Quando fui para casa naquela noite, logo após jantar com Eduardo, estava me sentindo muito mais leve. Era como se um peso tivesse sido tirado das minhas costas, e agora minhas pernas tivessem mais força para me sustentar.
O apartamento continuava vazio quando entrei, sinal de que Juliana ainda não havia voltado do trabalho, então eu apenas tomei um longo banho e me preparei para dormir.
A chuva tinha dado uma pequena trégua, mas o céu ainda estava carregado, prometendo mais dias nublados e tempestuosos. Provavelmente a semana toda seria meio parada, sem movimento na loja.
Era quase meia noite quando
- Roupa nova? – Juliana comentou com malícia quando entrei. - Por que fez isso? – perguntei, ignorando a piadinha. - Isso o quê? – ela franziu a testa e se levantou do sofá. Meu coração ainda estava acelerado, as palmas das mãos um pouco suadas mesmo com o clima frio. - Eduardo. – respondi entre dentes. Juliana riu, desarmando a expressão preocupada de instantes antes, e preci
Quarta-feira era meu aniversário. Eu não estava nem um pouco animada, e o clima que permanecia chuvoso também não era muito colaborativo, então tudo que eu podia desejar – além das mensagens aminadas dos meus pais -, era chegar em casa e ficar completamente quente e confortável. Qual não foi a minha surpresa quando encontrei Juliana toda animada, com um bolo caprichado na mesa da cozinha. - Uau! – exclamei, sem acreditar. - Eu não poderia deixar essa data passar em bran
- Você gosta do seu trabalho? – Eduardo me perguntou enquanto estávamos sentados lado a lado no tapete macio da sala. Juliana tinha capotado no sofá há mais ou menos meia hora, deitada de lado, num sono pesado e profundo que não se alterara por nenhuma palavra que dissemos desde então. - Na verdade, não. – respondi, sorrindo – Foi o que eu consegui primeiro. - Você estava com pressa, não é? – ele comentou. - Sim, eu precisava recomeçar o quanto an
- Até que enfim te encontro em casa. – Juliana comentou quando entrei. Revirei os olhos, sorrindo para seu comentário exagerado. No último mês, Eduardo e eu havíamos nos aproximado ainda mais. Nos encontrávamos quase todos os dias, e algumas vezes eu dormia em sua casa, mas Juliana tinha horários tão loucos que ignorava as noites que eu passava sozinha no nosso apartamento. - Então... – ela me olhou com aqueles olhos brilhantes e curiosos – Vai me contar? - Contar
Sam - Sam, não! – Liz gritou, me puxando por um dos braços. Eu estava cego de irritação, lançando meu corpo para aquele imbecil que eu adoraria nunca mais ter encontrado em toda a minha vida, e que agora me olhava com um uma expressão irritada. - Me solta. – pedi para ela, com a voz mais gentil que pude manter. Me afastei rapidamente, louco para me colocar para fora daquele lugar. Eu sabia que era uma péssima ideia voltar para aquela cidade.&n
Passei as pernas ao redor de Eduardo, me sentando em seu colo, e continuei nossos beijos com ainda mais intensidade do que anteriormente. Ao fundo, o som do filme se perdia enquanto nos concentrávamos um no outro cada vez mais. Estávamos juntos a cerca de três meses. Grande parte desse tempo passamos nos beijando dessa forma, ávidos por mais, mas nunca indo adiante. Eu sabia que ele queria, uma parte de mim também queria, no entanto, sempre parávamos quando parecia que iria acontecer algo mais. Me afastei do seu corpo, com a respiração completamente alterada, e fui até a cozinha para beber um copo de água. Eu queria me acalmar, relaxar toda aquela tensão que est
Sam - Sam, o seu Sam? – escutei o dono da livraria dizer ao meu lado. Eu estava petrificado no lugar, encarando Sarah. Ela estava estonteante num vestido marcado na cintura, os cabelos soltos, maiores do que eu me lembrava, caindo pelos ombros e os olhos muito abertos. Eu era o seu Sam? Eles haviam conversado sobre mim? - O que está acontecendo? – Liz surgiu ao meu lado, alheia à atmosfera confusa que tinha se estabelecido. Assim que seus dedos tocaram m
Saí da livraria com as pernas completamente bambas e os olhos marejados. Não era possível que Sam estivesse justamente ali, naquele dia, bem ao lado de Eduardo. - Sarah? – Eduardo saiu atrás de mim, preocupado. - Desculpe. – pedi, começando a andar pela calçada. Eu precisava me afastar o máximo possível, mas Eduardo me seguiu. Eu não tinha condições de falar com ele naquele momento, explicar porque eu estava tão abalada. - Sarah. – sua m&atild