— Em todos os meus anos de vida, nunca fiquei tão surpreso como hoje — Dante comenta, com uma calma que contrasta com o peso de suas palavras.Ele se inclina levemente para trás, seu rosto inexpressivo.Miguel arqueia uma sobrancelha, analisando-o com cautela. Ele conhece Dante há mais de seis décadas, e sabe que o Alfa não costuma se deixar abalar facilmente.— O que quer dizer, Dante? — Ele pergunta, sua voz controlada.— Sua escrava — Dante responde, a voz firme, sem um traço de hesitação.Miguel sente a irritação crescer em seu peito com a menção de Sasha.— O que tem ela? — Ele pergunta, a paciência começando a se esgotar.— Não imaginei que seria justamente ela — Dante enfatiza, deixando claro que já conhecia a humana que agora é propriedade de Miguel, e que essa revelação não agradou a Miguel.Miguel segura a vontade de rosnar em desaprovação no tom de voz do alfa à sua frente. Ele se inclina para frente, apoiando-se nos cotovelos, os olhos fixos em Dante com uma intensidade fer
Sasha limpa os pratos que usou para almoçar e senta-se por alguns momentos. Enquanto limpava os corredores pela manhã, subindo em escadas para retirar as teias de arranha dos pontos mais altos das paredes, ela se sentiu aliviada por Miguel não aparecer em nenhuma hora e a arrastar até o seu pai para fazê-la fatiar os dedos dela.Só de pensar nisso ela sente todo o seu corpo se arrepiar de uma forma nada agradável. Mas, para seu alívio, ele e todos os outros membros da matilha saíram bem cedo pela manhã, antes mesmo da noite virar dia.— Sasha, limpe as tocas desse corredor, a de Kesha também, não use produtos perfumados, em nenhuma das tocas, não pode alterar o cheiro.Foram as ordens de Luciana para essa tarde.E agora, após limpar todos os outros quartos, parada em frente à porta da toca de Kesha, Sasha respira fundo, se preparando mentalmente para o odor pungente que ontem fez o seu estômago revirar.Sasha hesita, sua mão pairando sobre a maçaneta, as memorias do que viu ontem inun
Sasha sente o calor do corpo de Miguel contra o dela, os braços dele a envolvendo de uma forma possessiva. O contato é firme, quase bruto, mas ao mesmo tempo, há uma estranha gentileza na maneira como ele a segura. Ela aperta os dedos sobre os ombros dele, para se equilibrar do abalo que a queda e a presença dele deixou.Seu coração martela contra o peito, ela tenta se afastar, mas Miguel não permite. O olhar dele intensamente fixo nos olhos dela, como se estivesse estudando cada reação, cada expressão.— Gostei da sua voz — Miguel murmura, sua voz baixa. Miguel inclina a cabeça, aproximando-se do ouvido da fêmea, Sasha prede a respiração, não querendo ficar ainda mais embriagada com o cheiro de Miguel. — E eu quero ouvir a doce melodia dos seus gemidos cantarolando o meu nome enquanto te faço gozar bem gostoso no meu pau.A respiração de Sasha falha, um tremor percorrendo seu corpo. As mãos de Miguel apertam ainda mais a cintura dela, em resposta ao seu toque, ela ofega. Os olhos de
Os olhos de Sasha se arregalam, o choque a percorre como uma onda de calor intenso. Instintivamente, ela tenta se afastar, como se o toque do lycan a estivesse queimando de uma forma nada positiva. Ou tenta, pois Miguel não à solta, mantendo-a firmemente em seus braços.Diferente de Sasha, que não consegue erguer o olhar para a senhora na porta, envergonhada por ter sido pega em “flagrante”, Miguel mantém o olhar fixo em seu rosto, sua expressão impassível, mas seus olhos carregados de algo perigoso e possessivo sem nem se importar com a presença de Luciana.— Eu... — Sasha tenta falar, mas as palavras morrem em sua garganta, sua voz sumindo em meio ao constrangimento e à confusão que a envolvem. Ela se sente vulnerável e exposta, uma mistura de emoções conflitantes que a deixam sem chão.— Me desculpe, Genuíno, não quis atrapalhar vocês, mas aconselho a não fazerem isso aqui, com um filhote inconsciente nada cama — as palavras de Luciana interrompem o momento, trazendo ambos
