Lucas abaixou a cabeça e pressionou os lábios dela com um beijo suave, murmurando: - Eu também gosto de momentos sem preocupações. Uma mulher comum certamente ficaria radiante ao ouvir essas palavras, mas Rita, agora grávida, estava especialmente incomodada.Seus olhos brilhantes encontraram os dele: - E quando eu me tornar uma mulher mais velha no futuro, meu corpo estiver fora de forma e eu estiver sem ocupação, e precisar constantemente verificar a sua situação, você ainda terá paciência comigo? Na verdade, ela queria perguntar se ele ainda a amaria.No entanto, ela pensou que, naquela época, eles já seriam um casal de velhos, e falar sobre amor, ou não, era um exagero. Ter paciência um com o outro já seria uma grande tolerância.- Quando chegar a esse ponto, eu também serei um velho. A maneira de Lucas de consolar era única. Ele não usava palavras doces para lhe acariciar o ego, nem prometia que ela nunca envelheceria. Ele apenas lhe dizia que ele também envelheceria, que ele
Na manhã seguinte, quando Lucas acordou, Rita ainda estava dormindo, deitada em seus braços despreocupadamente.Lucas não resistiu e beijou suavemente a testa dela, retirando gentilmente o braço de trás dela. Ele se levantou da cama e olhou para o lanche na mesa ao lado.Assim que Lucas saiu do quarto, ele viu Nancy perambulando pelo corredor do segundo andar, com uma expressão distante.- Bom dia, Lucas. - Bom dia, cunhada. Nancy olhou involuntariamente para o quarto atrás dele e perguntou: - Rita... Ela ainda não acordou? - Ela comeu o lanche da noite passada e está dormindo profundamente, ainda não acordou. - É mesmo? Nancy passou à noite acordada, esperando por algum sinal daquele lado. No entanto, chegou a madrugada e não houve nenhum sinal de atividade.A pessoa que lhe deu o medicamento para aborto disse que o medicamento era forte, mesmo para placentas que estavam estáveis após sete ou oito meses de gravidez. Esse medicamento era suficiente para causar um aborto.A barrig
Amélia puxou Tiago com expressão ansiosa para fora do quarto.- Por que você quebrou a mão dele? E se ele realmente te processar? Você vai ter problemas de verdade! Tiago olhou calmamente para a pequena mulher à sua frente e respondeu com tranquilidade: - Não há câmeras no quarto, e além disso, eu não disse que não vou ajudá-lo a consertar a mão. Amélia ficou completamente confusa.Ela abraçou a cabeça com as duas mãos, como formigas em uma panela quente.- E agora? Se esse Ítalo for reclamar com o vice-diretor, e se o vice-diretor nos demitir? O que faremos? Tiago calmamente tirou as luvas descartáveis, as jogou na lixeira e segurou a mão dela, dizendo: - Então, deixe pra lá, eu te sustento em casa. Amélia olhou para cima, olhando perplexa para ele, piscou os olhos, levantou-se nos dedos dos pés e estendeu uma mão para tocar a testa dele.- Você não está falando besteira, está? Tiago afastou a mão dela, tranquilizando suas emoções nervosas: - Não se preocupe, Ítalo não ousará
O vice-diretor saiu do seu escritório e, depois de ver Tiago e Amélia na entrada, falou com um sorriso apressado:- Dra. Amélia, perdão pelas ofensas de meu sobrinho. Espero que não esteja chateada, pois vou dar uma lição nele mais tarde. Esse moleque realmente merece uns tapas!Amélia arregalou os olhos, incrédula. "O vice-diretor não está nos causando problemas, ele até se desculpou comigo!"Tiago, segurando a mão de Amélia, respondeu tranquilamente:- Vamos.Amélia, sem esquecer suas maneiras, fez uma reverência ao vice-diretor:- Então, diretor, estamos de saída!- Claro, podem ir.No caminho de volta para o escritório, Amélia, curiosa, perguntou:- Como você conseguiu convencer o vice-diretor? Ele está até nos ajudando!Tiago analisou a situação:- Ítalo é o errado desde o começo. Se fizéssemos um escândalo, ele também não se daria bem. O vice-diretor quer evitar problemas e naturalmente prefere amenizar a situação.- Ah, faz sentido. Mas aquele Ítalo é insuportável! Eu realmente
