Sasha leva alguns segundos para responder com um simples: “à vontade,” o que deixa Miguel um tanto decepcionado. Ele esperava que ela dissesse algo diferente, talvez algo mais possessivo, algo como: seria ela a dançar com ele, ou, que não iria compartilhar porque essa noite ele era dela, qualquer coisa, menos isso. Menos ceder, mantendo a postura educada que ele havia exigido dela, e nesse momento, ele sente uma ponta de frustração.Laila, satisfeita com a resposta, entrelaça a mão no braço de Miguel e delicadamente o guia para o meio dos outros casais. Mas Miguel não permite que se afastem muito, seus sentidos atentos a Sasha.A música clássica ressoa pelo salão, várias duplas tomando seus lugares no centro. Miguel finge se concentrar na dança, mas o toque de Laila em seu ombro é desconcertante, o cheiro dela enjoativo para ele. Ele suporta, sorrindo para ela como se estivesse plenamente engajado, mas internamente contando os minutos para que isso acabe.— Sinto muito, eu não sou bom
Sasha se sobressalta, assustada, piscando ao ver a imagem de Miguel refletida no espelho da pia. Ela não esperava encontrá-lo ali, tão de repente, e o susto faz seu coração disparar, a presença dele dominando o ambiente.— Indo a algum lugar, pequena lux lunaris? — Miguel pergunta, a voz dele baixa e carregada de tensão. Ele mal consegue pronunciar as palavras, tamanha é a força com que seu maxilar está trincado. A raiva dentro dele está à beira de transbordar.— Graças aos céus! — Sasha exclama, não escondendo o alívio em seu rosto, após o susto passar. — Eu estava preocupada de que você estivesse tão entretido com aquela humana, que me esqueceu — Sasha diz, seu tom ácido ao se referir a outra fêmea de sua espécie.Miguel inclina a cabeça levemente, seu olhar fixo nela, enquanto se encosta na porta do banheiro. Cada fibra do seu ser quer acabar com a pequena distância entre eles, quer pressioná-la contra a pia, esfregando-se nela até que o cheiro daquele velho maldito desapareça, sub
Sasha arfa contra a boca de Miguel, a sensação eletrizante de uma das mãos grandes e fortes dele apertando sua bunda por debaixo do vestido, enfiando com pressão os dedos em sua polpa nua, já que a calcinha é no estilo fio dental, enquanto a outra dá leves apertadas em seu pescoço, deixando-a completamente refém das vontades dele.Sasha sente as pernas tremular e usa os ombros de Miguel para se apoiar, e, como se ela não pesasse absolutamente nada, ele a ergue com apenas uma mão, colocando-a sentada na superfície de mármore fria da pia, esse contato a faz prender a respiração, o contraste da pedra fria com a pele febril de Sasha a faz sentir pequenos choques. Institivamente, ela abre as pernas, seu pequeno corpo convidando-o para mais perto, a fenda do vestido facilitando as coisas.Ela enlaça os braços no pescoço de Miguel, sentindo o calor tão quente emanando dele, ele rosna, mas não a impede do contato.— Se um dia permitir que qualquer outro a toque, fêmea, você não...Sasha não o
Sasha volta a enroscar os dedos nos cabelos de Miguel, o empurrando para baixo, indicando o que queria, porém, a boca dele permanece firme em seu pescoço, ignorando seus anseios, brincando com ela, algo não menos delicioso.Miguel a toma em outro beijo, Sasha toca o rosto dele com as mãos, ele permite, nunca nenhuma outra fêmea foi tão íntima dele, nunca permitiu que nenhuma o tocasse tanto como essa, mas ele nunca admitiria. Ela o toca com ternura e suspira durante o beijo, sentindo o beijo se tornando mais lento, mágico para ela.Sasha se afasta, buscando por ar, fazendo com que Miguel emitisse um grunhido de frustração. Mas, diferente dela, ele ainda tem muito ar, e continua a tocá-la com os lábios, a língua e os dentes, fazendo seu caminho pela garganta dela, explorando, arranhado, fazendo com que ela fique completamente mole.Sasha choraminga, afoite, quando as mãos dele finalmente voltam para seus seios. Ela desliza os dedos novamente para os cabelos de Miguel, empurrando outra v
