POV EROSA data do casamento já estava marcada. Seria dentro de um mês. Mas, mesmo assim, eu estava muito irritado e confuso.Eu não podia estar errado. Celeste e Ruiva eram a mesma pessoa. Mas como ela não se lembrava de mim? Sofria de amnésia ou de síndrome pós-concussão? Ou tinha uma irmã gêmea?Isso é impossível! Minha mente não descansará até descobrir a verdade, e tem que ser agora. Vamos ver...Encontrei Celeste no pátio, sentada em um sofá e conversando com minha prima Cassandra, que estava em uma poltrona à sua frente. Imediatamente, me aproximei delas.— Você está pronta para ir para casa, Ruiva?O rosto de Celeste virou-se imediatamente para mim. Seus olhos me olharam friamente.— Ah... claro, em um minuto.— Ai, que fofo, você a chama de Ruiva — disse Cassandra. — Eu costumava chamar meu primeiro namorado de bombom e ele me chamava de lábios de açúcar... muito engraçado porque meu segundo namorado me chamava de cachorrinha... Eu odiava isso, então terminei com ele depois d
POV CELESTE— Ai! — exclamei quando esbarrei em alguém e senti o líquido frio escorrer do meu peito até as minhas coxas. Olhei para o meu vestido e de repente fiquei boquiaberta de horror ao ver a mancha de vinho tinto nele.— Foi culpa sua. Você que trombou comigo — ouvi uma voz feminina, seguida de uma risada estridente e suave.Levantei o olhar e vi Victoria Davenport, que me sorria com um sorriso que nem sequer chegava aos olhos.— Desculpe, não vi você — me desculpei educadamente e voltei a olhar para a mancha no meu vestido. Fiquei muito consternada, pois era um vestido de grife muito caro. E se a mancha não sair?— Você merecia muito mais que isso. Sua vadia. Fingindo ser estudiosa e planejando seduzir Eros. HA! Bom truque — disse Victoria com uma voz suave e melodiosa, mas com um sorriso sarcástico no rosto. — Talvez você se sinta como a Cinderela com essa sua transformação não tão impressionante e se casando com um jovem bilionário, mas continua sendo o mesmo ratinho entedian
POV CELESTE—Vou deixá-los a sós. — disse Lillian antes de sair.Theodore e eu continuamos nos encarando. Eu não conseguia desviar o olhar dele. Seus olhos cativantes me mantinham presa no lugar. Ele me observava atentamente.Ainda era o mesmo depois de quatro anos, um homem muito bonito, com cabelos dourados e olhos ternos e sonhadores. O homem que eu admirava e venerava como um herói. Mas agora parecia mais confiante, mais sábio e muito respeitável.Ele estendeu a mão, e eu, impulsivamente, coloquei a minha sobre a dele. Então, num instante, ele me puxou para o círculo de seus braços.Fiquei sem fôlego, como se tivesse dezoito anos novamente.—Sinto sua falta — disse Theodore com voz grave. Ele inclinou a cabeça e beijou minha bochecha.—Eu... eu também sinto sua falta.Ele me deu um sorriso satisfeito e então me abraçou com força. Envolvi sua cintura com meus braços e pressionei meu rosto contra seu peito. Ficamos assim, abraçados, por alguns minutos.Comecei a me emocionar, mas me
POV EROSSe assassinato não fosse crime, eu já teria matado um homem.A fúria me cegou quando vi Celeste abraçando outro homem. Ela parecia tão tranquila, feliz e confortável nos braços dele. Nunca a tinha visto assim comigo. Nem uma única vez ela se entregou livremente em meus braços, como fez com aquele cara!Minhas mãos tremiam, e meu sangue fervia de raiva e ciúmes. Eu queria socar aquele sujeito, derrubá-lo, deixá-lo inconsciente, fosse ele quem fosse. Melhor ainda, matá-lo na hora.Ninguém, e eu quero dizer NINGUÉM, toca na minha Celeste.— Merda! O que diabos está acontecendo aqui?!Celeste parecia surpresa. Como um raio, ela imediatamente se afastou do cara. Celeste arfou, e seus olhos se arregalaram de medo. Sim, ela me conhecia bem demais e sabia do que eu era capaz numa situação dessas.— Eros, calma. Não é o que você está pensando — sua voz subiu uma oitava.— Acha que pode me enganar, Celeste?HA! Ainda por cima escolheram o canto mais escuro da sacada, no ponto mais afas
POV CELESTEEu estava inquieta, tentando descobrir o que fazer. Eros estava muito zangado comigo. Ele me viu nos braços de Theodore.Eros estava com ciúmes de Theodore.Suspiro frustrada e caminho pela varanda. Qual era o problema dele? Theodore e eu só estávamos nos abraçando, como amigos. Amigos se abraçam. Meu Deus… Eros estava exagerando. Ele nem sequer me deu a chance de me explicar. Assumiu imediatamente que eu o estava traindo.Eu também estava com raiva dele por dizer que nem estávamos casados e que eu já o estava traindo.Traí-lo? Sério? Nosso noivado era falso, assim como o casamento que estava por vir. Ele nem tinha o direito de estar com ciúmes. Ele não era meu namorado. Parecia esquecer que só estávamos fingindo.E ele? Estava com Shirley. Tão melosos e se divertindo, dançando nos braços um do outro, como se fossem um casal de verdade. A ideia de que eles pudessem estar juntos me apavorava. O ciúme voltou a me atormentar.Onde está Eros agora?Eu estava muito preocupada.