Naquele momento, no hospital. Tiago havia acabado de trocar de roupa e estava saindo do trabalho. Assim que saiu do escritório, avistou Amélia agachada num canto, segurando a cabeça com as mãos e com a mochila às costas, esperando por ele.- Vamos embora.Amélia se levantou com um olhar um tanto hesitante.Tiago franziu levemente a testa ao vê-la parada.- O que foi?- Eu realmente preciso dormir na sua casa esta noite?Enquanto ela esperava por ele ali, repensou a situação e achou que não era apropriado. Mesmo que já tivessem oficializado o relacionamento, não haviam dado esse passo. Além disso, ela não queria dar a impressão a Tiago de que era uma garota “fácil".Tiago olhou para ela, seus olhos exalando uma suavidade cativante.- Amanhã é sábado, e eu não quero ficar sozinho em casa. Além do mais, vou ter que ir te buscar se você voltar para a sua casa.- Eu posso pegar o metrô para a sua casa amanhã de manhã.Tiago pegou a alça da mochila dela de forma rude e começou a andar.- De
Após o jantar, Tiago levou Amélia ao supermercado. - Para que estamos indo ao supermercado? Você ainda está com fome? Vamos cozinhar quando chegarmos em casa? - Ela perguntou, curiosa.- Não temos café da manhã para amanhã. Além disso provavelmente só sairemos à tarde, então talvez precisemos cozinhar o almoço.Amélia elogiou:- Você tem uma rotina tão regular. Se fosse eu, com certeza pediria comida. Não me daria ao trabalho de cozinhar.Tiago respondeu de forma séria:- Delivery não é saudável. Você deveria parar com isso.Enquanto Amélia apertava o cinto de segurança, ela murmurou:- Mas é conveniente. Minha colega de quarto geralmente não está em casa nos fins de semana. Se eu cozinhasse sozinha, não terminaria tudo e ainda teria que lavar as panelas. É um incômodo.- Venha passar os fins de semana comigo então.Amélia concordou sem pensar muito.- Certo, nos fins de semana, mesmo que você não me convide, eu virei aqui para comer de graça.O humor de Tiago melhorou ainda mais. El
Numa manhã clara, na Mansão dos Souza.Feita sua rotina matinal, Rita desceu as escadas com a intenção de provocar Lucas, mas se surpreendeu ao encontrar Nancy já arrumando suas malas.- Posso ajudar? - Ofereceu Rita, aproximando-se.Mas antes que suas mãos tocassem as malas, Nancy a empurrou para longe.- Não preciso da sua falsa generosidade!Rita franziu a testa. Sabia que Nancy nunca gostara dela, mas não esperava essa hostilidade tão cedo pela manhã.- Se não quer minha ajuda, é só dizer. Não precisa gritar comigo.Se não estivesse bem apoiada, Rita teria batido contra a mesa com a força do empurrão. Mas quem ela realmente se preocupava nem era consigo mesma, mas sim a criança que carregava em seu ventre.Nancy, com a cara fechada, a confrontou:- Se você não tivesse falado mal de mim para o Lucas, você acha que eu estaria indo embora? Pare de se fingir na minha frente! Sabe o que eu mais detesto em você? Você é uma dissimulada! Quer roubar meu homem e age como se fosse uma santa!
Tiago segurava Amélia, enrolada no cobertor, e gritou para a mulher que estava parada ali:- Sai daqui!Xuxa fez um som de desdém e com um sorriso zombeteiro e olhar de desprezo, se virou para a garota na cama e disse:- Vou esperar por você no café da manhã; trouxe algo para comermos.Dito isso, Xuxa, com os braços cruzados como se fosse a dona da casa, foi para a sala de estar com uma tranquilidade forçada.A expressão de Tiago era sombria e sua voz, gelada:- Feche a porta!Xuxa voltou e lançou a ele um olhar igualmente frio antes de bater à porta.Depois que Xuxa saiu, Tiago finalmente pôde respirar e perguntou à pessoa em seus braços:- Ela fez alguma coisa com você?Amélia estava visivelmente assustada. "Que garota não ficaria assustada se, após um momento íntimo com o namorado, fosse subitamente exposta por outra mulher?" Foi uma surpresa como um raio em céu claro.O rosto de Amélia alternava entre o vermelho e o pálido, seus sentimentos de vergonha, raiva e medo misturados em u