Rita, com a dor da pancada em seu abdômen causada pelo chute de Ana, levantou-se do chão com cautela, olhando atentamente para o homem desconhecido à sua frente.Suas habilidades de atuação tão bem executadas agora há pouco, mas esse homem foi capaz de ver através dela.- Senhor, isso não tem nada a ver com você, é melhor não se envolver.O homem, com interesse evidente, olhou para ela com um sorriso irônico nos olhos e nos lábios:- Pode ficar tranquila, não sou seu inimigo. Não há necessidade de estar tão alerta comigo. Se eu realmente quisesse te confrontar, teria desmascarado você quando suas lágrimas foram provocadas pela pimenta em suas mãos.Sentindo-se um tanto constrangida por seu pequeno truque ter sido desmascarado tão facilmente por esse homem, Rita limpou a garganta levemente:- O que você quer dizer afinal?- Não tenho nada em particular para dizer, apenas quero fazer amizade com você.Rita o encarou com uma expressão divertida:- Você veio ao casamento de Ana, não só se
Rita acordou com as sacolejadas. Devido ao efeito do narcótico, ela estava meio tonta e não conseguia distinguir a realidade do sonho. Depois de ter dormido todo o caminho, quando finalmente acordou completamente, seu primeiro pensamento foi voltar para casa e celebrar o aniversário de Amanda.Ao se mover, ela percebeu que suas mãos e pés estavam amarrados com uma corda áspera. Ela olhou ansiosamente pela janela, mas a escuridão era tão densa que não conseguia ver nada. No entanto, seu instinto lhe dizia que estavam em uma estrada montanhosa, pois o carro balançava e sacudia de forma anormal.- Quem diabos é você? Por que me sequestrou?Depois de um longo período sem falar, quando finalmente abriu a boca, Rita percebeu que sua voz estava rouca, como se uma lâmina estivesse presa em sua garganta.O homem que dirigia à frente riu maliciosamente:- Mocinha, você se meteu com as pessoas erradas! Mas não se preocupe, o lugar para onde estou te levando, é cercado por montanhas e banhado por
- Vinte mil! Não dá pra pagá mais!A mãe de Chico estava negociando o preço com o traficante que sequestrou Rita. Era evidente que as duas partes não tinham chegado a um acordo.O traficante balançou a cabeça:- Senhora, essa garota vale só vinte mil? Pelo menos trinta mil, senão estou perdendo muito dinheiro vindo de tão longe!Chico olhou com ardor para Rita dentro da casa e ficou com medo do traficante se arrepender de não vender. Ele agarrou a mão de sua mãe impacientemente e sacudiu-a, dizendo:- Mãe, mãe! Cê vê como a moça é bonita demai da conta? Vamos pagá trinta mil! Se ela ficá comigo, vou tê a muié mais bonita e cobiçada de toda a vila!A mãe viu que Chico não tirava os olhos de Rita, e percebeu que ele realmente gostou dela. Ela mordeu os lábios e concordou em pagar os trinta mil para o traficante.Assim que o traficante pegou o dinheiro e saiu, Chico correu apressado para dentro da casa, agarrou o tornozelo delicado de Rita e a puxou para si em um abraço apertado. Rita, co
Na clínica da região montanhosa.Rita dormiu por mais de dez horas e acordou faminta.Ao abrir os olhos, a intensidade das paredes brancas ao seu redor machucou a sua visão.Confusa, ela olhou para o teto branco e, com a voz rouca e sonolenta, perguntou:- Onde estou?Será que ela estava no paraíso? Ela já tinha morrido tão rapidamente?Entre suas respirações, ela sentiu uma fragrância masculina familiar envolvendo-a. Com os olhos arregalados, ela olhou para baixo e viu um casaco preto masculino cobrindo seu corpo.Seu cérebro ainda não tinha processado completamente a situação quando uma voz masculina familiar e profunda soou calorosamente:- Esta é a clínica da região montanhosa. Você estava com uma febre alta, passou mais de quarenta e oito horas sem comer e desmaiou.O rosto bonito diante dela aumentou subitamente...Era Lucas?!Seu coração batia intensamente no peito, como se estivesse prestes a saltar para fora.Lucas não deu atenção à expressão chocada dela e a ajudou a se levan
