POV EROSDroga! Gemei quando levei outro chute na coxa. Perdi o equilíbrio e caí de cara no chão.Maldito grandalhão! Meu oponente era um ex-campeão de artes marciais mistas. Ele era muito bom, tão bom que Harrison o convidou para ser meu sparring nesta manhã.Sentei-me e me levantei lentamente, conservando minha energia. Encarei meu oponente e, no momento certo, acertei um golpe no rosto dele, repetidamente, até que ele ficou frustrado e mais agressivo. Ele lançou vários contra-ataques, mas eu os evitei. Dancei ao redor dele, desferindo golpe após golpe. A técnica consistia em distrair, contra-atacar, desequilibrar e medir a reação do oponente antes de acertar um golpe poderoso.Então, dei uma olhada rápida no relógio de parede. Já eram 7 da manhã, hora do meu café... Enfrentei meu oponente de frente, que já parecia irritado. Num piscar de olhos, acertei um golpe rápido que o desmoralizou e me permitiu executar ataques poderosos com minhas outras armas: socos e chutes velozes.Instan
POV CELESTEPor seis meses, trabalhei como garçonete de Eros Pedrosa, todos os dias.Minha rotina diária era a seguinte: sonâmbula às 3h da manhã, acordava no chuveiro, tomava café da manhã às 3h30 e corria para a estação de ônibus mais próxima às 4h. Precisava garantir que chegaria ao seu apartamento antes das 5h.Sim, era um trabalho dos sonhos, muito fácil e com um ótimo salário. Só precisava preparar café para um bilionário.O Sr. Pedrosa pedia café apenas uma vez pela manhã, mas em horários diferentes.Geralmente, quando acordava às cinco. Eu servia o café em seu escritório, onde ele sempre estava tão absorvido em seu trabalho que nem se incomodava em me olhar toda vez que eu entrava no cômodo, ou na mesa do café da manhã antes de sair para se encontrar com seus colegas de kickboxing na academia no térreo do prédio.Às vezes, depois do banho, de se barbear e vestir seu terno de negócios, antes de sair para o escritório.Ou ele comia na cozinha quando cozinhava, ou na mesa do café
POV EROSDroga! Aquela vadia arruinou meu acordo na Inglaterra! Como eu poderia saber que ela era a última namorada de um dos ministros do gabinete federal?O acordo para estabelecer um programa complexo para avançar na produção da indústria naval no mercado já havia sido aprovado pelo governo inglês. Previa a criação de três centros de transporte marítimo nos próximos dois anos.A Pedrosa International queria esse projeto. Eu queria esse projeto, desesperadamente. Queria garantir a parceria com o governo inglês para construir os três estaleiros. Fechado. Assinado. Selado.Mas aquela vadia, Victoria Davenport, arruinou tudo pelo que trabalhamos tanto. Como eu queria destruí-la agora mesmo!Seu último amante era o ministro inglês mais influente e também um bom amigo meu. Cinco meses atrás, ele nos ofereceu a oportunidade de licitar o projeto do estaleiro. Disse que éramos sua prioridade por causa da reputação da nossa empresa como a melhor do mundo em confiabilidade, durabilidade, mão
POV CELESTE— O que aconteceu com seus dedos? — perguntou Lillian assim que chegou em casa da escola.— São apenas pequenos cortes. Esta manhã, derrubei o café do Senhor Pedrosa.— Oh! Deixa eu adivinhar. Você derrubou na frente dele — pegou minhas mãos e examinou meus dedos.— Sim.— E você recolheu os pedaços quebrados com os dedos?Assenti, e Lillian balançou a cabeça.— Fiquei assustada, tá bom? Ele gritou comigo, me chamando de desajeitada, descuidada...— E estúpida — acrescentou Lillian.— Bom... — Queria dizer a Lillian que o Senhor Pedrosa só me chamou de estúpida quando tentei recolher os cacos. Mas não importa, não fazia diferença de qualquer forma.— Ele precisa de um chute no traseiro. Queria poder fazer isso.— Quem me dera — ri dela. — Não é um homem com quem seja fácil se irritar. Ele pode arruinar você, a nós, só com um estalar de dedos.— Ele é implacável — minha mãe se intrometeu na conversa ao sair da cozinha.— Sim, ele demite os funcionários facilmente. Achei que
