POV EROSOdeio dizer isso... mas acho que preciso encontrar um novo melhor amigo porque você acabou de insultar o café da Celeste.Queria dizer isso e nocauteá-lo em menos de três segundos... mas NÃO... Eu não era esse tipo de homem, era um homem de negócios, não um assassino. Eu acreditava em Deus e tinha muito medo d’Ele.Além disso, Íñigo era meu melhor amigo e eu respeitava sua opinião. Cada homem tinha suas próprias preferências na vida, nas coisas e no café.— Bebi mais de quatro litros desse café na universidade, cara... mas não... não é a mesma coisa que o café da Celeste.— Então tem algo errado com o seu paladar — riu Íñigo. — Ou talvez você esteja enfeitiçado.— Você quer dizer pela Celeste? — Não gostei da sugestão de Íñigo. "Enfeitiçado" não era uma palavra agradável para se referir à Celeste.— Sim. Na última hora, você mencionou o nome dela mais de dez vezes.— Porque ela é minha assistente pessoal.— Não me engane, cara, eu te conheço. Você gosta dela, admita. Você até
POV CELESTELiguei para o quarto do Senhor Pedrosa várias vezes. Finalmente, ouvi ele dizer:— Entre.Abri a porta lentamente e o vi deitado na cama com os olhos fechados. Ele vestia apenas um short de algodão cinza-claro. Fiquei surpresa com os hematomas vermelhos que ele tinha no rosto e no corpo. Ele até tinha um arranhão no lábio inferior.O que havia acontecido com ele? Parecia que Íñigo tinha lhe dado uma surra na luta de kickboxing.— Bom dia, senhor. O senhor tem um compromisso às dez da manhã, e já são nove.— Sim... — Sua voz era fraca. Ele abriu os olhos, levantou-se da cama bem devagar e foi cambaleando até o banheiro. — Você pode preparar um terno para mim, Celeste? Só vou tomar um banho rápido.Ele não estava bem, provavelmente tinha febre, pois seu rosto estava muito vermelho e seus olhos injetados de sangue. Ele deveria ficar na cama e cancelar todos os compromissos. Meu Deus, ele não era uma máquina. Bem, até as máquinas precisavam descansar para não quebrarem.— Sim,
POV CELESTENossa nova casa foi realmente uma bênção para nós. Era uma casa geminada familiar de quatro quartos e dois banheiros, totalmente mobiliada, situada a poucas quadras do edifício Pedrosa. Mudamos para lá um dia antes da véspera de Natal. Estávamos muito animadas, especialmente Lillian, que não parava de pular em sua nova cama, em seu novo quarto completamente rosa.Foi um alívio estar agora tão perto do meu trabalho. Não precisava acordar muito cedo só para pegar o ônibus das 7h. E... eu podia economizar mais dinheiro com o aluguel e a passagem do ônibus. Além disso, Lillian também estava mais perto da escola.Foi realmente uma coincidência minha mãe ter ganhado a casa, tão incrível... e a tempo para o Natal. Deus foi muito bom conosco, e eu estava muito grata por todas as nossas bênçãos. Eu tinha certeza de que meu pai também estava nos observando e nunca nos abandonou.Todos os sacrifícios pelos quais minha família passou realmente valeram a pena graças ao trabalho árduo,
POV EROSANOS ATRÁS—Olá, como você se chama? — perguntei à garota que estava sentada no balcão do bar. Aproveitei a oportunidade para me aproximar dela enquanto estava sem bebida e sozinha.Eu a vi assim que entrou no bar. Meus olhos não se desviaram dela desde então. Não conseguia tirar os olhos dela, sentia-me arrebatado por sua beleza.Bom, e quem não ficaria? Uma mulher tão linda e encantadora não poderia escapar do olhar de nenhum homem.Ela estava deslumbrante com seu curto vestido vermelho e seus saltos altos da mesma cor, que destacavam sua figura alta e esbelta. Era uma mulher jovem, provavelmente com quase vinte anos. Tinha um rosto delicado com maçãs do rosto arredondadas, olhos grandes e um nariz proporcionalmente fino. Seus lábios carnudos e rosados e seu queixo arredondado complementavam seu sorriso encantador. Seu lindo cabelo ruivo emoldurava seu rosto suave. Sua longa cabeleira brilhava até a cintura, onde terminava, iluminando sua pele clara no escuro.Seus traços f