- Quando você voltar para a cidade S, naturalmente você saberá. - Disse ele.Na noite de aniversário de Amanda, Lucas planejava mostrar a ela o relatório do teste de paternidade, mas agora que Rita ainda estava se recuperando do susto, se ele revelasse a verdade agora, talvez ela não consiga digerir os fatos.- Tão misterioso? - Rita curvou os lábios, se apoiou em seu peito e olhou para ele com um sorriso suave.Lucas olhou para a mulher em seus braços, seus olhos escuros cheios de compreensão. Ele deu uma olhada na escuridão lá fora, soltou o corpo de Rita e disse:- Descanse bem.Enquanto o homem se levantava para sair, a mãozinha na cama de hospital agarrou firmemente a manga de sua roupa.- Você poderia ficar? Eu... Estou com medo. – Murmurou Rita.Ela já havia testemunhado a segurança deste lugar. Depois de escapar de um "desastre de vida ou morte", ela estava com muito medo e não queria ficar sozinha neste pequeno quarto de hospital.Lucas olhou para a mão pequena que segurava fi
Rita, com o rosto corado pelo beijo e com os olhos brilhantes, o encarava fixamente:- Você... Você ouviu o que eu disse antes?O homem a encarou fixamente, com uma expressão inocente:- O que você disse?- Eu...Ela disse que gostava dele, será que ele ouviu?Agora, olhando para ele, ela perdeu toda a coragem para dizer aquelas palavras novamente. Sua confiança desapareceu e ela não mais se sentia como antes, murmurando:- Não é nada.Ela gostava um pouco dele, mas não era o suficiente para dizer "eu te amo". Dizer ou não, não parecia tão importante agora.Ela se encolheu e decidiu simplesmente ir dormir. Mas inesperadamente, uma voz masculina fria veio de trás dela, com um toque de malícia:- Se você gosta, então diga que gosta. O que há de demais para não querer admitir?A forma franca e desinibida como ele falou fez Rita desejar encontrar um buraco para se esconder. Ele claramente ouviu, mas estava fingindo dormir de propósito!Ela não era uma garota tímida, mas diante da franqueza
A dona da pousada segurava um pacotinho rosa intacto e ofereceu:- Cinco reais cada, querem?- Não, obrigado.- Não precisa!Desta vez, ambos responderam ao mesmo tempo.A dona da pousada guardou os preservativos de volta e os encarou com desprezo.- Ah, se não precisam, então não precisam. Por que estão gritando?Lucas olhou friamente para a dona e, segurando o cartão do quarto, levou Rita em direção ao quarto.Quando entraram no quarto, Rita percebeu o quão pequena era a cama mencionada pela dona. Era praticamente igual às camas da clínica nas áreas montanhosas! Apesar de ser um quarto para casais, a cama era tão pequena. A dona queria que os hóspedes abrissem dois quartos para lucrar mais! Rita olhou para Lucas e perguntou, em tom de teste:- Que tal eu abrir outro quarto?Antes que ela pudesse sair, a mão grande e firme do homem já estava segurando seu braço, puxando-a de volta ao dizer:- Não precisa.- Então, onde você vai dormir esta noite?Lucas a encarou com olhos penetrantes
Rita, instintivamente, pensou que Lucas estava se referindo ao seu passado como barriga de aluguel há três anos, e naturalmente interpretou isso como ele insinuando que ela já não era mais pura, então por que fingir ser inocente!No peito, como se fosse rapidamente picado por agulhas finas, surgiu uma dor silenciosa e invisível!Ela pegou a camisa de volta, virou-se de costas e, enquanto vestia a camisa, disse com voz fria:- Presidente Souza tem dinheiro e poder, por que precisaria de alguém como eu, que já teve filhos para outra pessoa?Em sua entonação, havia um forte cheiro de pólvora. Lucas puxou o corpo dela para si e a pressionou contra o espelho do banheiro, segurando seu queixo com uma expressão extremamente maliciosa em seus olhos e tom de voz:- Normalmente, não me importaria, mas você provocou isso em um lugar tão remoto e desolado...No segundo anterior, Rita estava cheia de raiva, mas quando esse homem dominante a atacou, ela imediatamente se tornou tímida, encolhendo o p