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Posso dizer que esqueci toda a raiva, todo o ódio, todo o medo, a amargura e a mágoa que eu sentia há mais de 24 horas, tudo isso quando os lábios daquele garoto tocaram os meus. Se bem que, tocar é uma maneira delicada de se dizer. Os lábios dele se sucumbiram no meu, com tanta voracidade e desejo que eu juro que fomos para a Lua, Júpiter, Vênus e o caralho a 4 e voltamos. As mãos macias dele exploravam meu rosto, alisando e o acariciando, enquanto eu deixava minhas mãos invadirem o peitoral dele, se enfiando por baixo de sua camiseta, arranhando e alisando com carinhos. Mais de uma vez paramos para recuperar o fôlego, para dois segundos depois o desespero vencer e voltarmos a entremear nossos lábios, fundir nossas bocas. Me perguntei por que quase dois meses atrás eu não achei aquela boca tão gostosa e tão perfeita.

— Porra, Will

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