- Obrigada, Gabriel. Entendi. - Disse Gisele.A partir de agora, cada um seguiria seu caminho, sem mais presença na vida um do outro.- Já está tarde, vá descansar. - Falou Gabriel, em tom suave.- Sim, você também. Boa noite. - Disse Gisele.- Boa noite. - Falou Gabriel.Após encerrar a ligação, Gisele verificou o relógio, já passava da meia-noite.O aniversário de casamento estava prestes a terminar.Observando a neve lá fora pela janela, ela arrumou tudo na mesa, lavou os pratos e se preparou para sair.- Oh, Ex-Sra. Lopes, vai embora sem nem dizer adeus? - Zombou Ana, parada na entrada, encarando ela com sarcasmo.- Preciso te avisar agora que estou indo? - Rebateu Gisele, se virando para Ana, sorrindo, mas suas palavras eram firmes.Ana ficou sem palavras por um momento.- O Sr. Felipe nem gosta de você. Você ficou atrás dele por todos esses anos e acabou com esse resultado. Gisele, você merece isso! - Gritou Ana.- Mesmo que eu seja assim, ainda sou a filha da família Júnior. Não
Felipe olhou para Francisco, que chegou com antecedência. - Traga isso aqui! - Ordenou Felipe.- Sim, senhor. - Disse Francisco, pegando a caixa jogada no chão e caminhando até Felipe.- Abra. - Continuou Felipe.Francisco assentiu, abrindo a caixa. No instante em que abriu, revelou um vestido funerário manchado de vermelho e uma boneca vodu!- Ah! - Estella gritou, horrorizada, imediatamente se escondendo atrás de Felipe. Ela apontou para a caixa nas mãos de Francisco, e acrescentou. - Este vestido e a boneca têm o nome da mamãe escritos, estão amaldiçoando ela! Além disso, o cheiro deste vestido é de uma mulher, um aroma... Parece familiar, mas não consigo lembrar onde já senti isso. Felipe deu um olhar significativo para Francisco.Francisco concordou, cheirou a fragrância do vestido. - É, sem dúvida, tem um cheiro. - Afirmou Francisco.- Me lembrei, isso é... É o cheiro da Gisele! Felipe, você também tem esse aroma. Vocês estavam juntos, né? - Exclamou Estella, apressadamente.F
A voz de Ana ecoou do outro lado. - Sr. Felipe, ainda não amanheceu, Srta. Gisele foi embora enfrentando a tempestade de neve. A neve lá fora está intensa e descer a montanha não está fácil. Sugeri que ela ficasse um pouco mais, mas ela parecia ter algo urgente. Não ouviu meus conselhos e até me xingou por me intrometer. - Disse Ana.Felipe franziu o cenho, no momento em que desligou a chamada, a voz de Estella se fez ouvir.- Então, parece que você está mesmo com Gisele... - Murmurou Estella, baixando os olhos, falando quase num sussurro. - Gisele certamente armou tudo isso. Enquanto ela estiver ao seu lado, você nunca suspeitará dela! É um álibi perfeito. Mesmo se pegarem os sequestradores da mãe, se ela der dinheiro suficiente e ameaçar as famílias deles, eles não vão entregar ela! Ela conseguirá vingança e escapará impune! Como Gisele pode ser tão cruel... Como ela pode ser tão má! Não faço ideia de como mamãe está agora...Estella parecia uma mosca sem rumo.Em seguida, um estron
- Eu confio em você. - Disse Gisele, sorrindo novamente.Joaquim olhou para Gisele, não conseguia sorrir. - Gisele, quando voltar para a Cidade J, tenha cuidado com aqueles pessoas desprezíveis! - Expressou Joaqiom, preocupado.Depois que Aurora se foi, os mais velhos da família Botelho não eram de confiança e a Entretenimento Botelho era muito mais complicado do que a Vinícola Júnior.Ao ouvir o aviso de Joaquim, Gisele sorriu concordando.- O que vocês dois estão conversando tão cedo aqui? - Perguntou Gabriel.- Gabriel, bom dia! Você veio buscar a Gisele? - Cumprimentou Joaquim, assim que viu Gabriel.- Sim, o voo é às oito, precisamos ir para o aeroporto logo. - Respondeu Gabriel.- Gabriel, então confio a minha irmã a você! - Assentiu Joaquim.Gabriel fez um gesto de “ok”. - Você ainda não confia em mim? - Brincou Gabriel.- Confio, Gabriel, vá com tudo. Minha irmã está solteira agora! - Disse Joaquim.Gabriel riu e balançou a cabeça. - As crianças são tão maduras tão cedo hoje
