Mais uma vez me segurei para não ter o corpo e o sangue completo da Anastásia. Não poderia transar com ela por agora, não quando temos poucas horas até realmente estarmos seguros.Sei dos riscos que estou correndo em levar ela para a floresta negra, mas é o único lugar protegido para nós dois, longe da Victória, meu pai e minha suposta noiva arranjada pelo primeiro clã de vampiros.Não posso me casar com outra sem ser a Anastásia, ela é a única que despertou os sentimentos que estavam ocultos em mim e sem falar na conexão que sinto perto do seu corpo e do seu sangue, que é delicioso.— Podemos deixar suas coisas em um depósito, eu pago as despesas, não se preocupa. — Faço carinho em seu rosto, vendo-a sorrir de lado envergonhada.— Não posso ficar dependendo de você, isso é constrangedor para mim. — Ela comenta preocupada com o fato de deixar suas coisas.— Tudo bem só quis ser cavalheiro, mas eu pago mesmo assim e depois você me devolve ok... vamos achar um depósito seguro para você.
Não fazia ideia de que viajar no colo de um vampiro fosse tão bom e prazeroso. Em todos os momentos Hector me beijava e brincava comigo, me preocupava se fossemos bater em algo, mas ele parecia bem à vontade e eu entendo, provavelmente já decorou todo o caminho nesses anos todos.Quando chegamos à floresta, senti o mesmo cheiro de eucalipto quando eu era criança e pude ver do outro lado das árvores, os bancos do acampamento dos meus pais o que me deixou mais intrigada.— Hector... para aqui um pouco, por favor. — Peço para ele.— Tudo bem? — Hector pergunta sem entender.— Ham... sim, mas estamos perto do acampamento dos meus pais e... aqui é a floresta que eu tinha medo... agora tenho certeza! — Conto descendo do seu colo.— Então você... tem certeza que era essa floresta que você tinha medo? — Hector pergunta querendo confirmar algo.— Sim absoluta..., está me escondendo alguma coisa? — Rebato curiosa vendo-o olhar o chão e depois me encarar.— Sim, vi algo, mas não entendi o por qu
Sentir o corpo pequeno e gostoso da minha humana acabava comigo, queria a todo momento ficar acariciando e cuidando dela, o que fiz a noite toda e não foi o bastante.Enquanto olhava ela dormir, passaram-se mil cenas sobre seus sonhos e os tais vampiros que estavam atrás dela quando criança. Queria achar os desgraçados e acabar de uma vez por todas com isso, para deixar minha Anastásia em paz e sem medo, mas não era tão fácil assim, sem falar na briga que criei com o primeiro clã e meu pai, por não aceitar minha união com Medyson, uma vampira mimada e ridícula que faz de tudo para me atormentar e ainda por cima é filha do líder do primeiro clã de vampiros, o que dificulta as coisas para mim.Toco o rosto da minha humana, sorrindo como bobo pelos seus traços perfeitos e encantadores enquanto ela dorme tranquila. Aproximo minha boca do seu pescoço e solto um beijo delicado e molhado, sentindo seu corpo se arrepiar.De repente sinto as mãos passeando em meus cabelos, dou um sorriso contr
Definitivamente eu não estava preparada para tal pedido que Hector havia me feito, e não estava nem um pouco preparada para reencontrar meus pais. Não que eu não gostasse deles, mas nossa relação era extremamente delicada, enquanto morava com eles tentava manter a cabeça em ordem sem dar bola para suas ofensas diárias e provocações. Funcionava assim, minha mãe colocava a culpa de tudo que acontecia em mim e adorava me chamar de irresponsável, enquanto meu pai, me diminuía e me comparava com meus primos, que sempre foram os melhores em tudo, na sua visão.Só de imaginar nós três frente a frente, o café parecia parar na garganta, fazendo eu me engasgar facilmente.— Anastásia? — Hector me chama, puxando-me dos pensamentos chatos.— Hummm... está tudo bem, eu... só estou pensando como vamos chegar, o que vou falar e pior, como vou explicar sobre nós? Não posso dizer que você é vampiro e que me perseguia por aí! — Despejo tudo nervosa, enquanto levanto e levo a louça até a grande pia marr
