— Jaqueline. — Disse Reginaldo, se aproximando. — Quer vir para casa comigo? Não podemos entrar para acompanhar o George agora, só podemos esperar notícias. Ele podia ver que o cuidado de Jaqueline por George era genuíno. Jaqueline se virou e disse: — Vocês podem ir para casa descansar. Eu vou ficar no hospital, alguém precisa estar aqui vigiando. Reginaldo respondeu: — Então eu fico aqui, vocês podem ir. — Mas eu quero ficar aqui. — Disse Jaqueline. — Quero ficar ao lado do George, mesmo que não possa entrar, pelo menos quero proteger ele. Vendo a determinação de Jaqueline, Reginaldo acenou com a cabeça: — Tudo bem, então eu também vou ficar. Reginaldo ficaria inquieto se voltasse para casa. Cláudio disse: — Deixem Jaqueline ficar aqui. Vocês podem reservar um hotel nas proximidades para ficar por enquanto. Se algo acontecer, vocês podem vir rapidamente, de outra forma, não faz muito sentido todos ficarem no hospital, já que não podemos entrar no quarto agora.
Cláudio assentiu: — Sem problema, afinal, as coisas que te contei também devem permanecer em segredo, agora estamos na mesma posição. Isabelly respondeu e finalmente disse: — Na verdade, o casamento de Jaqueline com meu irmão é uma farsa. Isabelly contou a história do começo ao fim para Cláudio. Depois de ouvir, Cláudio mergulhou no silêncio: — Não esperava por isso, então mesmo que se divorciem, não deve ser um grande problema. — Para Jaqueline não é um grande problema, mas o crucial é meu irmão, os sentimentos dele por Jaqueline são verdadeiros, e se ele descobrir que Jaqueline é sua prima, ele definitivamente não vai aguentar. Meu irmão está assim agora, mas mesmo que consiga acordar, vai precisar de muito tempo para se recuperar, ele não pode receber choques. Se dissermos a ele, realmente não sei o que poderia acontecer. Cláudio falou pesadamente: — É, isso é complicado, nós dois, não devemos contar a ninguém, vamos ver como as coisas se desenrolam. — Certo. — I
Roberto franziu a testa:— O que eu poderia fazer com ela? Poderia comer ela?— Você...Isabelly estava prestes a retrucar, quando Jaqueline segurou seu braço:— Isabelly, não ligue para ele, vamos embora.Jaqueline puxou Isabelly para ir embora.Roberto disse:— Eu tenho algo para dizer a você, podemos conversar a sós?Jaqueline respondeu com um sorriso frio:— Não temos nada para conversar.— Apenas dois minutos, aqui mesmo, não vamos a lugar algum.Roberto se posicionou como uma montanha na frente de Jaqueline, determinado a não deixá-la sair sem conversar.Jaqueline pensou por um momento, se virou para Isabelly e disse:— Isabelly, vá descansar um pouco, eu já vou te encontrar.— Jaqueline, você realmente vai falar com ele? — Isabelly estava preocupada.— Não se preocupe. — Jaqueline olhou friamente para Roberto. — Eu vou ficar aqui, não vou a lugar algum.— Está bem, dois minutos. Eu vou procurar você em seguida. — Isabelly lançou um olhar de advertência para Roberto e depois se a
Tudo parecia uma coincidência, uma tão grande que a levou a pensar: "Quem, além de Roberto, estaria ajudando ela dessa forma?" Ela talvez tivesse suspeitado antes que a situação de George fosse causada por ele, mas aquilo foi um pensamento impulsivo que teve naquele momento. Quando se acalmou, pensou que Roberto não seria capaz de fazer algo assim. Ele poderia até discutir com George, mas não faria algo tão cruel por trás das cortinas. No entanto, os corações de George e da vítima coincidiam perfeitamente com o de Ângela. Ela não conseguia imaginar Roberto como alguém capaz de realizar tamanha crueldade, apenas para encontrar um coração compatível para Ângela. Tudo isso não passava de uma suposição dela, sem nenhuma prova concreta. Roberto estava um pouco nervoso: — Por que você está me olhando assim? Sei que você não se importa com a vida ou morte de Ângela. O motivo de eu te contar isso não é para dizer que estou feliz, mas sim... Roberto parou por um momento, querend
