Depois que Amanda foi dormir, Rita voltou sozinha para o quarto. Ao entrar, uma chamada de vídeo de Lucas apareceu em seu celular. Correndo para a cama, Rita atendeu prontamente.Assim que viu sua esposa atendeu, a primeira coisa que Lucas perguntou foi:- Recebeu visitas em casa hoje?Rita não pôde evitar um sorriso enquanto respondia:- Sr. Lucas, da próxima vez que quiser me fazer uma surpresa dessas, você poderia me avisar com antecedência? Minha mãe e meu irmão vieram, até a Fernanda apareceu. Amanda até chamou Fernanda de madrinha, correu com seu pequeno travesseiro para dormir com ela.- Se eu te avisasse antes, não seria uma surpresa, né?Rita lançou um olhar casual para a janela ao fundo de Lucas; estava claro lá fora. Ela perguntou:- Que horas são aí?- Oito e pouco da manhã.Observando que ele ainda estava de pijama, Rita sugeriu:- Por que você não vai tomar café da manhã e começa o seu dia de trabalho?Lucas consultou o relógio, indiferente:- Não tenho pressa. Posso fala
Jerônimo dirigiu como um louco para levar Rita ao hospital. Eugênia e Fernanda seguraravam as mãos de Rita enquanto corriam atrás da maca. O rosto de Rita estava pálido e vermelho de dor, coberto de suor.- Dói tanto! Não quero mais ter este bebê!Eugênia olhava com o coração apertado, mas não havia volta, o bebê teria que nascer.- Aguente só mais um pouco! Vai passar rapidinho!Rita soltou um choro doloroso, as lágrimas se misturando ao suor que escorria pelo seu rosto.- Mãe, onde está o Lucas? Já falaram com ele? Dói muito! Não quero mais!Fernanda se apressou em responder:- Já ligamos, ele acabou de desembarcar e está a caminho do hospital. Rita, só mais um pouco, ele vai chegar logo!Uma dor intensa pulsava na barriga de Rita, que, com os dentes cerrados, declarou:- Se ele não chegar, eu não vou dar à luz!- Lucas está a caminho! Só aguenta um pouco mais! Vou ligar para ele de novo!Rita continuava a chorar e gritar, a intensa dor lhe tirando toda a razão:- Lucas maldito! Porq
Em uma pequena lanchonete à beira da estrada, Fernanda e Amanda pediram um café da manhã variado. Tofu, quibe, bolinhos... a visão da comida despertava o apetite das duas.Amanda não estava acostumada com aqueles pratos e apontou para o tofu.- Madrinha, a mamãe também adora isso. Eu nunca provei!Da última vez, Rita tinha comido todo o tofu antes que Amanda pudesse experimentar. Fernanda pegou um pedaço com a colher e ofereceu à menina.- Então prove.Amanda abriu a boca e aceitou a oferta. Fernanda perguntou, sorrindo:- É bom?A pequena fechou os olhos e assentiu:- Muito bom!Enquanto comiam, um homem alto e arrumado entrou na lanchonete. Amanda, que estava saboreando o tofu, viu Jerônimo entrar e chamou alegremente:- Tio!Fernanda hesitou por um momento e também olhou para ele.- O que você está fazendo aqui?- Lucas já chegou, ele está no centro cirúrgico com Rita. Eu estava preocupado com você e Amanda.Fernanda riu levemente.- Você está preocupado que eu saísse e deixasse a A
Rita tocou na mordida na parte de trás da mão de Lucas, franzindo ligeiramente a testa. Era uma mordida que ela tinha dado involuntariamente durante seu parto, e não imaginava que a ferida fosse tão profunda.Tocando no ferimento, ela perguntou com preocupação:- Está doendo muito? Quer passar algum remédio e fazer um curativo?A ferida mostrava duas fileiras de marcas de dentes, com diversos pequenos buracos de sangue. A mordida parecia quase como se tivesse sido feita por um cachorro. Mesmo depois de cicatrizar, provavelmente deixaria marcas sutis na mão dele.Lucas cobriu os olhos dela com sua mão.- Vá dormir. Se quiser comer algo, pedirei para Leila preparar e trazer.Rita afastou sua mão e disse:- Acabei de acordar e não estou com sono. Venha aqui, quero olhar seu rosto.Ela se lembrou de que, durante o parto, o tinha esmurrado no lado esquerdo do rosto por causa de algumas palavras irritantes que ele proferiu. E não tinha sido leve.Rita tocou seu rosto esquerdo, ainda um pouco