POV CELESTEJá era de manhã cedo quando cheguei a Nova York. Minha viagem da Geórgia não foi realmente cansativa, pois dormi o tempo todo no ônibus. Tenho sono pesado, então consigo dormir em qualquer lugar: numa cadeira, numa banheira e até no vaso sanitário quando era criança.A bateria do meu telefone descarregou porque fiquei ouvindo música o tempo todo. Eu amava música e cantar, mas, infelizmente, minha voz era horrível. Eu era completamente desafinada. Meu pai desistiu de tentar me ensinar a cantar.Bem, talvez eu não fosse uma boa cantora, mas era uma boa dançarina. Fiz aulas de balé desde os seis anos. Cresci me apresentando na escola e, mais tarde, nos teatros. Mas, de repente, tudo acabou, como fumaça. E agora, nunca mais sonhei em dançar de novo.Entrei na nossa nova casa com minha chave. Deixei minha velha bolsa de couro no chão e os presentes que minha avó e tia Ana enviaram para minha mãe e Lillian em uma mesa de centro. Olhei ao redor da casa, examinando os cômodos e os
POV EROS—Em que você está pensando? Isso é um assunto de família — disse minha mãe quando pediu para falar comigo na sala de música. — Você não deveria ter trazido sua assistente pessoal.—E por que os Vincent estão aqui? Eles não são membros da nossa família.—Eros, esperamos que um dia sejam. Queremos que você se case com Shirley e você até considerou isso, lembra? — Shirley estava no topo da lista de candidatas com quem meus pais queriam que eu me casasse, e seus planos de emparelhamento realmente me enlouqueciam.—Pelo amor do que há de mais sagrado, isso foi há cinco anos! Eu era um adolescente e estava bêbado na época. Você não deveria acreditar em tudo o que eu disse antes. Além disso, concordei com tudo o que você e papai disseram para evitar discussões.—Mas você sempre achou ela bonita. Olhe para ela agora, tornou-se uma dama muito refinada.—Mãe, todas as garotas me parecem bonitas. Não há diferença alguma.Resmunguei alto. Sim, Shirley era a única filha de Rafael Vincent,
POV EROS— Oi, como você está? — Cumprimentei Shirley e depois lhe dei um leve abraço.— Estou bem, obrigada. — Ela colocou a mão no meu antebraço. — Você não veio à minha festa de aniversário no mês passado.— Estava na Inglaterra. — Afastei-me um passo, fazendo com que sua mão deslizasse do meu braço.— Eu estava esperando por você — respondeu rapidamente. Seus lábios rosados se curvaram em seu sorriso encantador de sempre.Ri.— Meus negócios são mais importantes para mim do que cruzar países só para ir a festas, Shirley.Ela abaixou os cílios rapidamente, provavelmente para esconder a dor.— Eu entendo. Você é um homem ocupado, como meu pai.De repente, me senti culpado. Por que fui tão cruel com ela? O plano de nos juntar nem era ideia dela.Na prática, Shirley era a esposa ideal para alguém como eu. Filha de um bilionário, sabia se comportar como esposa de um bilionário. Tinha sido educada e criada para isso.Além disso, tínhamos muitos amigos em comum, as mesmas conexões e os m
POV CELESTEA xícara da dinastia!Observei a xícara atentamente, estudando cada detalhe. Eu não podia estar errada. A xícara que eu quebrei acidentalmente era uma réplica desta.Meu coração começou a bater mais rápido no mesmo instante, e um suor frio percorreu minhas costas. Confusa e perturbada. Não. Eros disse que a xícara quebrada era uma antiga xícara chinesa da dinastia, avaliada em 36 milhões de dólares. Era uma peça rara, única.— Você está bem? Parece que viu um fantasma — perguntou Seraphina. Ela estava de pé atrás de mim, segurando um copo d'água. — Aqui está sua água.— Obrigada. — Peguei o copo e bebi a água rapidamente. Depois, coloquei o copo no balcão. — Hum... essa xícara é antiga, certo? — perguntei a Seraphina, apontando para a xícara chinesa dentro da vitrine.— Aquilo? — Seraphina riu, com um leve sorriso divertido. — Claro que não. Mamãe não gosta de objetos antigos, especialmente xícaras e pratos.— Mas essa não é uma xícara da dinastia, sem preço? — Minha mente