Miguel não se incomoda em bater na porta do banheiro; ele simplesmente a abre, entrando sem cerimônia. A visão que o recebe o faz parar por um instante. Sasha, diante do espelho grande, perdida em seu próprio reflexo, alisa o vestido de gala que ele, na noite anterior, escolheu meticulosamente para ela.O tecido vermelho acetinado abraça às curvas da humana de uma maneira que faz Miguel desejar não precisar sair desse quarto nessa noite. Cada centímetro do pano realçando a figura da fêmea de uma forma quase hipnotizante. Miguel sente o desejo se acender dentro de si, o sangue correr em suas veias e se concentrando no seu pau.Os olhos de Sasha se encontram com os de Miguel pelo reflexo do espelho e se vira lentamente, ficando de frente para Miguel. Com um gesto nervoso, ela coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha, ela morde o lábio, sentindo-se tímida sob o olhar dele.Os olhos de Miguel deslizam sobre ela, detendo-se no decote em V do vestido, que desce audaciosamente até abaixo d
Após entrarem no ambiente luxuoso, a atmosfera é imediatamente carregada de poder e opulência. Vários empresários e políticos se aproximam para cumprimentar Miguel, cada um com palavras polidas e sorrisos ensaiados. O lycan mantém sua postura impecável, respondendo a cada saudação com uma cortesia medida, não deixando transparecer seu desgosto de estar perto de tantos humanos.As mulheres que se aproximam, no entanto, não permanecem por muito tempo. Miguel percebe o padrão, notando como as fêmeas humanas hesitam e desviam o olhar e logo se afastam, deixando-o intrigado. Um pequeno sorriso curva seus lábios, seus instintos lhe dizendo que a razão para essa retirada rápida é Sasha.Ele observa, com uma mistura de curiosidade e satisfação, sempre que uma mulher se aproxima, Sasha não espera ser apresentada; ela mesma toma a iniciativa, com uma elegância tranquila, com um tom de voz que sugere tanto confiança quanto uma sutil possessividade.Será que pode ser ciúmes?A ideia surpreende Mi
Sasha leva alguns segundos para responder com um simples: “à vontade,” o que deixa Miguel um tanto decepcionado. Ele esperava que ela dissesse algo diferente, talvez algo mais possessivo, algo como: seria ela a dançar com ele, ou, que não iria compartilhar porque essa noite ele era dela, qualquer coisa, menos isso. Menos ceder, mantendo a postura educada que ele havia exigido dela, e nesse momento, ele sente uma ponta de frustração.Laila, satisfeita com a resposta, entrelaça a mão no braço de Miguel e delicadamente o guia para o meio dos outros casais. Mas Miguel não permite que se afastem muito, seus sentidos atentos a Sasha.A música clássica ressoa pelo salão, várias duplas tomando seus lugares no centro. Miguel finge se concentrar na dança, mas o toque de Laila em seu ombro é desconcertante, o cheiro dela enjoativo para ele. Ele suporta, sorrindo para ela como se estivesse plenamente engajado, mas internamente contando os minutos para que isso acabe.— Sinto muito, eu não sou bom
Sasha se sobressalta, assustada, piscando ao ver a imagem de Miguel refletida no espelho da pia. Ela não esperava encontrá-lo ali, tão de repente, e o susto faz seu coração disparar, a presença dele dominando o ambiente.— Indo a algum lugar, pequena lux lunaris? — Miguel pergunta, a voz dele baixa e carregada de tensão. Ele mal consegue pronunciar as palavras, tamanha é a força com que seu maxilar está trincado. A raiva dentro dele está à beira de transbordar.— Graças aos céus! — Sasha exclama, não escondendo o alívio em seu rosto, após o susto passar. — Eu estava preocupada de que você estivesse tão entretido com aquela humana, que me esqueceu — Sasha diz, seu tom ácido ao se referir a outra fêmea de sua espécie.Miguel inclina a cabeça levemente, seu olhar fixo nela, enquanto se encosta na porta do banheiro. Cada fibra do seu ser quer acabar com a pequena distância entre eles, quer pressioná-la contra a pia, esfregando-se nela até que o cheiro daquele velho maldito desapareça, sub
