Sua mão treme levemente enquanto ela levanta para bater, mas em vez disso, ela apenas fica ali, respirando fundo, tentando reunir a força para o que virá a seguir.Ela sabe que Miguel está do outro lado, a ar puxado por suas narinas parecem mais frios, as sombras mais densas, e o silêncio incômodo, ela cola o ouvido na madeira da porta, não captando nenhum som. Ela engole em seco, seu pingo de coragem querendo ir embora.Sem bater, ela gira a maçaneta e a encontra aberta. Ela dá o primeiro passo para dentro.— Você realmente veio e ainda teve a audácia de entrar sem bater — a voz de Miguel ecoa pelo quarto, firme e levemente provocadora, observando-a fechar a porta de costas para ele. Sasha puxa o máximo de ar antes de se virar para o dono da voz atrás de si, seus olhos se encontram com o de Miguel, ele está sentado em uma poltrona, ao lado da janela, de frente para ela, a única luz no quarto é a do abajur.— Não podia recusar o chamado do meu mestre — Sasha responde, mantendo sua ca
Sasha sente outro arrepio percorrer sua espinha, eriçando cada pelo de seu corpo enquanto seus olhos absorvem a imagem imponente de Miguel. Sentado na poltrona, seu corpo esculpido banhado pela suave luz dourada do abajur, criando sombras que acentuam cada músculo, cada linha de força e poder.Sexy — a palavra grita em sua mente, mas logo ela se repreende, fazendo questão de se lembrar a razão de estar ali. No entanto, o nervosismo que a consome começa a se misturar com um desejo que, por mais que tente, ela não consegue ignorar.— Agora, escrava — ele repete, sua voz mais rouca do que antes, carregada de uma intensidade que faz o corpo de Sasha tremer. O comando é claro, e a expectativa em suas palavras é quase tangível, pressionando-a, exigindo uma resposta.Miguel mantém o olhar fixo no dela, seus olhos escurecendo com um desejo que ele não tenta esconder. Sasha sente como se cada movimento seu estivesse sendo analisado, julgado –o que realmente estava–. Ela se move devagar, o peso
Apesar de nunca ter feito isso antes, Sasha já leu muito e sempre pareceu fácil. Então, pode pegar o jeito. Está determinada, decida a fazê-lo gritar por ela, ao invés dela gritar por ele.Sem desviar o olhar do dele, ela entreabre os lábios e os leva até sua glande, fechando os lábios ao redor apenas da cabeça e o suga. Miguel respira profundamente, sentindo o calor escaldante dentro da boca dela contrastando a frieza dos lábios carnudos e macios. A reação dele a encoraja ainda mais, ela amolece a ponta de sua língua e dá uma pequena lambida na cabeça rechonchuda dele, antes de lambe o comprimento inteiro.Seu falo endurece sobre os dedos finos de Sasha, a língua dela o atiçando e quase jogando seu controle para os ares, a vontade de prende-las pelos cabelos e foder a boca dela gritando em sua mente. Sasha desvia o olhar para o membro e sentindo-se sedenta o leva à boca, um gemido escapa por entre seus lábios ao senti-lo ainda mais duro. Ela começa a movimentar a cabeça, para cima e
Por um instante, o silêncio entre eles é espesso, carregado de tensão e algo mais profundo que simples desejo. É uma batalha silenciosa pelo domínio, Sasha não abaixa a cabeça, seus olhos brilham vitoriosos encarando os deles.Ambos sabem que, por mais que Miguel seja o Genuíno Alfa, naquele momento, Sasha conseguiu o que queria: Ele gritou por ela, se rendeu e se entregou ao prazer que ela proporcionou, rendido, ainda que momentaneamente.Uma risada baixa rompe o silêncio, uma mistura de admiração e diversão evidente na expressão de Miguel enquanto seus lábios se esticam mostrando todos os dentes. Ele não perde tempo em deixar claro que apesar de seu momento de entrega, ainda é ele quem detém o controle e puxa os cabelos de Sasha com firmeza, fazendo-a se levantar.Miguel solta os cabelos dela, e suas mãos descem para o quadril feminino, trazendo-a para mais perto, inalando o cheiro delicioso da fêmea. O sorriso dele se amplia ao perceber como a pele dela se arrepia sob seu toque. Sem
