Miguel organiza as últimas papeladas sobre a mesa dos ralatorios financeiros de seus cassinos, mas seus pensamentos ainda giram ao redor dos preparativos para a apresentação de Sasha como Genuína Lunam hoje a noite, antes de começar a analisar os papeis ele enviou a mensagem mental a todos os alfas ordenando que venham ao seu territorio.Enquanto guarda os documentos, o som abrupto da porta sendo aberta invade o escritório. Sua expressão não se altera e ele continua com o que está fazendo.— Não imaginei que viria tão rápido — Miguel comenta, ainda de costas.Mas então, o cheiro intenso de sangue enche o ar e o atinge com força, despertando uma sensação de urgência, Miguel se vira imediatamente e vê o Alfa Dante escorado no batente da porta, ele está usando uma roupa hispitalar, seu rosto está pálido e os olhos semicerrados de dor, o corpo completo de hematomar roxos, o sangue novo passando por cima do seco ao redor de suas feridas causadas por carras de lobos.Miguel atravessa o cômo
“Vou ter que dá um jeito então” — Lovetta murmura, sua voz mental carregada de uma determinação fria, como uma promessa silenciosa de que não deixará a situação fugir de seu controle. Ela ergue o corpo ainda mais, esticando-se ao máximo, as orelhas apontadas para cima e a calda baixa, querendo ficar o mais imponente possível diante tantos machos.Os olhos de Lovetta fixam intensamente nos lobos que avançam lentamente, um brilho de desafio cintilando em seu olhar.Com as patas firmemente plantadas na neve, Lovetta sente cada músculo de seu corpo enrijecer, preparando-se para liberar toda a sua dominância para poder subjugar a horda de lycans a sua volta. Ela reúne o poder que pulsa dentro de si, cada batida do seu coração ecoando como um tambor de guerra, o resultado de anos de treinamento rigoroso, pronta para demonstrar o porquê de ela pertencer a classe das Velut Lunas.Ela libera sua dominância, um fluxo poderoso e quase tangível de autoridade que irradia dela como uma onda, varren
— De que verdade está falando, Dante? — Miguel questiona, sua voz baixa.Dante solta um suspiro pesado, sua expressão endurecida pelo peso do que está prestes a revelar. Ele olha nos olhos de Miguel, que agora exalam a força e a fúria de um Genuíno Alfa. No entanto, sua mente volta para uma época distante, para quando Miguel ainda era apenas um filhote — um jovem curioso, com olhos brilhantes e uma alma que irradiava bondade. Dante se lembra de quando Miguel visitou sua alcateia pela primeira vez, para aprender sobre a individualidade de sua matilha, pois Miguel estava na época de visitar todas as matilhas para conhecer o povo que iria liderar no futuro.Miguel era um filhote gentil, de coração puro. Mesmo naquela tenra idade, ele não fazia distinções entre Betas, Lunaes, Lunas Cimexs, ou Ômegas. Dante recorda com clareza o tom seguro de Miguel ao dizer, com a sinceridade que só uma criança possui: "O dever de um Genuíno é cuidar de todos, porque ele é o mais forte." Aquela frase, tão
— Também descobri a verdade sobre a morte dos antigos Genuínos Alfas, o verdadeiro arquiteto por trás de tudo isso.Miguel sente seu corpo inteiro enrijecer, e uma onda de raiva percorre sua espinha. A dor da perda de seus pais, o desejo de vingança que carregou por tanto tempo, tudo parece emergir com mais força ao ouvir essas palavras. Ele fecha os punhos com tanta força que seus dedos estalam, e seus olhos se estreitam, faiscando com uma fúria contida.— Meus pais foram assassinados pela maldita bruxa Melody — ele rosna, as palavras saindo entre dentes cerrados. — Só preciso capturá-la de novo e garantir que, desta vez, eu a mate com minhas próprias mãos.Dante assente levemente, mas seu olhar permanece intenso, como se estivesse esperando que Miguel percebesse algo mais.— Sim, foi Melody quem os assassinou, mas… ela não agiu sozinha. Houve uma mente por trás disso, Genuíno. A bruxa foi apenas uma ferramenta... e foi enganada, manipulada para fazer o que fez.O silêncio que se seg