Quarenta e oito horas. Para Jaqueline, foram os dias mais difíceis de sua vida, pois ela não sabia qual seria o resultado. A única coisa que podia fazer era esperar. Cada segundo parecia uma tortura e, mais do que a agonia da espera, o que mais a aterrorizava era a possibilidade de um resultado desastroso. Se o fim fosse trágico, Jaqueline preferiria continuar sofrendo na espera a ouvir uma resposta que a fizesse se desesperar. A cirurgia de Ângela também havia terminado e a cirurgia cardíaca dela foi um sucesso. E a pessoa que havia doado o coração para Ângela? Ela nem sequer sabia quem era, mas sabia muito bem como aquela pessoa havia morrido. Tudo isso ninguém sabia, apenas o céu e a terra, ela e Heitor sabiam. Jaqueline não sabia que, muitas vezes, Roberto estava observando ela de longe, onde ela não podia vê-lo, vendo ela se preocupar e sofrer por George. Ele só podia se esconder nas sombras, sem coragem de aparecer na frente dela, observando ela em silêncio, suporta
Ela se esforçava para dizer a si mesma para não ficar tão emocionada. George tinha acabado de acordar, e se ela ficasse muito agitada, isso poderia afetá-lo. Mas, por mais que tentasse se controlar, as lágrimas não conseguiam parar de cair. Ela estava imensamente feliz. Um milagre havia acontecido, e ela se sentia grata por ter persistido e acreditado naquela mínima esperança. — Jaqueline, você está bem, graças a Deus. Eu tive um sonho muito longo, um sonho em que alguém queria te fazer mal. Eu tentei desesperadamente te avisar, mas não conseguia acordar. Eu estava à beira do inferno, e alguém queria me puxar para baixo, mas... Mas eu não queria ir. Eu lutei para subir porque eu ouvi você gritar o meu nome. Mesmo tendo acabado de acordar, George estava visivelmente agitado ao falar sobre isso. Jaqueline sentiu uma dor imensa em seu coração. Ela não conseguia imaginar o quão agonizante devia ter sido para George durante o coma. Talvez fosse verdade o que Isabelly dizia: as pes
Jaqueline Valente estava encolhida na cama, acariciando levemente sua barriga. Ela suspirou de alívio, feliz por saber que o bebê estava bem. Na noite anterior, Roberto Santana havia retornado e queria ter um momento de intimidade com ela. Eles não se viam há dois meses e ela não teve coragem de recusar ele.Roberto já tinha terminado de se arrumar. Vestido com um terno cinza feito sob medida, ele exibia uma figura alta e esbelta, elegante e atraente. Sentado em uma cadeira, ele trabalhava em seu tablet, deslizando os dedos na tela de forma lenta e preguiçosa, exalando uma aura de sensualidade.Ele notou a mulher na cama, enrolada no cobertor, com apenas a cabeça de fora. Seus olhos negros e brilhantes o observavam atentamente. Com um tom indiferente, ele disse: — Acordou? Levanta e vem tomar café da manhã.— Está bem. — Respondeu Jaqueline, corando enquanto se levantava da cama e vestia seu pijama.Na sala de jantar, Jaqueline continuava a cutucar os ovos no prato com seu garfo, enq
Ela abaixou a cabeça e deu um sorriso amargo.O que mais ela poderia desejar? Poder se casar com ele já havia esgotado toda a sorte que ela teria na próxima vida.Seus pais eram funcionários comuns do grupo SK. Em um incêndio, ficaram presos na sala de controle, mas antes de morrer conseguiram desligar um sistema importante, evitando a liberação de substâncias tóxicas e prevenindo mais mortes.Na época, a mídia noticiou o ocorrido por muitos dias e a última conversa dos seus pais com o mundo exterior ficou registrada.Com apenas 10 anos, ela teve que ir morar com sua tia.No entanto, a tia era fumante, alcoólatra e viciada em jogos de azar. Um ano depois, perdeu todo o dinheiro da indenização do grupo SK em apostas.Quando ela tinha 11 anos, sua tia a abandonou diretamente na porta da sede do grupo SK.Jaqueline ficou esperando na porta da empresa por dois dias, abraçada a sua mochila. Estava faminta e exausta, até que o presidente do grupo SK passou por ali e a levou para casa.Desde