Miguel sente a umidade de Sasha banhar os seus dedos enquanto o desliza pela fenda dela, brincando com as dobras macias, e por um breve momento, o controle que ele tanto preza vacila. A umidade dela é um testemunho silencioso do quanto ela está envolvida, do quanto ela se entregou, e isso acende algo ainda mais primal dentro dele.— Está tão encharcada — ele murmura, sua voz um sussurro rouco, carregado de provocação. — Tudo isso só porque gozei nessa sua boquinha, escrava?Sasha morde o lábio, tentando mante-se controlada enquanto sente os dedos deles passearem pelo local mais íntimo de seu corpo, brincando apenas com os grandes lábios. Mas, seu corpo novamente a trai e se esfrega na mão dele, procurando por mais contato.Miguel sorri ao perceber a reação dela, uma satisfação sombria brilhando em seus olhos. Ele esfrega de leve o clitóris inchado de Sasha, e um gemido alto escapa dos lábios dela, reverberando pela toca dele.— Tão sensível — ele murmura, quase rosnando em aprovação. O
Sasha, ainda atordoada pelo que acabou de acontecer, tenta encontrar palavras, mas tudo o que consegue fazer é encará-lo, sua mente tentando processar a intensidade do que acabara de vivenciar.Miguel se inclina sobre ela, seus dedos traçando o contorno do rosto de Sasha, enquanto ele observa cada pequena reação.— Você é linda gozando — ele diz, porém, Sasha mal consegue manter os olhos abertos, visivelmente muito cansada.Ele deveria toma-la por completo, e depois manda-la voltar para a toca que a deu, mas, ele não consegue, seu desejo não é fazer com ela o que ele faz com as outras, onde apenas se saciam e depois cada um para o seu canto.Só por hoje — ele diz a si mesmo, se permitindo deitar ao lado dela e puxa-la para seu peito.Sasha sente o calor dele contra seu corpo, sua respiração ainda irregular enquanto ela tenta processar tudo. Miguel a segura firmemente, não deixando espaço para dúvidas sobre a quem ela pertence agora.— Você merece uma recompensa — ele diz, acariciando a
A hora do almoço está quase acabando, e Sasha sequer foi comer, assim que terminou de limpar os quartos do corredor dos betas, ela foi para o seu próprio para aproveitar o presente que Miguel lhe deu.Enquanto seus dedos passam por cada corda, as lembranças da noite que compartilharam emergem em sua mente, fazendo seu estômago se contorcer e um calor subir por suas feições. Ela se lembra do jeito como ele a segurou, a intensidade de seus olhares, o modo como ele a chamou de “pequena lux lunaris.” Tudo parece surreal, como se estivesse vivendo um sonho do qual não quer acordar, mas também teme as consequências de seguir por esse caminho.— Nem acredito que ele realmente me deu isso — Sasha murmura para si mesma, os dedos terminando de afinar o instrumento.No momento em que recebeu o violão, na manhã de hoje assim que acordou e não sentiu o calor reconfortante em que dormiu, ela se lembrou que Luciana contou que ele havia comprado outros dois violões porquê os desenhos que estava fazen
— Genuíno, eu já...A voz de Lovetta morre ao inalar o cheiro que vem da toca de Miguel.Fêmea humana, escrava maldita! — Ela trinca os dentes ao constatar seu olfato, o ódio queimando dentro dela como um incêndio incontrolável.O instinto de rosnar tenta escapar de sua garganta, de mandar queimar a toca de Miguel e eliminar a rival, cresce dentro dela, a necessidade de dominar e reafirmar sua posição superior fervendo dentro dela, mas ela se controla. Apenas alguns minutos atrás, ela havia sido liberada de seu castigo, e o que ela queria era se redimir, ir até Miguel e agradá-lo com sua boca como uma forma de agradecimento e pedido de desculpas.Mas, agora, tudo parece contaminado pelo cheiro da humana. Ela nunca imaginou que, em seu curto período de castigo, aquela escrava ousaria se infiltrar nos domínios dele, seduzindo o macho que ela escolheu para si.A mente de Lovetta fervilha com raiva, e cada músculo de seu corpo se tenciona, ansiosa para agir, para punir a humana por sua au