Ainda chovia lá fora. Ele acordou com barulhos na casa. O relógio apontava para meio dia. Meio dia? Droga! Sebastian Black levantou a cabeça. Como ele conseguiu dormir por tanto tempo? O homem parecia completamente confuso. Olhou para a frente. Os braços ainda agarravam a cintura fina quente como o fogo, e as coxas dela estavam entrelaçadas as pernas dele. Maldição... Ela o fez dormir daquela maneira? A mulher que tirou seu sono por tantos anos também podia devolver sua capacidade de voltar a dormir... Ele jogou os lençóis para o lado e saltou da cama em um pulo só. Era como um gato assustado, e embora mantesse a postura militar formal, odiava ter aquela maldita expressão de surpresa no rosto. Sebastian fechou os olhos. Ele ainda tentou manter sua mente focada no que deveria fazer, mas os olhos fechados da Pax pareciam atrai-los tanto quanto abertos. De repente, a cama parecia o melhor lugar para estar, e ele quase se jogou naqueles lençóis macios outra vez. – Acorda! – Ele disse, m
Talvez todo aquele mal estar... Talvez a Pax estivesse gravida agora. Como ele não havia pensado naquilo antes? Mas se realmente ela estivesse, talvez já tivesse usado aquilo para parar as humilhações. Sim, ela definitivamente teria usado qualquer coisa se pudesse. Ele andou para todos os lados do quarto... Haviam cochichos ensurdecedores do lado de fora da mansão. Pessoas não paravam de especular sobre o estado de saúde da mulher que, depois de bater a cabeça, ainda estava desacordada. ‘Isso é um péssimo sinal'‘Conheci uma pessoa que bateu a cabeça e ficou louca’ ‘Vi um caso de...’ Cochichos e mais cochichos. Sebastian Black não aguentava mais. Ela estava tonta quando caiu? Sia estava com ela, e definitivamente, ele sabia que apenas tontura não seria a questão, ou seria? Pax também havia desmaiado do lado de fora da mansão. A porta finalmente se abriu. Sebastian Black tentou conter a ansiedade, mas não conseguiu. Ele não podia mais aguentar. – Finalmente. Você demorou demais.
Siena abriu os olhos. Dáda estava ao seu lado. O corpo completamente nu a alertou. Algo tinha acontecido enquanto ela dormia? Por que custava a se lembrar do que aconteceu para sentir aquela dor tão insuportável. Sua cabeça se ergueu, e ela olhou para a mulher distraída, que encarava um ponto específico do seu corpo. – Água... – Ela murmurou. Mal conseguia dizer algo, e estava confusa. Seus olhos procuraram pelo marido, mas ele não estava com ela, é claro. Ela nem mesmo entendia por que ainda esperava que ele cuidasse dela. Sebastian Black a odiava profundamente, e certamente desejava que ela estivesse morta. – O que disse? – Dáda ergueu a cabeça. Estava finalmente olhando para a Siena Robins. – Água... Por favor, eu... – Oh, sim, é claro. Água. Eu vou pegar para você. – Dáda ainda agia de uma maneira muito estranha. Parecia bastante perplexa com algo que tinha visto. A mulher de virou e alcançou a mesa de cabeceira. Ela segurou o jarro de água, despejando o liquido em um copo. –
Sebastian Black estava cansado quando voltou para casa. Seu terno caro exalava um cheiro de bebida e cigarro. Ele provavelmente esteve em algum lugar, em frente ao mar, pensando no que deveria fazer agora. Pax estava doente, e sua mente entrou em conflito. Tantos anos acreditando que odiava aquela mulher com todo o seu ser, e agora, ele não parava de se preocupar com ela. Por que a vida tinha que ser sempre tão injusta. Sua mente estava, novamente, em anos atrás, quando ele ainda era um prisioneiro da Pax. Prisioneiro... Aquela palavra ainda trazia um gosto amargo na boca. Era como uma maldição que o acompanhava por toda a vida. Sebastian andou pelo quarto escuro. Ele arrancou seu terno, colocando sobre a cadeira mais próxima. Seus pés instintivamente andaram até a cama, e pararam ao lado dela. Ele nem mesmo calculou que faria aquilo, mas suas mãos grandes tocaram a testa da mulher que deveria estar dormindo. Siena Robins abriu os olhos, mas ele não poderia vê-la com a falta de lum
