meu lado? Será que ela ia me assaltar? Ou me sequestrar?

Pelo amor de deus Giovanna! É só uma senhora!

- Fique tranquila! Calma, tudo que é seu encontrará uma forma de chegar até você, em breve! - Ela sorriu para mim enquanto eu franzia a testa - Sua felicidade está próxima!

- Como senhora? - Balancei a cabeça tentando entender o que ela queria dizer. Imaginei que ela estivesse me confundindo com alguém ou até mesmo que ela fosse maluca.

- O homem da sua vida está a caminho e com ele sua felicidade. Fique calma! Tudo vai dar certo - Ela disse e se levantou apertando o botão para o ônibus parar.

Antes que eu desse conta a mulher já tinha descido. Precisei respirar fundo para absorver aquelas palavras. Eu não conhecia aquela senhora de lugar nenhum e de alguma forma parecia que ela tinha entrado no ônibus para me entregar aquelas palavras.

Mas como ela iria saber da minha vida? Como ela iria saber que minha vida estava de pernas para o ar? Será que estava tão visível assim? Mas eu também não podia levar em consideração o que ela tinha dito. Tratei logo de esquecer.

Mesmo que eu fizesse esforço para esquecer o que a senhora tinha dito, eu não conseguia. As palavras dela ecoavam na minha mente todo o resto do dia. E por mais que eu pensasse que ela era louca, tudo o que ela disse parecia verdadeiro, eu sentia isso ou queria sentir. Eu sentia que a minha vida estava prestes a me surpreender mais cedo ou mais tarde porém antes eu teria que passar por muita coisa.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo