Ele franziu a testa, segurou o queixo dela.- O que é isso? Você, sequestradora, planeja escapar impune? - Retrucou Felipe.- Sequestradora? - Disse Gisele, confusa, dando um suspiro e continuou. - Do que você está falando?Então, ele jogou uma caixa ao lado dela, fazendo a tampa se abrir devido à força externa, revelando uma peça de roupa tingida de líquido vermelho e uma pequena boneca.- O que... O que é isso? - Perguntou Gisele.- Ainda tentando disfarçar? - Falou Felipe, com voz dura, seus olhos eram frios como aço.Ele era realmente assustador, a aura gélida que emanava dele era suficiente para afastar qualquer um.Quando ela encontrou o olhar frio dele, seu coração tremeu.Baixando os olhos, ela viu o nome “Nanda” nas roupas e na pequena boneca, então tudo fez sentido!- Você... Você suspeita que fui eu que sequestrou Nanda? Felipe, ontem à noite estávamos juntos, foi Estella que ligou para você informando sobre o sequestro! - Disse Gisele.- Você passou a noite comigo apenas pa
- Sim. - Respondeu Felipe, permanecendo indiferente.Uma palavra simples, mas que pisoteava brutalmente o coração dela em pedaços. “Gisele, toda vez que nutrir uma esperança, apenas será para ver ela despedaçadas repetidas vezes. Esperança se transforma em desilusão, mas você insiste em perguntar, esperando uma resposta agradável. Em um ciclo interminável, a ferida é sempre você mesma. Por que continuar?”, pensava Gisele sozinha. - Sim, eu deveria ter percebido. Em sua mente, sou a vilã, maquiavélica, sem escrúpulos. Suspeitar que planejei o sequestro de Nanda é compreensível, afinal, entre nós, nunca houve confiança. Do início ao fim, sou eu mesma... Teimosa, iludida. - Expressou Gisele.- Escute bem, até provar sua inocência, não se atreva a se afastar de mim! - Ordenou Felipe, com ferocidade, uma expressão aterrorizante, olhos frios como se quisessem devorar ela por completo.- Felipe, mesmo que eu tenha enviado alguém para sequestrar Nanda, você precisa apresentar provas! Por que
A placa no carro subiu lentamente, bloqueando a visão do banco da frente.Gisele, em pânico, percebeu que era tarde demais!No instante em que ele se inclinou, Gisele gritou, mas todas as palavras foram seladas com seu beijo...Ela não pôde resistir, seus cabelos longos caíram desarrumados enquanto ela afundava sem forças no banco traseiro.Não sabia quanto tempo passou, o carro parou e o motorista educadamente saiu.Agora, só restavam os dois dentro do carro.Ele tirou o paletó e o jogou sobre ela, envolvendo ela antes de sair do carro, segurando ela nos braços.Onde eles estavam?Gisele olhou para as vilas empilhadas diante dela, um complexo de vilas recém-construídas pelo Grupo HL, ainda não lançado para venda.Ela entendeu. - Você pretende me manter prisioneira? - Questionou Gisele, parecendo entender a situação.- Como posso permitir que um suspeito fuja? - Retrucou Felipe, com frieza.Ele carregou à força ela para dentro e jogou ela na cama de veludo.- Felipe, você não pode faz
Ao ouvir o pedido de Gisele, Raquel parecia desconfortável. - Srta. Gisele, Sr. Felipe proibiu qualquer dispositivo de comunicação para você. - Disse Raquel.- Ele só disse que não pode me dar nenhum dispositivo de comunicação, não disse que eu não posso fazer uma ligação. Eu só vou fazer uma ligação, por favor, Raquel. - Pediu Gisele.Raquel ficou ainda mais desconfortável, olhando ao redor. - Srta. Gisele, não é que eu não queira ajudar, mas há câmeras por toda parte, cada movimento seu está sob os olhos do Sr. Felipe. - Falou Raquel, fracamente.Gisele ficou atônita, olhou ao redor e como esperado, as câmeras estavam em todos os cantos.Ela franziu a testa delicada e deu um sorriso amargurado. - Não é apenas vigilância, há também escuta, né? - Murmurou Gisele, para si mesma.Raquel suspirou de leve, não negando as palavras de Gisele. - Srta. Gisele, a comida está esfriando, por favor, coma. - Continuou Raquel.Gisele se sentou sozinha na sala de jantar, cada vez mais perdendo o