Sasha arfa contra a boca de Miguel, a sensação eletrizante de uma das mãos grandes e fortes dele apertando sua bunda por debaixo do vestido, enfiando com pressão os dedos em sua polpa nua, já que a calcinha é no estilo fio dental, enquanto a outra dá leves apertadas em seu pescoço, deixando-a completamente refém das vontades dele.Sasha sente as pernas tremular e usa os ombros de Miguel para se apoiar, e, como se ela não pesasse absolutamente nada, ele a ergue com apenas uma mão, colocando-a sentada na superfície de mármore fria da pia, esse contato a faz prender a respiração, o contraste da pedra fria com a pele febril de Sasha a faz sentir pequenos choques. Institivamente, ela abre as pernas, seu pequeno corpo convidando-o para mais perto, a fenda do vestido facilitando as coisas.Ela enlaça os braços no pescoço de Miguel, sentindo o calor tão quente emanando dele, ele rosna, mas não a impede do contato.— Se um dia permitir que qualquer outro a toque, fêmea, você não...Sasha não o
Sasha volta a enroscar os dedos nos cabelos de Miguel, o empurrando para baixo, indicando o que queria, porém, a boca dele permanece firme em seu pescoço, ignorando seus anseios, brincando com ela, algo não menos delicioso.Miguel a toma em outro beijo, Sasha toca o rosto dele com as mãos, ele permite, nunca nenhuma outra fêmea foi tão íntima dele, nunca permitiu que nenhuma o tocasse tanto como essa, mas ele nunca admitiria. Ela o toca com ternura e suspira durante o beijo, sentindo o beijo se tornando mais lento, mágico para ela.Sasha se afasta, buscando por ar, fazendo com que Miguel emitisse um grunhido de frustração. Mas, diferente dela, ele ainda tem muito ar, e continua a tocá-la com os lábios, a língua e os dentes, fazendo seu caminho pela garganta dela, explorando, arranhado, fazendo com que ela fique completamente mole.Sasha choraminga, afoite, quando as mãos dele finalmente voltam para seus seios. Ela desliza os dedos novamente para os cabelos de Miguel, empurrando outra v
A visão do carro se aproximando enche a visão de Lovetta, que observa com os olhos fixos na imagem através da janela de sua toca.Seu coração bate forte, mas não de emoção. O ódio borbulha dentro dela, a raiva e frustração apertando o seu medo, junto com um medo de não conseguir seu objetivo de se fazer permanente nessa matilha, faz suas unhas de Lovetta cravam-se no peitoril da janela.Ela é quem deveria estar naquele carro, ao lado de Miguel, provando o quão digna e útil é para ele, não apenas na matilha, mas no mundo humano também e não a humana imunda que ele levou em seu lugar, apenas para aumentar o castigo que a impôs confinada nessa toca temporária.A cada segundo que passa, cada metro que o carro se aproxima, a raiva intensifica dentro dela, esses dois dias dentro da toca não a deixou pensar com clareza, ela está se correndo para poder sair, se provar e não correr o risco de ter que voltar.Nunca mais — ela pensa, se recusando a voltar para a matilha de seus pais. Já que eles
— O banho de loja digno de uma rainha, foi mesmo dado a uma escrava — a voz de Lukan, interrompendo os pensamentos de Lovetta a faz se sobressaltar.Ela estava tão focada na cena do lado de fora que não percebeu a aproximação dele, agora parado ao seu lado na janela, observando Miguel e Sasha com um olhar calculista.Lovetta se vira rapidamente para o macho ao seu lado, os olhos faiscando de raiva e surpresa. A forma sorrateira com que ele entrou em sua toca a irrita.O Genuíno Beta –atualmente, apenas Lukan tem esse título, ele é conhecido assim porquê entre os betas na matilha do Genuíno Alfa, ele é o mais forte. Ganhou esse título após vencer todos os outros em combate, mas agora que novos betas entraram, logo uma nova competição irá acontecer.Lukan desvia o olhar para Lovetta, estudando-a com uma calma calculada. Sua expressão serena mascarando suas verdadeiras intenções, enquanto um sorriso brinca em seus lábios.— Acho que a humana soube bem como agradar a um lycan — ele coment