Leandro, o braço direito de Marco, ao ver seu chefe ser importunado, imediatamente avançou para agarrar a mão de Jéssica e expulsá-la da festa. Mas ela foi mais rápida, e abraçou firmemente a cintura de Marco. Quando ele tentou afastar suas mãos, ela audaciosamente pulou nas costas dele, envolvendo seus braços ao redor do pescoço de Marco como um polvo!- Eu não me importo! Você tem que me ajudar!Os lábios vermelhos da garota tocaram o ouvido dele, roçando levemente a orelha.Marco, que normalmente não se aproximava de mulheres, ficou vermelho e tentou puxar a garota atrás dele,- Desça daí agora!Mas a garota de dezoito anos, apesar de não ser muito astuta, tinha uma coragem surpreendente.- Eu não vou!Sua voz teimosa, mas suave, soava até um pouco mimada.Leandro e os outros assistentes ficaram parados, sem saber o que fazer, achando a situação engraçada, mas não se atreveram a rir.Marco lançou um olhar irritado para Leandro.- Leandro, o que você está esperando? Tire ela daqui!O
À medida que o banquete se aproximava do fim, Jéssica ficava mais impaciente. Eram nove e cinquenta e cinco. Faltavam apenas cinco minutos para que a bomba microscópica, previamente escondida pela Organização Brilhante do lado de fora do salão, explodisse.Jéssica olhou para os sapatos de salto alto e fino em seus pés. Embora ela já tivesse praticado o uso de tais saltos mortais, a situação se tornava mais complicada se a bomba realmente explodisse. Era uma questão de vida ou morte. Ela confiava em suas habilidades, mas ainda precisava evitar ser ferida pela explosão."Será que a Organização Brilhante realmente quer sacrificar minha vida pela de Marco?"Nove e cinquenta e oito.O salão começou a esvaziar.Jéssica deu uma olhada rápida no salão e viu Marco conversando secretamente com seu assistente.Leandro sussurrou em seu ouvido:- Marco, alguém plantou explosivos do lado de fora do salão. Faltam um minuto e trinta segundos para a detonação.Marco, com um olhar profundo e penetrante
No hospital, Jéssica foi conduzida para o quarto, mesmo sem ter retomado sua consciência. - Marco, esta senhorita sofreu uma concussão cerebral. Não é uma grave, mas também não se trata de nenhum ferimento leve. A extensão exata do quadro dela só será conhecida quando ela despertar. - O médico encarregado do caso comunicou Marco, de maneira respeitosa, assim que saiu do quarto. - Entendi. - Marco assentiu levemente.- Marco, essa garota é intrigante, bem audaciosa. – Leandro comentou sorridente, lançando um olhar à jovem deitada na cama. "Ela subiu nas costas de Marco assim que chegou e até teve a audácia de ficar zangada com ele, realmente uma mulher rara,” ele pensava consigo mesmo. - E sobre a bomba, descobriram algo? – Marco perguntou com os lábios apertados, encarando a mulher no quarto, como um falcão. Ao mencionar um assunto sério, a expressão de Leandro mudou completamente.- Descobrimos. Parece que foi um espião da Organização Brilhante em Cidade H. – Ele disse. - Vasco,
- Parece que é isso mesmo, a tomografia computadorizada do cérebro também mostrou que ela sofreu algum trauma cerebral. Mas, dentre tantos pacientes que enfrentaram concussões e lesões na cabeça, nunca me deparei com alguém que se esqueceu até do próprio nome. – O médico reportou.Marco lançou um olhar para a mulher na cama de hospital, que se abraçava firmemente e olhava ao redor com desconfiança. - Há alguma chance de ela estar fingindo? – Os olhos de Marco se estreitaram, e ele perguntou diretamente ao médico.- Isso parece improvável, mas é bastante possível que a paciente esteja experienciando uma amnésia temporária, o que é comum após concussões cerebrais. - O médico, incerto, respondeu.- Amnésia temporária? Quando ela recuperará a memória? – Marco questionou prontamente.Pressionado pela presença de Marco, o médico hesitou antes de responder:- Isso é difícil dizer.Marco não continuou a conversa com o médico e, com passos largos, entrou no quarto do hospital, se sentando à fr