Gabriel estendeu a mão para impedir Felipe de se aproximar.- Sr. Felipe, mantenha a compostura! - Disse Gabriel.Felipe pausou por um momento, com um sorriso irônico nos lábios. - Você está me impedindo? Apenas você? - Escarneceu Felipe.Ao mesmo tempo, um jipe parou. Quatro ou cinco homens desceram, cercando Gabriel e o carro.Gabriel não podia enfrentar tantos homens e logo foi contido. - Felipe, por que está causando um acidente e bloqueando meu carro hoje? Gisele já não é mais sua esposa! - Disse Gabriel.Felipe ignorou ele completamente, a aura intimidante que ele exalava era suficiente para fazer as pessoas recuarem.Com sua beleza fria e arrogante, com um sorriso ambíguo, ele abriu a porta traseira. - Você sai por conta própria ou eu te faço sair? - Ameaçou Felipe.O tom dele estava terrível novamente, aquele ele da noite passada já havia desaparecido. A paz de ontem à noite era, evidentemente, coisa do passado.Logo, um vento frio invadiu o carro quando Gisele apertou os lá
Ele franziu a testa, segurou o queixo dela.- O que é isso? Você, sequestradora, planeja escapar impune? - Retrucou Felipe.- Sequestradora? - Disse Gisele, confusa, dando um suspiro e continuou. - Do que você está falando?Então, ele jogou uma caixa ao lado dela, fazendo a tampa se abrir devido à força externa, revelando uma peça de roupa tingida de líquido vermelho e uma pequena boneca.- O que... O que é isso? - Perguntou Gisele.- Ainda tentando disfarçar? - Falou Felipe, com voz dura, seus olhos eram frios como aço.Ele era realmente assustador, a aura gélida que emanava dele era suficiente para afastar qualquer um.Quando ela encontrou o olhar frio dele, seu coração tremeu.Baixando os olhos, ela viu o nome “Nanda” nas roupas e na pequena boneca, então tudo fez sentido!- Você... Você suspeita que fui eu que sequestrou Nanda? Felipe, ontem à noite estávamos juntos, foi Estella que ligou para você informando sobre o sequestro! - Disse Gisele.- Você passou a noite comigo apenas pa
- Sim. - Respondeu Felipe, permanecendo indiferente.Uma palavra simples, mas que pisoteava brutalmente o coração dela em pedaços. “Gisele, toda vez que nutrir uma esperança, apenas será para ver ela despedaçadas repetidas vezes. Esperança se transforma em desilusão, mas você insiste em perguntar, esperando uma resposta agradável. Em um ciclo interminável, a ferida é sempre você mesma. Por que continuar?”, pensava Gisele sozinha. - Sim, eu deveria ter percebido. Em sua mente, sou a vilã, maquiavélica, sem escrúpulos. Suspeitar que planejei o sequestro de Nanda é compreensível, afinal, entre nós, nunca houve confiança. Do início ao fim, sou eu mesma... Teimosa, iludida. - Expressou Gisele.- Escute bem, até provar sua inocência, não se atreva a se afastar de mim! - Ordenou Felipe, com ferocidade, uma expressão aterrorizante, olhos frios como se quisessem devorar ela por completo.- Felipe, mesmo que eu tenha enviado alguém para sequestrar Nanda, você precisa apresentar provas! Por que
A placa no carro subiu lentamente, bloqueando a visão do banco da frente.Gisele, em pânico, percebeu que era tarde demais!No instante em que ele se inclinou, Gisele gritou, mas todas as palavras foram seladas com seu beijo...Ela não pôde resistir, seus cabelos longos caíram desarrumados enquanto ela afundava sem forças no banco traseiro.Não sabia quanto tempo passou, o carro parou e o motorista educadamente saiu.Agora, só restavam os dois dentro do carro.Ele tirou o paletó e o jogou sobre ela, envolvendo ela antes de sair do carro, segurando ela nos braços.Onde eles estavam?Gisele olhou para as vilas empilhadas diante dela, um complexo de vilas recém-construídas pelo Grupo HL, ainda não lançado para venda.Ela entendeu. - Você pretende me manter prisioneira? - Questionou Gisele, parecendo entender a situação.- Como posso permitir que um suspeito fuja? - Retrucou Felipe, com frieza.Ele carregou à força ela para dentro e jogou ela na cama de veludo.- Felipe, você não pode faz