Lucas ficou atordoado.Ele abraçou forte o corpo frágil e magro de Rita.- Daqui a pouco não vai doer mais, eu vou te tirar daqui.Os olhos de Lucas estavam cheios de veias vermelhas, seu olhar era agudo e feroz.Rita continuava sangrando.Lucas não a carregava nas costas, em vez disso, ele a abraçava apertado contra seu peito, protegendo a pequena Rita com todo o seu corpo, assim impedindo que as chamas a tocassem.Rita se sentia segura como nunca antes se sentiu.Em seu peito, ela levantou o rosto pálido com esforço e disse:- Lucas, o fogo está muito forte, não vamos conseguir fugir se você me carregar. Estou feliz que você veio me salvar, mas não quero que morra aqui comigo, vá...- Rita, que besteira você está falando! - Lucas gritou com ela.Rita enterrou o rosto em seu peito novamente, abraçou-o ainda mais forte e parou de falar.O fogo consumia tudo Até que derepente, uma viga de madeira em chamas despencou do teto acima deles!Lucas protegeu Rita em seus braços......Rita fic
Os olhos de Rita ainda estavam fixos em Lucas.- Ficou louca?Lucas a colocou na cama com as pernas dela penduradas na beirada. Pegou um lenço de papel e limpou seus delicados e brancos pezinhos. Eles estavam um pouco sujos.Rita, de repente, estendeu sua a mão e apertou o rosto dele. Lucas nem sequer franzia a testa, nem olhava para ela, já estava acostumado com essas pequenas ações de sua esposa. Sempre que Rita estava incerta, ela gostava de beliscar o rosto dele. Isso não era a primeira vez que acontecia.Rita sentiu a pele de Lucas, seu coração, que estava vazio, de repente, se encheu por complete. Ela caiu sobre ele, abraçando seu pescoço com força. Os soluços reprimidos de Rita voltaram a ficar fora de controle.- Eu pensei que você tinha morrido no incêndio tentando me salvar. Lucas, eu estava muito assustada...Lucas a abraçou com força, acariciando suas costas com sua mão e suspirou suavemente.- Eu disse, não morreria antes de você.As lágrimas de Rita jorraram de seus olhos
Clara, assustada, escondia-se no quarto, arrumando suas coisas apressadamente. Inês entrou na sala a passos largos.- Clarinha, já arrumou tudo? Pegue esse bilhete agora e vá embora!Os olhos de Clara estavam vermelhos e replete de medo e injustiça.- Mãe, eu não quero ir...- Agora que chegamos a este ponto, mesmo que você não queira ir, você vai. Tenho medo que Lucas já tenha chamado a polícia, eles virão para interrogar você em breve. Você deve ir embora e voltar quando tudo estiver mais calmo.Inês tentou levar Clara embora, mas José, apoiado em sua bengala, bloqueou a saída.- O que vocês estão planejando?Inês primeiro sentiu-se culpada, mas logo depois riu friamente e se armou de coragem.- Então, você quer mandar sua própria filha para a prisão? José, durante toda essa vida, cuidei desta família com todo o meu coração e força. Nunca te devi nada. Você é o único que sempre deveu, a mim e a Clarinha. O que você quer agora, colocar sua sob a lei, só para proteger Rita?José apert
Quando Inês percebeu que não poderia mais evitar a situação, ela franziu os lábios e disse:- Minha filha não sabe nada sobre isso, mas eu sei.- Mamãe...Clara segurou Inês.Inês se virou, até sorriu e acariciou a cabeça dela, dizendo:- A mamãe vai voltar para casa em breve, não se preocupe comigo, está bem?- Mas mamãe...- Inês... – Joé hesitouJosé queria dizer algo, mas Inês apenas lançou-lhe um olhar frio antes de sair para for a de casa, e entrar no camburão dos oficiais.José jamais esperava que Inês assumiria todos os crimes por Clarinha.Depois que o carro da polícia partiu, Clara, furiosamente, chutou a mala que estava segurando ao lado, olhando com ódio para José. - Eu te odeio!...No hospital, Rita conseguiu ficar no mesmo quarto que Lucas, como desejava.Lucas, por ter sofrido queimaduras graves nas costas, precisava dormir de bruços.Rita se apoiou ao lado dele, olhando todas as queimaduras negras e carnosas em suas costas, por curiosidade, seu dedo parou a alguns cen