Sasha encara as cicatrizes em seu pescoço, três pequenas marcas que se estendem logo abaixo de sua orelha na horizontal.— Como eu consegui isso? — Ela murmura para si mesma, passando os dedos pelas cicatrizes. O toque suave na pele marcada traz um calafrio que faz sua pele arrepiar, mesmo o banheiro estando aquecido pelo vapor da água quente do chuveiro.A sensação do vazio que ela lembra que sentiu quando acordou no quarto do porão retornando em seu peito, perplexidade a envolve, como uma neblina espessa. Ela não consegue se recordar de como se feriu, ou...Se fui ferida — a duvida espreita, mas ela não se lembra de ninguém a machucado ali, mas, ela passou muito tempo dormir. Dias.Sasha solta um suspiro pesado, retirando a mão de seu pescoço, ela desvia o olhar das cicatrizes e volta a encarar seus olhos no reflexo do pequeno espelho redondo sobre a pia. Seus olhos, ainda vermelhos e inchados, denunciam o tanto que chorou nas ultimas meia hora.O banho que deveria ser um momento de
Sua mão treme levemente enquanto ela levanta para bater, mas em vez disso, ela apenas fica ali, respirando fundo, tentando reunir a força para o que virá a seguir.Ela sabe que Miguel está do outro lado, a ar puxado por suas narinas parecem mais frios, as sombras mais densas, e o silêncio incômodo, ela cola o ouvido na madeira da porta, não captando nenhum som. Ela engole em seco, seu pingo de coragem querendo ir embora.Sem bater, ela gira a maçaneta e a encontra aberta. Ela dá o primeiro passo para dentro.— Você realmente veio e ainda teve a audácia de entrar sem bater — a voz de Miguel ecoa pelo quarto, firme e levemente provocadora, observando-a fechar a porta de costas para ele. Sasha puxa o máximo de ar antes de se virar para o dono da voz atrás de si, seus olhos se encontram com o de Miguel, ele está sentado em uma poltrona, ao lado da janela, de frente para ela, a única luz no quarto é a do abajur.— Não podia recusar o chamado do meu mestre — Sasha responde, mantendo sua ca
Sasha sente outro arrepio percorrer sua espinha, eriçando cada pelo de seu corpo enquanto seus olhos absorvem a imagem imponente de Miguel. Sentado na poltrona, seu corpo esculpido banhado pela suave luz dourada do abajur, criando sombras que acentuam cada músculo, cada linha de força e poder.Sexy — a palavra grita em sua mente, mas logo ela se repreende, fazendo questão de se lembrar a razão de estar ali. No entanto, o nervosismo que a consome começa a se misturar com um desejo que, por mais que tente, ela não consegue ignorar.— Agora, escrava — ele repete, sua voz mais rouca do que antes, carregada de uma intensidade que faz o corpo de Sasha tremer. O comando é claro, e a expectativa em suas palavras é quase tangível, pressionando-a, exigindo uma resposta.Miguel mantém o olhar fixo no dela, seus olhos escurecendo com um desejo que ele não tenta esconder. Sasha sente como se cada movimento seu estivesse sendo analisado, julgado –o que realmente estava–. Ela se move devagar, o peso
Apesar de nunca ter feito isso antes, Sasha já leu muito e sempre pareceu fácil. Então, pode pegar o jeito. Está determinada, decida a fazê-lo gritar por ela, ao invés dela gritar por ele.Sem desviar o olhar do dele, ela entreabre os lábios e os leva até sua glande, fechando os lábios ao redor apenas da cabeça e o suga. Miguel respira profundamente, sentindo o calor escaldante dentro da boca dela contrastando a frieza dos lábios carnudos e macios. A reação dele a encoraja ainda mais, ela amolece a ponta de sua língua e dá uma pequena lambida na cabeça rechonchuda dele, antes de lambe o comprimento inteiro.Seu falo endurece sobre os dedos finos de Sasha, a língua dela o atiçando e quase jogando seu controle para os ares, a vontade de prende-las pelos cabelos e foder a boca dela gritando em sua mente. Sasha desvia o olhar para o membro e sentindo-se sedenta o leva à boca, um gemido escapa por entre seus lábios ao senti-lo ainda mais duro. Ela começa a movimentar a cabeça, para cima e