As mãos do Sebastian Black deslizaram pelas coxas macias da Siena Robins, e ele ainda mantinha os doces beijos em sua boca, quando finalmente se posicionou para invadi-la. Por um instante, Siena Robins fechou os olhos. Esperava que fosse doloroso, mas seria ainda mais parar naquele momento. Ela precisava dele, tanto quanto ele a desejava, mas seu coração se aqueceu quando ele entrou nela. Não havia mais dor, apenas o prazer lento e calmo. Foi a primeira vez que ela realmente conheceu o amor pleno. Seus braços se entrelaçaram em volta do Sebastian Black, enquanto ele ainda investia contra sua intimidade da forma mais delicada e generosa que podia. Não havia dor, embora fosse grande demais para ela. Siena Robins sorriu quando os lábios dele desceram até seu pescoço, gerando as cócegas que ela tanto era sensível. Sebastian sorriu de volta. Achou as gargalhadas dela tão encantadoras que poderia ouvi-las a noite inteira, e já estaria satisfeito, mas ainda havia um corpo inteiro para bei
Siena acordou de um sono profundo. Tudo naquela cama parecia igual. Ela não sentia dores, mas ainda estava tossindo como sempre. Seu corpo começava finalmente, a se acostumar com o tratamento, e embora ela tivesse medo que o cabelo caísse outra vez, sabia que deveria manter as esperanças. Aquele não era um enfeito colateral tão comum quanto ela esperava.Os olhos se abriram. Ela vislumbrou as mesmas paredes, o mesmo reflexo do sol que iluminava os quadros a frente dela. Nem mesmo haviam marcas em seu rosto. Um sorriso se formou nos lábios daquela mulher que havia sido colocada no castigo de outra pessoa. Ela estava feliz, pela primeira vez em muito tempo. Foi o único momento em sua vida, que não sentiu o característico vazio dos abandonos por seu pai, ou a traição de sua mãe. Mas o rosto se virou para o lado, e ela encontrou uma cama completamente vazia. Somente ela preenchia todo o espaço, e se perguntou se havia sonhado com tudo aquilo, ou, do contrário, não haveria motivos para que
Sia Campbell estava mais irritada que o normal naquele dia. Ser repreendida sempre parecia a pior coisa que o Sebastian Black faria com ela, mas fazer com que q senhora daquela casa se rebaixasse ao lavar o chão de toda a mansão, ajoelhada, para que só então se desculpasse com a Pax era demais. Ela não conseguia aguentar tanta humilhação, e também não podia compreender por que o Sebastian que ela conhecia fazia com que ela voltasse as origens de quando o Barão e a Pax a atormentavam, fazendo com que ela e outras mulheres limpassem aquela casa completamente nuas, enquanto homens riam e tocavam seus corpos. Sia nunca seria capaz de superar todas as torturas e as humilhações, e não aceitaria nada por culpa da Pax. Maldita Pax. Era sempre culpa dela. Era tudo por ela. Por que a Pax merecia receber mais do que ela, que sempre esteve ao lado do Sebastian. Ela limpou a testa suja de suor, e deixou um rastro de sabão no rosto. As roupas estavam molhadas e eram elegantes demais para aquela f
– Sebastian, abra! Sebastian Black se levantou. Estava mau humorado, e o sorriso havia desaparecido. Siena Robins ainda cobria o corpo com um lençol branco quando o homem finalmente se levantou da cama, vestindo uma camisa longa e uma calça social que havia jogado no chão. – Eu disse que não queria ser interrompido! O que você quer agora? – Ele reclamou. – Desculpe incomodar, mas a Dáda esta desesperada. Sebastian Black exibiu suas feições de preocupação. Ele sempre gostou da Dáda e ela estava naquela casa a tempos demais para fazer alarde com coisas corriqueiras. Os dedos destrancaram a porta, e ele vislumbrou o desastre que as roupas cara da Sia estavam. Ele quase podia se lembrar de quando ela fugia de casa para levar comida para ele na prisão. – O que a Dáda tem? A Dáda ainda chorava, segurando um pedaço da roupa em frente a boca. Ela parecia desviar o olhar, e recusava a olhar para ele. Parecia envergonhada, triste, desesperada. O que estava acontecendo? Ele nem mesmo tinha