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Capítulo 1 - Giovanna

Não sei quanto tempo estou aqui deitada olhando para o teto. Talvez tempo suficiente para descobrir que sou caso perdido e que minha vida não tem mais jeito.

Como se não bastasse ter perdido meu emprego mês passado, agora perdi também meu namorado. Tudo bem eu sei que eu não sou fácil e que meu temperamento me atrapalha as vezes, mas eu não consigo me controlar. Tudo mundo fala que se eu manter minha boca fechada vou lucrar bastante. Mas aí é que está o problema quem disse que eu consigo? É impossível!

Eu estava namorando com Antônio ia fazer 1 ano. A gente se conheceu quando eu trabalhei em uma loja de departamentos aqui mesmo no Rio de Janeiro, onde eu moro também. Mas para falar a verdade nunca levei muita fé nesse namoro.

Eu achei até estranho quando ele me ligou dizendo que a gente precisava se ver, ainda mais em um dia de semana até porque a gente só se encontrava nos finais de semana. Mesmo assim eu fui.

— Calma! Calma aí Giovanna... —Disse se esquivando dos meus t***s — Quer saber? Sim você é chifruda! Sim eu estou terminado! Você é muito barraqueira e nenhum homem vai te aguentar ok? — Ele sorriu debochando de mim. — Vai morrer sozinha! Solteirona!

—Vai se fuder Antônio! — Gritei enquanto todos me olhavam assustados. Atirei um copo de cerveja na cara dele —Idiota!

Eu não ia deixar barato!

Porém as palavras dele ficaram rodando na minha cabeça a semana inteira! "Vai morrer sozinha" ou "Solteirona" . Não vou dizer que não me abalou sim e muito, até porque nenhuma mulher quer ouvir essas palavras.

Só que eu também não ia ficar me enchendo de chocolate ou sorvete para esquecer meu maldito ex. Quem perdeu foi ele e não eu.

Como era sexta-feira, eu não ia ficar lamentando a desgraça que era minha vida profissional e amorosa, eu ia era arrumar um jeito de sair e me divertir. E nada melhor do que amigas para isso.

Em relação as minhas amizades eu não tinha o que reclamar. Juliana e Alícia estavam comigo em todos os momentos. Alícia vivia em outra cidade por causa da faculdade, Juliana me acompanhava nas baladas da vida.

—Parece até que você sente —Atendi o telefone — Que você sabe que estou pensando em você, e aí? Diz que vai me salvar! Diz que eu não vou ficar em casa hoje.

—Gatinha, eu ganhei — Ela deu um grito e eu afastei o telefone — 2 entradas para aquela boate foda na zona sul e aí? Topa?

— Mas é claro que topo!

— Passo para te buscar mais tarde — Pude sentir ela dando pulinhos do outro lado — Beijos até logo!

Depois de desligar o telefone, respirei fundo e fui procurar algo para vestir. diante do guarda- roupa, analisei todas as minhas opções e acabei optando por uma calça jeans, uma blusa amarela e um scarpain branco.

Eu até posso ser escandalosa no meu jeito mas nas minhas roupas eu sou mais digamos que discreta. Não é sempre que eu gostei de andar arrumada, Eu era bastante relaxada com minha aparência. Mas graças as minhas amigas eu mudei o jeito de me vestir e passei a me cuidar mais e confesso que essa mudança me fez muito bem!

Descansei a tarde toda para poder aguentar ficar em pé uma noite inteira na boate. Mais tarde tomei um banho. Quando já estava de noite comecei me arrumar. Coloquei meu look, fiz uma maquiagem e desci para esperar Juliana.

— Onde vai? — minha mãe me olhou assustada — Pensei que fosse ficar o dia todo no quarto chorando!

— Pelo Antônio mamãe? — me sentei no sofá — Além de não valer a pena a Ju me chamou para conhecer uma boate nova.

— Super apoiada! — Mamãe sorriu — Não vale a pena sofrer a toa. Vai conhecer pessoas novas filha!

Minha mãe e eu, nós sempre tivemos uma relação aberta, sempre conversamos sobre tudo. Eu nunca precisei esconder nada dela até porque seria em vão e de qualquer forma ela iria descobrir. Creio eu que seja intuição de mãe ou talvez eu seja uma péssima mentirosa.

Além de minha mãe, tenho um irmão, Fred, nossa relação também é ótima ou seja eu tenho uma familia linda e por eles eu faço tudo que estiver ao meu alcance.

— Vou indo!Amo você! — Me levantei e abracei mamãe depois de ouvir a buzina de Juliana — Beijos.