Era errado da minha parte e espécie dizer que pela primeira vez em todos esses anos eu realmente estava amando alguém... ou melhor uma humana, a quem minha espécie tanto odeia. Não esperava que fosse tão intenso como está sendo, no entanto aconteceu e tem sempre a primeira para tudo. Assim meu coração foi lançado por Anastásia Underwood, por quem eu estou perdidamente louco e apaixonado. Sei que estou quebrando todas as regras por uma humana, mas uma humana que vale a pena correr todos os riscos e perigos.Após o melhor sexo regado a prazer, desejo e amor de ambas as partes, voltamos a encarar outro problema, a ida até a casa dos pais de Anastásia. Sabia claramente que isso afetaria ela mesmo querendo esconder a tensão e medo. Mas não deixarei nada de mal acontecer a ela, estamos juntos e meu dever é manter ela segura e feliz, mesmo que no começo posso ter parecido um psicopata como ela falou.Tomamos um bom banho e nos vestimos, a todo momento ela olhava para mim e sorria de lado com
Sabia que ele não havia mudado e isso me deixava triste por meu pai não ter amadurecido o suficiente para ver com outros olhos a única filha que sempre tentou ficar por perto.— Sabe pai eu amadureci, mas me enganei em relação a você, pensei que não ia se importar com coisas bobas do passado, já que sou a única parente próxima que ainda vem visitá-lo. E, ham... cadê a mamãe? Ela está lá dentro? — Pergunto, olhando para a porta.— Gostei... — Hector sussurra enquanto coloca seu braço em volta do meu pescoço.Dou um sorriso largo me sentindo realizada e corajosa o suficiente para “falar" com meus pais.— Ham... é, ela está lá dentro preparando uns brindes aos vencedores da gincana... venham. — Meu pai chama de forma envergonhada.Essa sensação de libertação é uma das melhores coisas que poderia sentir em meus 22 anos, queria sorrir, gargalhar e gritar, por finalmente ter deixado meu pai sem palavras. Igual quando ele e minha mãe me faziam ficar quando era mais nova.— Grace! Temos visit
Estava tenso e sem reação, com dificuldade para acreditar que o meu pai era o homem dos sonhos da Anastásia. Mas por que... qual motivo o levou a caçá-la? Isso não faz sentido, não pode ser verdade.Agarro o corpo da Anastásia e corro com toda velocidade possível para a floresta, se minha humana está em perigo por causa do meu pai, preciso escondê-la.— Não vai a lugar nenhum, Hector, não antes de devolver a minha criança! — Orfeu para a minha frente, com um sorriso macabro.— Ela é minha! não sua! E nem pense em se aproximar ou transformo ela agora mesmo! — Ameaço, fazendo-o parar e dar dois passos para trás, como se estivesse com receio.— Não seja ridículo! me entregue essa garota e não precisarei te matar! — Orfeu diz enfurecido, enquanto Medyson e Victória se aproximam de mim.— Por que você quer tanto ela? — Pergunto querendo botar um fim nesse mistério.Orfeu ri de mim assim como as duas, que me encaram atentas a qualquer movimento que eu der.— Ela foi uma das crianças seleci
Acordo na cabana do Hector, não me lembro de como e quando vim parar aqui, mas o desespero de ter visto o homem dos meus “pesadelos” real e na minha frente, fez com que eu me sentasse na cama e gritasse. Fecho meus olhos e tampo meus ouvidos, com medo de encontrá-lo.— Anastásia, calma! estou aqui... está tudo bem. — Olho para cima e Hector já está com seus braços ao redor de mim, e Brendon está na porta do quarto.— O... quê? como? Como viemos para cá? Conseguimos fugir? — Pergunto ofegante limpando os olhos.— Brendon, nos dá licença por um instante, quero conversar e explicar algumas coisas para ela. — Hector pede ao Brendon, que dá um leve aceno e se retira.— Explicar o que, Hector? — Pergunto curiosa, me afastando aos poucos do seu abraço.— Calma... vem cá, quero te beijar antes de conversarmos. — Hector agarra minha cintura e me puxa para seu colo, deixando-me cara a cara com ele.Sem esperar ele aproxima meu rosto do seu, passando com carinho seus polegares nas minhas bochech