Depois de me arrumar para ir até o abrigo onde Reina cuida dos animais, desci tomar meu café. Porém, graças ao meu estômago que revira cada vez que penso nas palavras de Trevor, não consegui comer absolutamente nada.Graças a Deus Edgar não está aqui agora. Seria péssimo começar o dia brigando. Prestes a ir para o abrigo, escuto passos se aproximando. — Filha, bom dia! Não te vi mais na festa ontem. Respiro fundo, tentando manter a calma. — Não me senti bem, então vim deitar. — Oh. -ele me olha, preocupado. — O que você tem? Ainda tentando manter a calma, mas falhando miseravelmente, eu o encaro. — Preocupado comigo? Ele franze a testa. — O que houve? — Engraçado. Você diz que se preocupa comigo, que só quer o meu bem, contratou todos esses guardas-costas só para me proteger, mas na primeira oportunidade, decidi me negociar como se eu fosse uma mercadoria. -desabafo. — Do que está falando? Para crédito do meu pai, ele realmente parece surpreso. — Trevor, pai. É sério? Voc
Volto para o carro e encontro Killian parado exatamente do mesmo jeito de quando entrei no abrigo. Abraçando minha bolsa, paro ao lado dele e coloco meu melhor sorriso.— Você não cansa de ficar assim... -aceno com a cabeça para ele. —Parecendo uma estátua? Ele não responde, mas não precisa. Por mais que tenha tentado arrancar palavras dele nas poucas semanas que o conheço, cheguei à conclusão amarga de que ele simplesmente não é do tipo falante. Pior, ele leva o jogo de tratamento silencioso para o próximo nível que faz você se sentir menos do que a sujeira em seus sapatos de grife.Para o registro, meu orgulho está ferido. Normalmente, sou capaz de fazer amizade com qualquer pessoa. Conto histórias espirituosas e sorrio e eles se apaixonam por mim, simples assim.A única exceção é essa parede de músculo de um metro e noventa.— Que seja. Vamos para casa, tenho uma festa para ir a noite. Ele olha para mim com aquela ponta de sua desaprovação habitual.— Que foi? Não gosta de fes
Assim que chego em casa, encontro papai sentado na sala conversando com uma mulher estranha.Paro assim que eles me veem.— Filha, já chegou. —ele diz, nervoso. Meus olhos vão para a mulher linda que está ao lado do meu pai. Seus cabelos cacheados e escuros, sua altura, seu corpo esbelto, a mulher parece ter saído de uma revista.E quando eu entrei eles pareciam muito próximos. Então um certo encomodo começa a roer por dentro.Claro que faz uma vida que mamãe se foi, e meu pai tem todo o direito de se relacionar de novo com alguém. Não posso ser aquela filha tóxica que não aceita ver o pai feliz.— Essa é a Daglene Ortis. Ela é... —meus olhos vão para os do meu pai.Merda. Ele está nervoso pra caramba.— Uma amiga. —ele conclui. Se ficou chateada pelo fato de ser apresentada como amiga do meu pai, Daglene não demonstrou.Talvez eles sejam apenas amigos mesmo. — Prazer, Cecily. — ela cumprimenta. Oferecendo um sorriso gentil. — Seu pai fala muito de você.Ela me olha por alguns segu
Depois de um silêncio insuportável, decido provocá-lo enquanto ele dirige. — Sabe... você deveria me avisar quando vem me ver dançar. Talvez eu possa colocar uma roupa mais apropriada. Já que na maioria das vezes, estou de camisola, ou com algum vestido curto. — Sorrio, provocando ele. — É algum fetiche seu? Me observar? Ele aperta o volante do carro, mas não responde. Ele sabia que eu estava tentando provocá-lo. Esfreguei a palma da mão contra a coxa, para cima e para baixo, tentando me distrair do calor que crescia entre minhas pernas.Meu Deus, o que estava acontecendo comigo? Rapidamente chegamos em frente a mansão. Assim que ele para o carro. Eu desço rapidamente.Pode ser a bebida, a raiva, ou uma pequena parte de mim que está sussurrando, choramingando e absolutamente resmungando sobre o que eu devo fazer. Está errado e você sabe disso. Você só vai colocá-lo em apuros e pode se arrepender. Mas não posso simplesmente ignorar a outra parte, aquela que anseia, vive de ar