Felipe não respondeu, em vez disso, se dirigiu rapidamente para fora da casa.Em breve, um carro de luxo saiu disparado da propriedade...Dias se passaram sem que Gisele visse Felipe, apenas Raquel entregava suas refeições nos horários. Aquele dia não foi exceção.Após o jantar, Raquel arrumava a mesa quando ouviu um som alto, o vidro da caixa de jantar se quebrou em pedaços.Raquel parecia nervosa. - Oh, olhe como sou desajeitada! Srta. Gisele, vou limpar de imediato. - Disse Raquel, apressadamente.- São pedaços de vidro, cuide das mãos. - Aconselhou Gisele, olhando para os cacos de vidro no chão.- Obrigada, Srta. Gisele, vou ter cuidado. - Respondeu Raquel, prontamente.Gisele assentiu, bocejou várias vezes, sem saber por quê, se sentiu sonolenta e exausta. Olhou para o relógio na parede e percebeu que era apenas por volta das sete horas.Será que era por não ter dormido bem na noite passada?Gisele subiu as escadas com as pernas trêmulas, ao entrar no quarto, adormeceu num instan
Do amor ao ódio, no final, não conseguiu escapar dessas palavras.Ele parou, deixando para ela apenas a impiedosa visão das suas costas. - Então, me odeie. - Disse Felipe, com a voz mais indiferente possível.Os olhos de Gisele se encheram de lágrimas, a visão se tornando cada vez mais embaçada, até que a figura indiferente desapareceu completamente. Ela não pôde mais se conter, chorando copiosamente...Acreditava que poderia encerrar aqueles onze anos, mas, inesperadamente, acabou assim.Lá fora, tudo estava mergulhado na escuridão. Ela olhou para a figura refletida no vidro, se vendo sozinha e sorriu amargamente.O amor de Gisele por Felipe era como as vastas estrelas no céu, cada amor uma estrela. No entanto, naquele momento, a última estrela se apagou, nunca mais ia brilhar...Não sabia quanto tempo se passou quando uma densa fumaça invadiu o quarto.A fumaça despertou sua atenção.Ela se esforçou para se levantar, correndo em direção à porta com passos vacilantes. Quando ela saiu
Era a primeira vez que ela o via assim.- Felipe... - Chamou Gisele, seus olhos rapidamente ficaram vermelhos.Ele sempre agia assim, oferecendo um raio de esperança em meio ao desespero dela, acendendo uma pequena chama de esperança. Mas dessa vez, a esperança não existia mais.Felipe olhou para a situação desolada dela, amaldiçoou baixinho e envolveu ela em seus braços, cobrindo sua boca e nariz com um pano úmido.- Você está bem? - Perguntou Felipe, preocupado.Ela agarrou seu casaco, balançando a cabeça sem parar, incapaz de controlar suas emoções, as lágrimas escorrendo...Diante da confusão de Gisele, ele tinha uma expressão complexa.- Está machucada? - Acalmou Felipe. Ela negou com a cabeça. Ele continuou. - Pode andar? Eles precisavam sair dali o mais rápido possível, antes que o fogo se espalhasse para o lado oeste. Gisele, com a ajuda dele, conseguiu se levantar. Embora suas pernas ainda estivessem um pouco fracas, já estava melhor do que antes, conseguindo usar sua força c
“Esta vez, quero que você se arrependa para sempre!”, pensava Gisele.- Me siga de perto! - Disse Felipe, segurando ela e correndo para fora.A janela no oeste era a única chance, atravessando a sala de estar levaria eles à liberdade!Ela apertou com força a mão dele, seguindo seus passos rapidamente em direção à sala de estar!As chamas rugiam intensamente, mas naquele momento, ela não tinha medo algum.Ao atravessarem a sala de estar, houve estrondos, o lustre de cristal começou a explodir e cair em chamas!Num instante, Gisele soltou a mão dele, usando toda a força para empurrar ele para fora!- Bang! O lustre de cristal caiu entre eles, explodindo e bloqueando o caminho dela!Num piscar de olhos, o fogo se espalhou!Ele foi empurrado para fora da janela e quando se virou, olhando para o incêndio. - Gisele! - Gritou Felipe, de modo louco.Ele tentou correr de volta, mas foi impedido por Francisco e os outros!- Sr. Felipe, não pode mais voltar! Não há chance de salvar ela! - Disse