POV EROSBAM!A porta se fechou com força e estrondo bem na minha cara.Merda!O choque logo deu lugar à fúria enquanto eu ficava paralisado diante da porta.Aquela garota é louca!— Ei! — gritei e bati de novo na porta. Desta vez, com mais força, até que meus nós dos dedos ficaram vermelhos. — Abre a porta. Quero falar com a Celeste.Então, um som alto de música preencheu o ambiente.Aquela maldita ratinha mimada devia ser a irmã de Celeste. Na entrevista, ela mencionou que morava com a mãe e a irmã. Bom, essa irmã definitivamente precisava de disciplina. Era grosseira e mal-educada. Obviamente, estava ausente quando a professora ensinou boas maneiras e comportamento adequado.Já fazia quase quinze minutos que eu estava batendo quando decidi engolir meu orgulho. Eu estava perdendo a paciência, e aquela cabeça-dura parecia determinada a me ignorar. Peguei o telefone no bolso da calça e disquei o número de Celeste.O telefone dela só tocava. Liguei de novo... duas vezes, depois três. D
POV EROSVi Celeste assim que saí do elevador. Quem não reconheceria Celeste? Ela tinha um jeito único de se vestir. Sem dúvida, se destacava na multidão de mulheres.Quando a maioria das mulheres usava minissaias para exibir as pernas, ela usava vestidos longos que quase cobriam os membros. Quando a maioria escolhia tecidos coloridos e brilhantes para atrair a atenção dos homens, ela usava cores apagadas e tecidos opacos para evitar chamar atenção. E quando as outras usavam saltos altos para parecerem mais esguias e deslumbrantes, Celeste não precisava disso: já era alta e deslumbrante do seu próprio jeito.Sim, eu encostei de propósito no braço dela para que notasse minha presença, para chamar sua atenção e fazer com que dissesse: "Ei! Estou aqui!". Ela estava tão focada na minha secretária que nem percebeu que eu estava bem atrás dela.Não sei por que meu coração disparava sempre que eu estava perto dela. Talvez porque eu a achasse divertida, única, frágil, mas com uma grande força
POV CELESTE—Oi, Margaret— minha voz saiu aguda de tanta emoção.—Oi, Celeste, estou muito feliz que você tenha voltado. Sentimos sua falta. —Ela me abraçou com força, balançando-me de um lado para o outro.—Obrigada, Margaret, eu também senti sua falta. —Eu a abracei de volta. Ela sempre foi muito doce e maternal comigo. Abriu mais a porta para me deixar entrar.—O Senhor Pedrosa está na cozinha, preparando o café da manhã.Já não me surpreendia. Às vezes, ele preparava o café da manhã sozinho, talvez sempre que estivesse de bom humor, ou quando não estivesse tão ocupado. Ou, ao contrário, para aliviar o estresse. Realmente não sei. Ele era imprevisível, como o tempo.Margaret segurou meu braço e me puxou para perto. Depois, sussurrou:—Acho que você vai tomar café da manhã com ele. Ele me pediu para arrumar a mesa da cozinha para dois.—Sério?—Sim.Imediatamente, fiquei nervosa. A ideia de tomar café da manhã com ele numa mesa pequena me deixou desconfortável, como da última vez. N
POV CELESTE—Então, suponho que isso põe fim à nossa conversa...O quê? É russo, alemão, turco... talvez norueguês? Ou filipino? Eu não entendia o idioma que ele usava.O Senhor Pedrosa... quero dizer, Eros, estava ao telefone, negociando um acordo comercial, já que estávamos dentro do seu carro. Ele usava um fone de ouvido sem fio Bluetooth.Ouvi enquanto tentava decifrar o idioma que ele falava. Tinha uma voz agradável, muito masculina. Profunda, serena e, ainda assim, afiada como aço. Falava com uma autoridade fria.Recostei-me contra o encosto do assento do passageiro, sentindo sua maciez. Minhas mãos roçaram a riqueza do couro ao lado do meu assento. Viajar no carro de Eros era como viajar de avião: muito tranquilo e confortável. Sim, ele dirigia muito rápido, mas manobrava o carro com suavidade.Respirei fundo o cheiro do carro. Era uma combinação de couro, ar fresco do ar-condicionado e o aroma familiar de Eros, algo como uma colônia fresca ou um gel de banho, não muito forte n