— Cuidado filha! Se divirta bastante! Manda um beijo para Ju

Entrei no carro de Juliana e seguimos para a boate. Eu não sei se era a vontade de extravasar ou se eu realmente estava com uma sensação boa que talvez algo de bom fosse acontecer comigo.

Fazia tempos que eu não me sentia assim, bem! Abri a janela do carro e fiz com que o ar que estivesse entrando limpasse meu rosto e levasse toda a energia negativa que eu tinha e me trouxesse somente coisas boas.

Pode parecer bobeira mas experimente fazer isso, deixar o ar fresco penetrar em você. É libertador.

Meia hora depois chegamos na boate, estava muito cheio porém as pulseiras de area vip que Juliana conseguiu impediu a gente de enfrentar a filha enorme.

— Onde conseguiu essas pulseiras? — Sorri, animada!

— Um amigo....— Ela sempre tão misteriosa — Vem, vamos entrar!

Dentro da boate estava ainda mais lotado. Várias pessoas bebendo e se divertindo ao som da batida da música eletrônica, outra coisa que eu considero ser libertadora.

—Vamos sentar ou quer ficar na pista? — Ju gritou em meio a música alta —Estou muito afim de beber. Vou buscar ok?

— Sim vai lá! Eu vou ficar aqui um pouco e depois a gente sobe! Quero muito dançar.

Enquanto Ju foi buscar algo para beber eu fiquei dançando um pouco. Sozinha mesmo. Depois ela se juntou a mim e curtimos várias músicas juntas.

Depois de um tempo e de nossos copos vazios decidimos ir para area vip,(que estava mais vazio) e ficar lá um pouco para beber.

Começamos a conversar e a beber, optei por cerveja se caso eu bebesse algo mais forte poderia ser fatal. Continuamos conversando quando para minha surpresa encontrei meu primo Bruno e o desagradável insuportável Lucas.

—Prima! Nossa que surpresa! —Ele me puxou para um abraço — Estou com saudades! Olá Juliana — Ele abraçou minha amiga também — Estão sozinhas?

— Olá Bruno! —Ela sorriu com os olhos brilhando. Ah Ju. Gamada.

— Estou bem primo! — sorri para Bruno e fingi não ter visto Lucas — Eu queria me divertir um pouco aí a Ju me chamou para sair! Quando chegou?

— Cheguei ontem no Brasil —ele sorriu — Lucas está de férias! E hoje ele queria sair um pouco!

— Esse é aquele jogador? Aquele Lucas Maurício? —Juliana olhou para Lucas com cara de retardada — Prazer, Juliana!

Ok, só eu que não fico assim por esse cara? ....

— Olá Juliana! — Ele abriu um largo sorriso — Prazer,Lucas Maurício! Em carne e osso! Como está?

— Bee..m..uau! — Ela sorriu — bem!

Nossa e que sorriso....Acorda Giovanna!

—Bom, primo vou voltar para a pista de dança! — Segurei a mão de Bruno —Aparece lá em casa! — Puxei Juliana — Até mais!

— Prazer em rever você também Giovanna... — Ouvi Lucas dizer enquanto eu me virava para voltar para pista.

— Vai a merda! — Pisquei para ele e forcei um sorriso. mil vezes idiota — Idiota!

Antes de ouvir a resposta dele eu já tinha descido as escadas para voltar para a pista de dança.

Se tinha uma pessoa que eu odiava com todas as minhas forças era Lucas Maurício. Eu nunca simpatizei com aquele idiota. Tive o desprazer de conhecer ele porque meu primo Bruno além de amigo é empresário dele. Sinceramente, não sei como ele aguenta, tem que ser muito amigo mesmo, ok ele não fez nada comigo para eu não gostar dele, só deu em cima de todas as minhas amigas toda vez que ia em uma festa da família.

Ele é um verdadeiro galinha.

Eu faço questão de não falar com ele, sim eu até concordo com as mulheres que ele é um gato, que tá mais para modelo do que para jogador de futebol porém se ele depender de mim para alimentar o ego dele, ele tá fudido. Até porque eu não sou dessas de babar quando ele passa.

Eu sei ele tem um sorriso lindo demais, ele tem os olhos azuis perfeitos, ele tem um corpo maravilhoso mas o mais importante ele não tinha, que era juízo. De qualquer forma eu odiava Lucas Maurício!

—Também te amo Giovanna! — ouvi Lucas gritar e mostrei o dedo do meio para ele.

Juliana e eu seguimos para a pista de dança. Eu queria mesmo era dançar até que meus pés ficassem cansados. Para mim a noite só estava começando e nada nem ninguém ia estragar minha vibe positiva. Deixei me levar pelo ritmo das músicas e me joguei com tudo na pista.

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