Dentro da delegacia.- Policial, vim ver minha mãe.O policial franziu levemente a testa e lançou um olhar dúvidoso para Ana.- Sua mãe?Ana assentiu, dizendo:- Beatriz.Ao ouvir o nome de Beatriz, as sobrancelhas do policial se contraíram ainda mais.- Todas as evidências estão aqui, mas sua mãe ainda não confessou. Você deveria entrar e ter uma boa conversa com ela.Ana apertou a palma de sua mão, sentindo uma onda de ressentimento em seu coração. Por for a, ela mostrou um sorriso natural para as pessoas da delegacia.- Ok, obrigada.Quando entrou na sala de interrogatório, Beatriz estava algemada com as mãos sobre a mesa. Ana imediatamente se atirou nela.- Mãe!- Ana!- Vocês duas, mãe e filha, devem ter uma seriamente! – disse o policial.Quando ele saiu, a porta da sala de interrogatório se fechou.Ana sentou-se em frente a Beatriz, que logo segurou a mão de sua filha.- Ana, você tem que encontrar uma maneira de tirar sua mãe daqui!- Não se preocupe, já falei com o tio Ricardo
Após a falsa súplica ,Ana, em vez de receber o perdão de Rita, foi ridicularizada por Lucas.Quando Lucas voltou vestindo seu uniforme de paciente, Rita o olhou curiosa:- O que você disse para ela ai fora? Parece que ela saiu bastante envergonhada e irritada.Lucas franziu a sobrancelha, caminhou até perto de Rita e disse:- Não foram palavras agradáveis.Rita ficou ainda mais curiosa.- Que tipo de palavras?Lucas era um homem que, mesmo vestido como um paciente, tinha uma postura majestosa. Rita não conseguia imaginar como ele repreendia alguém. Lucas parecia ser frio, orgulhoso, calmo, mas também, um cavalheiro. Mesmo que esse cavalheirismo fosse tingido com uma indiferença e um distanciamento, talvez, ao se aproximar de um homem assim, ele não lhe daria um olhar gentil ou palavras doces. Você nunca poderia imaginar que ele pudesse insultar alguém de forma rispida.Lucas, honestamente não tinha intenção de contar a Rita o que tinha dito a Ana, muito porque ele não queria que ela so
É claro que Lucas não é tão selvage assim, ele estava apenas brincando.Rita acabou de sofrer um aborto, como ele poderia ter coragem fazer amor nesse momento delicado?Além disso, Lucas é um homem controado em sua emoções mais carnais. Pensando nisso, ele não pôde deixar de rir.Rita olhou para ele com o rosto corado.- Por que está rindo?- Nada.Afinal, seu corpo reagiu fortemente a Rita, pronto para explodir a qualquer momento.Lucas puxou o cobertor sobre ela. Rita balançou os cabelos que caíam sobre sua testa e bochechas.- Estou com calor.Ela tentou retirar o cobertor grosso que estava por cima com seus finos braços, mas Lucas não permitiu, disse de forma autoritária:- É melhor estar quente do que frio.Principalmente para o corpo dela, que acabou de sofrer um aborto, era melhor estar um pouco quente do que frio.- Mas eu não estou com frio.- Obedeça, por favor....Então, Rita se aninhou no colo de Lucas, e mesmo suando um pouco, ficou coberta ali junto a ele.De vez em quan
Amélia aproveitou o tempo de visita aos pacientes e deu uma passada no quarto número 13.Ela não bateu à porta, entrou direto, e acabou testemunhando uma cena de amor.Lucas estava beijando Rita...Um beijo ardente.Ela ficou paralisada por um momento, sem saber qual expressão ou reação deveria fazer, quando um braço a puxou rapidamente para fora do quarto.A porta do quarto se fechou silenciosamente mais uma vez.Tiago franziu as sobrancelhas, olhando para ela e disse:- Você deve bater na porta antes de entrar em um quarto. Eu não te ensinei isso?..."Há tantos pacientes indo e voltando no hospital, que se tiver que bater em cada porta, isso será uma perda de tempo!"Tiago parou na frente dela, examinando-a com um olhar frio, claramente com o intuit de querer ensinar-lhe uma lição.Amélia lembrou-se da cena que acabara de presenciar, e seu rosto ficou cada vez mais vermelho.Na verdade, ela nunca havia dado beijo tão fervoroso como aquele.Embora tenha namorado Eurico por três anos,