Antes do retorno às aulas, Amanda estava no quarto do bebê, brincando com seu irmãozinho. Quando Rita subiu para ver as crianças, encontrou Amanda balançando suavemente o berço, enquanto a babá, sentada a uma distância, observava sorridente a cena entre irmãos.Amanda orgulhosamente declarou:- Mamãe, o neném dormiu. Fui eu quem conseguiu fazer ele pegar no sono!Rita acariciou a cabecinha do pequeno e olhou para Amanda com carinho:- Parece que não precisarei mais me preocupar, nossa Amanda sabe cuidar muito bem do irmão.A babá também concordou:- É verdade, Sra. Souza. Com Amanda em casa, eu tive muito menos trabalho. Essa menina é realmente responsável.- Sim, nossa Amanda é muito sensata.Rita se agachou e deu um beijo em Amanda. A menina notou um envelope na mão dela e perguntou:- O que é isso?- É uma notificação. Meu desenho de vestido de noiva foi selecionado para um grande concurso. Mas não sei quem enviou minha inscrição.Amanda murmurou:- Será que foi papai?- Acho que si
Estavam justamente discutindo se ela estava ou não acima do peso quando alguém bateu à porta do escritório.- Sr. Lucas, Sra. Souza, o jantar está servido. George pediu para vocês descerem.- Estamos indo.Lucas lançou um olhar para Rita e disse:- Eu até esperaria você emagrecer para celebrarmos o casamento, mas você teria que convencer George.O homem mal podia esperar para que o casamento ocorresse, silenciando os tagarelas de fora. Na comemoração do primeiro mês de vida do neto, George e Eugênia se deram muito bem, e ambas as famílias estavam ansiosas para o casamento.Rita também não era contra a ideia de se casar. No entanto, ela acabara de se recuperar e tanto seu corpo como seu estado emocional não estavam em seu melhor. Cada mulher tem seu quinhão de vaidade, e muitas fazem um esforço extra para emagrecer antes do casamento só para vestir o vestido de noiva mais justo, para que sejam vistas como belas, magras e felizes na igreja.Quando se sentaram para jantar, George retomou
À noite, Lucas arrastou Rita para uma corrida de dois quilômetros. Quando voltaram, ela estava suada da cabeça aos pés. Ela tomou um banho e se sentou diante do cavalete, mas sua mente estava vazia. Ao sair do banheiro, Lucas encontrou sua mulher de cabelos molhados sentada em frente ao cavalete, com a janela aberta e um vento frio entrando. Ele pegou um secador de cabelo e foi até ela, parando atrás de seu assento.- Você acabou de se recuperar e já está tomando banho sem secar o cabelo? Não teme que vá ter dores de cabeça no futuro?Ouvindo suas reclamações, Rita não pôde evitar um sorriso.- Você está começando a soar como a Leila.Lucas ligou o secador, testou a temperatura com a mão e começou a secar o cabelo dela. Algumas semanas atrás, Rita tinha cortado o cabelo bem curto, mas agora ele já estava longo de novo, atingindo o comprimento dos ombros.Ele lançou um olhar ao papel em branco sobre o cavalete dela e perguntou casualmente:- Ainda não pensou em um novo projeto?- Antes
O Porsche 918 estacionou na frente da Mansão Souza. Rita, abraçada com amostras de seu vestido de noiva, se preparou para sair do carro.- Obrigada por me trazer de volta. Você gostaria de entrar e tomar um chá?André respondeu com um sorriso contido.- Melhor não, não quero ver toda a sua família feliz e unida.Rita sentiu um leve desconforto.- Então, tome cuidado no caminho de volta.Justo quando ela ia abrir a porta para sair, ouviu André dizer:- Talvez você não tenha sentimentos por mim apenas porque acho que errei na abordagem. Rita, eu poderia apontar dez ou até cem defeitos do meu tio, mas em seus olhos, tudo nele é perfeito. Esse é o diferencial entre amor e falta dele.Rita olhou para baixo, sem negar:- Talvez você esteja certo. O amor é algo muito irracional, não segue nenhuma ordem.André sorriu, como se tivesse entendido algo.- Talvez seja o destino. Você foi destinada ao meu tio, não a mim.Rita também sorriu, não adicionando mais nada, e saiu do carro, abraçada ao seu