Sombras do Passado

Quando Alice chegou ao apartamento de Miguel naquela noite, ele havia preparado uma atmosfera completamente diferente. Velas iluminavam a sala, e a mesa estava posta com pratos cuidadosamente arrumados. Havia vinho tinto e uma trilha sonora envolvente preenchendo o espaço.

"Você fez tudo isso para mim?" perguntou Alice, surpresa.

"Você merece mais do que noites impulsivas. Quero mostrar a você o que significa ser realmente cuidado," respondeu Miguel, segurando-a pela cintura.

O jantar foi regado a conversas profundas e olhares significativos. Miguel abriu-se mais sobre sua vida, sobre como havia aprendido a valorizar conexões genuínas. Alice, por sua vez, falou de seus medos e de como Gabriel e outros homens em seu passado haviam a feito sentir-se apenas como um desejo passageiro.

Após o jantar, Miguel a guiou até o quarto, onde um ambiente igualmente preparado os aguardava. Desta vez, tudo foi mais lento, mais exploratório. Miguel usou cada toque e cada beijo para mostrar a Alice que o desejo não precisava ser apenas intenso, mas também profundo.

Enquanto Alice começava a se abrir mais para Miguel, um novo desafio surgiu. Débora, com sua energia usual, a chamou para uma reunião de amigas. Durante a conversa, Débora soltou casualmente: "Você sabia que Gabriel perguntou por você no clube na semana passada? Acho que ele ainda não superou você."

Essas palavras mexeram com Alice. Apesar de tudo, Gabriel ainda exercia uma atração inexplicável sobre ela. Ao mesmo tempo, sua conexão com Miguel parecia crescer em intensidade e profundidade. Alice se viu mais uma vez dividida entre o passado e o presente, entre a sombra e a luz.

Uma noite, enquanto estava sozinha em casa, Alice recebeu uma mensagem inesperada de Gabriel. "Sinto sua falta. Posso te ver?"

Ela olhou para a mensagem por vários minutos, lutando contra o turbilhão de emoções que tomou conta dela. Não respondeu. Em vez disso, foi até a cozinha e serviu-se de uma taça de vinho, tentando decidir o que realmente queria.

Sua mente estava cheia de pensamentos sobre Gabriel, Miguel e até mesmo Débora. Em meio a tudo isso, Alice percebeu que, no final, a escolha precisava ser sobre ela mesma e sobre o que realmente a fazia feliz.Alice acordou no dia seguinte com os primeiros raios de sol filtrando pela janela do quarto. Seu corpo ainda carregava os vestígios de uma noite de entrega, e sua mente estava inquieta. Enquanto passava os dedos pela pele macia do lençol, lembranças de Gabriel e Miguel disputavam espaço em seus pensamentos, cada um com sua intensidade, suas promessas não ditas e os desejos que despertavam nela.

Ela se levantou, caminhando nua até a cozinha, onde preparou uma xícara de café. O silêncio da manhã parecia amplificar suas emoções. Cada gole quente a fazia refletir sobre como aqueles homens haviam tocado partes dela que antes pareciam adormecidas. A intensidade de Gabriel era como um incêndio, consumindo tudo à sua volta. Miguel, por outro lado, era uma chama constante, aquecendo-a de dentro para fora.

Mas Alice sabia que havia chegado a um momento crucial. Não podia continuar a se deixar levar pelas marés de suas emoções sem controle. Precisava decidir o que realmente queria, não apenas entre eles, mas para si mesma.

Enquanto pensava, o som de uma mensagem interrompeu seu devaneio. Era Miguel, perguntando se poderiam se encontrar para um almoço discreto. Sem hesitar, Alice respondeu com um simples "Sim". Havia algo nele que a fazia querer explorar mais, descobrir as profundezas de sua alma e do desejo que compartilhavam.

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