Após sair do quarto do hospital, Leandro lançou um olhar para a garota na cama e deu um sinal de aprovação com o polegar para Jéssica. "Essa menina tem coragem!"No corredor, ele hesitou antes de abordar Marco e perguntar:- Marco, você realmente vai levar essa garota para casa?Marco o encarou com frieza. - Você não estava ansioso para que eu a levasse? – Marco questionou.- Não! – Leandro respondeu envergonhado. ...Uma semana depois, chegou o dia da alta de Jéssica. Após os procedimentos de liberação, Leandro entrou no quarto para levá-los para casa. Os olhos úmidos de Jéssica buscaram por Marco repetidamente. - Pare de olhar, Marco não veio. Ele está ocupado com uma sessão importante no congresso e não teve tempo de vir buscá-la. – Leandro disse sorrindo.- Eu só estou preocupada que ele não cumpra sua promessa. - Jéssica arqueou uma sobrancelha.- Você realmente não conhece Marco. Se ele prometeu, ele cumprirá, a menos que descubra que você mentiu para ele. Se ele perceber que
Marco, com sua estatura alta e imponente, passou diante de Jéssica e sentou ao lado dela no sofá. Mesmo em silêncio, sua presença impunha uma grande pressão sobre Jéssica. Apesar de ser uma agente qualificada, Jéssica raramente enfrentava missões de campo ou situações de emergência. Desconsiderando sua posição na Organização Brilhante, ela era apenas uma jovem que havia acabado de atingir a maioridade. Passar no teste do polígrafo sem uma forte resistência psicológica era quase impossível.Cautelosamente, Jéssica deslizou a mão para trás, mantendo um olhar atento em Marco, sentado no sofá a uma curta distância. Havia um ponto cego em sua visão, uma oportunidade sutil que ela explorava com precisão. Com destreza, ela retirou uma agulha do bolso e a cravou no dedo, resistindo à dor que se infiltrava. Ela se concentrava a cada movimento na sala, ela não podia dar o luxo de franzir a testa, qualquer alteração em sua expressão seria captada pelo polígrafo, cujo coração acelerado estava pres
Na majestosa Mansão da Árvore, Jéssica, postada respeitosamente ao lado de Leandro, absorvia seus ensinamentos:- Srta. Uxía, pode explorar à vontade esta casa, mas jamais entre no escritório de Marco. Se você entrar lá sem permissão, Marco não vai hesitar em jogá-la no rio para servir de alimento aos peixes. Além disso, há inúmeras armadilhas ocultas em seu escritório. Um toque acidental e você poderá se ferir levemente ou até perder a vida.Com as mãos cruzadas atrás das costas, Jéssica assentiu com a cabeça. - Marco já me alertou sobre isso. E ele mencionou que não posso ficar aqui sem fazer nada. Qual será o meu trabalho e minhas responsabilidades? - Ela perguntou. - Marco ordenou que você acompanhe o mordomo, Coutinho, para podar as flores, cuidar das plantas e das árvores no jardim. Se Coutinho precisar de ajuda, você está incumbida de ajudá-lo. –Leandro explicou.- Então, meu trabalho é basicamente ser assistente do Coutinho? – Jéssica indagou com a voz suave. - É mais ou men
Depois de morar na Mansão da Árvore por quase meio mês, Jéssica finalmente entendeu todos os mecanismos da mansão. Os dispositivos, aparentemente simples, eram na verdade extremamente perigosos. Qualquer um que entrasse na mansão sem conhecê-la, mesmo que fosse um agente treinado, dificilmente conseguiria sobreviver.Jéssica estava particularmente curiosa sobre o escritório de Marco. Marco havia proibido sua entrada no escritório, e havia muitos olhos vigilantes na mansão, então ela não teve chance de entrar lá secretamente. Marco saíra na noite anterior para uma reunião, e, segundo Leandro, era um encontro internacional. Embora Marco não tivesse especificado o tipo de reunião, Jéssica suspeitava que fosse uma conferência internacional. Quase vinte horas se passaram desde a noite anterior até às onze da manhã, e Marco ainda não havia retornado.Jéssica pensou otimista: "Será que ele não vai voltar? Talvez tenha acontecido algum conflito entre o líder da Organização Radiante e o preside