POV EROSO resto da noite da nossa festa de noivado foi mais agradável para todos.Harrison e Vivian ouviram a voz estridente de Celeste quando caímos no lago. Vieram imediatamente e nos encontraram com os peixes koi.Lillian e meu primo também chegaram. Riam de nós, mas achavam que cair no lago era incrível. Ficamos surpresos quando, de repente, eles pularam no lago com as roupas ainda vestidas.Alguns dos adolescentes convidados se juntaram à diversão e também pularam na piscina. Depois, finalmente, a festa do grande salão de baile se transferiu para a área da piscina. Quase todo mundo estava molhado à meia-noite: nadando, dançando, bebendo, rindo e se divertindo.Levei Celeste para casa à meia-noite. Tentei beijá-la novamente antes que saísse do carro, mas ela evitou meu beijo.— O que foi?— Eros, por favor. Agora ninguém mais está nos observando.— E daí?O canto da sua boca se contorceu de exasperação.— Você sempre esquece que estamos apenas fingindo.Peguei sua mão que estava
POV CELESTEAi... Imediatamente peguei o bilhete que estava preso ao buquê. Meu Deus, era do Theodore. Como não percebi antes?— Eh... Te vejo amanhã. Tchau — falei apressadamente e desliguei o telefone.Li novamente o bilhete de Theodore.Ruiva,me desculpe.Espero te ver esta noite.Com amor,TheodoreNaquela noite, vesti um dos vestidos que Eros comprou para mim. Ele foi quem escolheu quando mostrei. Era um vestido branco curto que se ajustava perfeitamente ao meu corpo. Combinei com meu novo par de saltos agulha prateados de dez centímetros.Escovei meu cabelo ruivo até brilhar e depois passei uma maquiagem leve no rosto.Estava colocando as lentes de contato quando a campainha tocou. Deve ser Theodore. Passei rapidamente um batom vermelho nos lábios e saí do quarto.Mamãe e Theodore estavam na sala conversando.— Oi — cumprimentei.— Uau, você está linda, Ruiva — Theodore me deu um beijo na bochecha e depois me abraçou.— Obrigada — respondi. — De qualquer forma, obrigada também
POV EROSEu deveria passar a noite na Filadélfia, mas decidi encurtar a negociação comercial com os investidores. Até recusei participar do jantar especial que organizaram para mim.A declaração de Celeste quando liguei para ela esta manhã realmente me incomodou.Não enviei flores para ela hoje.Só conseguia pensar em uma pessoa que poderia ter enviado as rosas. Aquela que a conhecia melhor do que eu. O médico.A declaração de Celeste continuava se repetindo na minha cabeça como um disco arranhado: Theodore nunca foi meu namorado. Eu só estava apaixonada por ele. Mas agora não estou mais. Ele é um bom amigo.Fiquei me perguntando quão grande tinha sido essa paixão por ele. Sacudi a cabeça e soltei um longo suspiro. Não me convenci com a declaração dela. Provavelmente, disse isso para aliviar minha raiva.O médico era um homem bonito, loiro. As garotas caíam facilmente nos seus traços angelicais enganosos, inclusive Celeste.Fiquei furioso ao vê-los juntos ontem à noite. Pareciam tão b