Ecos do Desejo

Os dias seguintes foram diferentes para Alice. Ela sentia o toque de Miguel ainda presente em sua pele, como uma lembrança indecifrável que não a deixava em paz. O trabalho parecia mais monótono, as reuniões mais longas, e até mesmo as conversas casuais com Débora não conseguiam distrair sua mente.

Certa noite, enquanto o vento soprava forte do lado de fora de sua janela, Alice decidiu enviar uma mensagem para Miguel. "Preciso te ver." A resposta veio quase instantaneamente: "Venha para mim." Havia algo na simplicidade das palavras dele que a desarmava completamente.

Ao chegar ao apartamento de Miguel, Alice encontrou a porta entreaberta, uma música suave tocando ao fundo. Ele a esperava no sofá, vestindo apenas calças de moletom, o peito desnudo revelando uma sensualidade despreocupada. Ele se levantou, atravessando a sala com uma confiança que fazia o coração dela acelerar.

"Você veio," disse ele, puxando-a delicadamente para um beijo que começou suave, mas rapidamente tornou-se feroz.

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Miguel a conduziu pela sala, suas mãos explorando suas curvas com uma familiaridade recém-descoberta. Ele a encostou contra a parede, suas bocas se encontrando novamente, desta vez em um frenesi quase animalesco. Alice sentiu as paredes ao seu redor desaparecerem; havia apenas eles dois naquele momento.

"Você é um enigma, Alice,”o “ murmurou, os lábios roçando o pescoço dela enquanto suas mãos deslizavam pela lateral de seu corpo. "E eu quero decifrá-la por completo."

As roupas foram abandonadas pelo caminho, deixando um rastro de tecidos que marcava a jornada até o quarto. Ali, à luz fraca que entrava pela janela, Miguel a admirou como se fosse uma obra de arte. Ele não tinha pressa, e essa calma fazia cada toque parecer ainda mais eletrizante.

Deitados na cama, Miguel usou suas mãos e boca para explorar cada centímetro de Alice, provocando-a até que ela não pudesse mais conter os gemidos. "Você gosta de ser provocada, não é?" sussurrou ele com um sorriso. Alice não conseguiu responder; ela estava perdida em uma onda de prazer que parecia não ter fim.

Depois de uma noite intensa, os dois permaneceram deitados lado a lado, o silêncio entre eles repleto de significados. Alice não conseguia se lembrar da última vez que havia sentido algo tão profundo e sincero. Miguel a olhava com uma mistura de curiosidade e desejo, como se estivesse tentando desvendar os segredos que ela ainda escondia.

"Isso não é só sobre sexo, é?" perguntou ela, quebrando o silêncio.

Miguel balançou a cabeça, tocando levemente o rosto dela. "Não, Alice. Isso é sobre você se permitir sentir, se permitir ser vulnerável."

Essas palavras ressoaram profundamente nela. Pela primeira vez, ela percebeu que o que mais a atraía em Miguel não era apenas o desejo físico, mas a maneira como ele fazia com que ela se sentisse vista e compreendida.O dia seguinte trouxe uma leveza inesperada para Alice. Enquanto tomava café em sua cozinha, lembrava-se dos momentos com Miguel, a intensidade, mas também a conexão. Ele não era como os outros. Havia algo em seu jeito de olhar para ela que a fazia sentir-se mais do que apenas desejada; ela se sentia compreendida.

Enquanto isso, Miguel, sozinho em seu apartamento, revisitava os momentos com Alice. Havia algo nela que mexia com ele de maneiras que ele não estava acostumado. Seus pensamentos foram interrompidos por uma notificação no telefone. Uma mensagem de Alice: "A noite passada foi... mais do que eu esperava. Quero ver você de novo."

Ele sorriu, sentindo uma excitação crescer dentro de si. Respondeu rapidamente: "Venha hoje à noite. Tenho algo especial para você."

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