— Merda! — Mariana exclama, sua mente buscando alternativas para quebrar o escudo.Pedro atira outra vez, desta vez mirando cuidadosamente no ponto em que a barreira mágica parece mais fraca — na parte de traseira deles. Porém, no instante que a bala se aproxima, o ponto brilha com mais intensidade e o mesmo de antes acontece, a bala trêmula no ar e logo em seguida vira por.— Como iremos derrota-los, as balas de prata nem chegam perto, sua magia também não tem nenhum efeito, Mari — Pedro murmura, sentindo a desesperança se infiltrar em seu peito.Lovetta investe contra um dos lobos maiores, suas presas encontrando o pescoço do inimigo. Ela sente o gosto de sangue, mas o lobo se recupera com uma rapidez impossível, os ferimentos se fechando instantaneamente, como se a própria magia negra estivesse curando-o.Kesha não consegue machuca-los com suas presas e garras, mas usa o ambiente ao seu favor, fazendo-os bater nas arvores, chocarem-se um contra o outro enquanto usa a vantagem de se
Lovetta se joga contra ele, os dois rolando sobre a neve fria, um contraste gritante com o calor do sangue que mancha o chão. Eles se engalfinham, uma luta feroz e primal. Suas presas encontram o pescoço do lobo inimigo, cravando fundo enquanto sente as garras dele rasgarem sua lateral. O gosto metálico de sangue invade sua boca, mas ela não solta. Ele a morde de volta, mas Lovetta usa sua força restante para girar, esmagando o lobo contra o chão antes de finalmente quebrar seu pescoço com um estalo seco.Ela solta o corpo inerte do inimigo, ofegante, mas sem tempo para recuperar o fôlego. Seus olhos percorrem o campo de batalha, captando o humano está desacordado sangrando, então ela vê o movimento de Mariana. A bruxa está de olhos fechados, murmurando palavras em um idioma que Lovetta não compreende. O ar ao redor dela parece vibrar com energia, como se cada sílaba que Mariana pronuncia estivesse tentando romper uma barreira invisível.Espero que ela esteja conjurando contra esses m
A neve cede sob o peso das patas de Sasha enquanto ela corre pela floresta, o vento frio chicoteando seu pelo branco. Sua respiração está ofegante, mas constante, e seus sentidos estão em alerta máximo.Os lobos solitários estão logo atrás, suas presenças como sombras escuras e ameaçadoras que se aproximam cada vez mais. O rosnar e o estalar das patas no solo gelado são um lembrete constante do perigo iminente, e ela sente isso em casa músculo, mas se recusa a parar.Seu plano funcionou ⸺ todos os inimigos estão a seguindo, deixando os seus a salvo até que a ajuda chegue ⸺ mas o custo é alto. Agora, ela está sozinha contra todos.Bem, não tão sozinha.Meu filhote ⸺ Sasha estremece internamente, seu peito acelera com o medo que percorre por todas as suas células, ela sente vontade de choramingar, de clamar por Miguel, de se esconder atrás da presença dele e se sentir a salvo e seguro.A clareira finalmente se fecha em uma densa floresta, a qual Sasha estava muito curiosa para conhecer
A neve ao redor de Lovetta não está mais branca, está manchada de vermelho, um testemunho silencioso da batalha que aconteceu. Ela sente o gosto amargo da derrota em sua língua, seu estomago se revirando com os odores no ambiente.O ar está pesado, carregado com o cheiro de sangue e o repugnante cheiro de magia podre. Lovetta sente casa fibra de seu corpo parecer pesar toneladas, cada músculo gritar de dor enquanto tenta se mover novamente, suas patas se esticando sobre a neve gelada, mas a força a abandona a cada tentativa.A imagem de Sasha correndo e levando o perigo para ela e o futuro Genuíno Alfa em seu ventre piscam em sua mente, fazendo-a forçar a manter a consciência, que a mantêm lutando contra o desespero que ameaça engoli-la; Lovetta teta novamente, suas unhas cravando na neve enquanto tenta se levantar primeiro com as patas dianteiras.Mas seus membros estão fracos e trêmulos, incapazes de sustentar seu próprio peso, ela cai novamente, seu rosto lupino afundando na neve f