A visão do carro se aproximando enche a visão de Lovetta, que observa com os olhos fixos na imagem através da janela de sua toca.Seu coração bate forte, mas não de emoção. O ódio borbulha dentro dela, a raiva e frustração apertando o seu medo, junto com um medo de não conseguir seu objetivo de se fazer permanente nessa matilha, faz suas unhas de Lovetta cravam-se no peitoril da janela.Ela é quem deveria estar naquele carro, ao lado de Miguel, provando o quão digna e útil é para ele, não apenas na matilha, mas no mundo humano também e não a humana imunda que ele levou em seu lugar, apenas para aumentar o castigo que a impôs confinada nessa toca temporária.A cada segundo que passa, cada metro que o carro se aproxima, a raiva intensifica dentro dela, esses dois dias dentro da toca não a deixou pensar com clareza, ela está se correndo para poder sair, se provar e não correr o risco de ter que voltar.Nunca mais — ela pensa, se recusando a voltar para a matilha de seus pais. Já que eles
— O banho de loja digno de uma rainha, foi mesmo dado a uma escrava — a voz de Lukan, interrompendo os pensamentos de Lovetta a faz se sobressaltar.Ela estava tão focada na cena do lado de fora que não percebeu a aproximação dele, agora parado ao seu lado na janela, observando Miguel e Sasha com um olhar calculista.Lovetta se vira rapidamente para o macho ao seu lado, os olhos faiscando de raiva e surpresa. A forma sorrateira com que ele entrou em sua toca a irrita.O Genuíno Beta –atualmente, apenas Lukan tem esse título, ele é conhecido assim porquê entre os betas na matilha do Genuíno Alfa, ele é o mais forte. Ganhou esse título após vencer todos os outros em combate, mas agora que novos betas entraram, logo uma nova competição irá acontecer.Lukan desvia o olhar para Lovetta, estudando-a com uma calma calculada. Sua expressão serena mascarando suas verdadeiras intenções, enquanto um sorriso brinca em seus lábios.— Acho que a humana soube bem como agradar a um lycan — ele coment
— Por que ela ainda não acordou? — Miguel indaga, a voz grave reflete sua preocupação e impaciência por ver seu filhote nessa situação. Por dentro, ele controla a raiva pelo Alfa Dante ainda não ter aparecido com os culpados para que ele pessoalmente caçasse e estraçalha-se quem ousou feri-la.— Não a razão, Genuíno — Luciana aperta uma mão sobre a outra, tão apreensiva quanto Miguel pelo estado da menina.De pé, ao lado da cama, os olhos de Miguel ficam fixos na figura de Kesha, que parece repousar tranquilamente, mas ele e seu lobo se sentem muito inquieto com a serenidade no rosto dela.O corpo dela agora está completamente curado, sem nenhum sinal de que queimou, depois dos longos setes dias sendo torturado vendo-a tão indefesa lutando para sobreviver, quase morrendo como se fosse um humano, Miguel finalmente respira aliviado.Ele observa os cabelos de Kesha, estão crescendo, quase do tamanho que eram antes de serem completamente queimados e Luciana ter que raspa-los com cuidado,
Por um momento, o tempo parece parar. O quarto fica em silêncio, a respiração de Kesha ainda rápida, mas algo começa a mudar. Os olhos dela, antes distantes, começam a focar, lágrimas começam a rolar dos olhos dela, seu peito subindo e descendo.— Papai... — Kesha murmura, a voz dela fraca, mas o suficiente para encher Miguel de um alívio profundo.Ele a puxa suavemente para um abraço, sentindo o corpo dela finalmente relaxar, como se estivesse deixando para trás os horrores que a mantinham cativa.Luciana solta um choro de alívio, as lágrimas escorrendo livremente pelo rosto enquanto agradece à deusa Selene por Kesha finalmente despertar. A emoção dela é palpável, um misto de gratidão e alegria que transborda enquanto observa a jovem finalmente retornar ao mundo dos vivos.Os minutos passam, e Miguel continua acariciando os cabelos de Kesha, seus dedos deslizando suavemente pelos fios, em um gesto reconfortante e protetor. Ele permanece ao lado dela, sentindo cada soluço, cada tremor