Estou fumando um cigarro na frente do dormitório dos guardas-costas do Russel.Depois de deixar Cecily entrar na mansão, vim para cá e como sei que não conseguiria dormir, decidi me sentar aqui e fumar. — Você não dorme? — Um dos guardas se aproxima e pergunta. — Na verdade, não muito. — Noite difícil com a garota? Meus olhos vão para a mancha na minha calça. E imediatamente sinto o sangue bombear para meu pau. —Não, — falo assertivamente.— Hmm. há mais do que você está deixando transparecer.Ele solta. No entanto, eu o ignoro. Decidindo que preciso de um pouco de adrenalina, pego meu capacete e monto em minha moto. — Você vai sair a essas horas? — Pergunta o homem, surpreso. — A garota está dormindo, então é o único horário tranquilo que posso sair. O motor da minha moto acelera, e ignorando todo o resto, pego a estrada. Depois de alguns momentos de paz, vou a uma velocidade supersônica. É aqui que encontro calma. Onde tudo fica em segundo plano e só existe meu corpo fís
UMA SEMANA DEPOIS. Estsca jogada no chão do Studio de dança, sozinha com meus pensamentos. Meus pensamentos cancerígenos e condenatórios.Minha mente se enche de todos os tipos de pensamentos. A primeira é que preciso encontrar uma saída para o meu destino.Tudo bem, talvez essa não seja a primeira coisa, porque não consegui parar de pensar nas palavras de Killian de uma semana atrás. Tendências violentas.Gostos desviantes.Ainda posso sentir sua voz profunda contra meu ouvido e o arrepio furioso que me atingiu logo depois.A maneira como sua calça ficou molhada com a minha excitação. Por mais conteangedor que seja, não consigo evitar esses pensamentos. Odeio o quanto eles me consomem ultimamente, como estar dentro da minha própria cabeça é torturante e como me encontro lá com mais frequência do que nunca.Ainda assim, me forço a levantar de manhã, lavar o rosto, comer e ir para a escola.Me forço a estudar, a sair com a galera, e me conforto com a ideia de que estou viva.Se não
[KILLIAN WHITE]A tentação está meio nua, e está pingando, molhada.E eu estava com vários guardas-costas idiotas olhando para as duas sentadas em uma espreguiçadeira com um biquíni minúsculo.Eu estava praticamente pelo pescoço no trabalho, e ainda assim eu só conseguia me concentrar em uma coisa.Cecily Russel. O jeito que ela ficou ali, pingando água no concreto enquanto olhava para mim com aqueles olhos azuis e aquela expressão doce. Seu cabelo longo e molhado e um corpo que você veria em uma estrela pornô.Jesus. Por uma razão desconhecida, a ideia de ela andar assim pela casa com todos esses homens aqui cavou sob minha pele.Seu pai a deixava correr seminua enquanto os homens estavam na casa? E como seu guardas-costas, eu poderia dizer a ela para vestir algumas roupas?Eu nunca desejei que uma garota se vestisse, especialmente uma com uma bunda como a de Cecily. A frustração atingiu meu peito, porque eu sabia que quando as respostas irracionais passavam pela minha cabeça isso
Chegou finalmente o dia de ir até o clube. E estava com o coração a mil. Sentei-me novamente na cama, ponderando se deveria ir ou não.Isso não é apenas um encontro, onde você sai para comer algo e no fim acaba dando uns amassos. É muito mais complexo. É uma torção. É mostrar um lado meu que ninguém conhece. Na verdade, Killian conheceu esse meu lado. Porém, tento ignorar esse fato. Por algum tempo, fico apenas pensando em como eu faço para sair dessa casa sem que o babaca perceba, porque se ele me pegar, será meu fim. Existia um caminho, apenas um que me facilitaria uma fuga caso precisasse sair da Mansão. Era arriscado, mas poderia tentar.Parei em frente ao closet e avaliei qual roupa usar. — É esse! — Escolhi um lindo vestido vermelho, curto, com pedras, que se moldava perfeitamente ao meu corpo. Juntei tudo que precisaria. Meu vestido, saltos altos, uma pequena bolsinha com as joias que usaria e minha maquiagem.Olhei para o relógio dourado sobre a mesinha de estudos que m