jantar da alta sociedade estava em andamento, repleto de risos falsos e negociações escondidas por olhares discretos. Beatriz e Davi entraram no salão, suas presenças instantaneamente notadas. Eles não estavam ali apenas para manter aparências. Aquela noite era um campo de batalha.Enquanto Beatriz fingia interesse em uma conversa com um influente investidor, Davi se afastou, seguindo para uma sala privativa onde um de seus contatos o esperava. As informações que ele prestes a receber mudariam todo o rumo do jogo.Entretanto, alguém também os observava. Um olhar atento e predador acompanhava cada um de seus passos.O jogo de poder havia começado. E a primeira jogada seria mortal.A reunião secreta de Davi não saiu como o esperado. O contato que ele esperava nunca apareceu. Em vez disso, uma mensagem anônima chegou ao seu celular: "Você está sendo vigiado."Enquanto isso, Beatriz percebeu que estava sendo seguida. Ela saiu discretamente do salão e caminhou pelos corredores escuros do h
Na manhã seguinte, Beatriz entrou na Bernardes Corporation sentindo o peso do que estava por vir. Seu olhar varreu o ambiente enquanto caminhava até sua sala. Tudo parecia normal, mas havia algo no ar—uma tensão silenciosa que a fazia sentir que estavam sendo observados.Davi convocou uma reunião de emergência com a diretoria. Quando todos estavam presentes, ele lançou um olhar gelado para Augusto, que permaneceu impassível.— Há informações vazando de dentro da empresa — Davi começou, sua voz firme. — E alguém aqui está envolvido nisso.Os olhares se cruzaram na mesa de conferência. Alguns demonstravam surpresa, outros desconforto. Mas Augusto apenas ergueu uma sobrancelha, mantendo a compostura.— E você já tem um suspeito? — Augusto perguntou, sua voz firme, mas com um leve tom de desafio.Davi cruzou os braços.— Ainda não. Mas pretendo descobrir.Beatriz sentiu um arrepio. Se Augusto fosse realmente o traidor, ele não entregaria nada facilmente. E, pior, poderia tentar atacar pri
A cidade estava mergulhada em um silêncio inquietante quando Beatriz e Davi deixaram o apartamento naquela noite. O ar frio cortava a pele, mas o verdadeiro calafrio vinha da incerteza sobre os próximos passos de Augusto.— Fernando conseguiu rastrear alguma coisa? — Beatriz perguntou enquanto caminhavam até o carro.Davi balançou a cabeça, o semblante carregado.— Ele encontrou um possível esconderijo. Um armazém abandonado na zona industrial. Se Augusto está tramando algo, pode ser lá que ele esteja reunindo aliados.Sem hesitar, os dois seguiram até o local indicado. O caminho era deserto, e apenas algumas luzes tênues iluminavam a estrada. O armazém parecia uma relíquia esquecida no tempo, mas havia sinais de movimentação recente.Davi estacionou o carro a uma distância segura. Beatriz sentiu a adrenalina pulsar em suas veias quando ele pegou a arma que mantinha no porta-luvas.— Você está pronto para isso? — ela perguntou, sua voz firme, mas repleta de preocupação.Ele lhe lançou
Quando Beatriz e Davi voltaram para casa naquela noite, exaustos, uma nova mensagem os aguardava. Um envelope deixado anonimamente na porta.Dentro, havia uma única folha de papel."Augusto era apenas a ponta do iceberg. Você ainda não encontrou o verdadeiro inimigo."Davi fechou os olhos, sentindo a raiva crescer dentro dele. A guerra ainda não havia acabado.E o pior ainda estava por vir.Davi passou as mãos pelo rosto, tentando conter a fúria que ameaçava transbordar. O papel amassado em suas mãos era uma sentença de que nada havia terminado. Beatriz olhou para ele, o olhar carregado de preocupação e determinação.— Precisamos descobrir quem está por trás disso — disse ela, pegando o envelope e analisando cada detalhe. — Isso não pode ser uma coincidência.Davi caminhou até a janela, observando a cidade iluminada abaixo. Cada sombra parecia esconder um inimigo. Cada movimento na rua podia ser uma armadilha. Eles estavam sendo observados.— Fernando deve analisar isso imediatamente
O ar denso do galpão parecia se fechar sobre Davi enquanto ele perseguia o homem misterioso. A escuridão fazia cada movimento parecer incerto. Seus pés batiam contra o chão frio, ecoando pelo corredor estreito.Um novo disparo soou.Davi sentiu uma dor aguda no lado do abdômen. Ele cambaleou, pressionando a mão contra a ferida. O calor do sangue escorria por seus dedos.— Droga… — murmurou, cerrando os dentes.Mas ele não podia parar.O homem se virou no final do corredor, apontando a arma diretamente para ele. Os olhos frios e calculistas revelavam a ausência de medo.— Você não devia ter vindo — disse o inimigo, sua voz baixa e ameaçadora.Davi ergueu a arma com a mão trêmula. O mundo ao seu redor girava, e a dor latejava em cada nervo do seu corpo. Antes que pudesse reagir, um terceiro tiro ecoou.O silêncio tomou conta.Davi caiu de joelhos, ofegante. O homem diante dele cambaleou, levando a mão ao peito, e então caiu inerte no chão.Fernando surgiu atrás dele, arma ainda apontada
O ar denso do galpão parecia se fechar sobre Davi enquanto ele perseguia o homem misterioso. A escuridão fazia cada movimento parecer incerto. Seus passos ecoavam, uma sinfonia sinistra de caça e medo.Um novo disparo rompeu o silêncio.Davi sentiu uma dor lancinante atravessar seu abdômen. Um calor escorreu por entre seus dedos quando ele pressionou a ferida. Seus joelhos fraquejaram, mas ele não podia parar. A consciência ameaçava fugir, e a morte pairava ao seu redor como uma sombra faminta.— Você não devia ter vindo — disse o inimigo, os olhos vazios de remorso.Com a visão turva, Davi ergueu a arma, a mão trêmula. Mas antes que pudesse atirar, outro tiro ecoou pelo galpão.Silêncio.Davi caiu de joelhos, lutando para respirar. O homem diante dele cambaleou, levando a mão ao peito antes de tombar sem vida. Atrás dele, Fernando abaixava a arma, a expressão sombria.— Você não ia conseguir sozinho — murmurou.O mundo girou. Davi tentou rir, mas a dor o consumia. Seus olhos pesaram,
O quarto do hospital estava silencioso, apenas o som ritmado dos monitores preenchia o espaço. Beatriz e Fernando se entreolharam, conscientes da gravidade da situação. Davi, ainda fraco, olhou para ambos, sua voz rouca mas firme.— Eu preciso desaparecer.Beatriz apertou sua mão, sentindo um aperto no coração.— Você quer forjar sua própria morte?Davi assentiu lentamente.— Se eu continuar vivo para o mundo, eles vão continuar me caçando. Se acreditarem que estou morto, posso agir das sombras.Eles passaram a noite elaborando cada detalhe. Um acidente cuidadosamente arquitetado, documentos falsos, uma despedida silenciosa. Para todos os efeitos, Davi Bernardes deixaria de existir ao amanhecer.Beatriz lutava contra as lágrimas. O pensamento de viver sem ele, mesmo que temporariamente, era esmagador. Mas, no fundo, sabia que era a única forma de protegê-lo. O peso da decisão recaiu sobre eles como uma maldição silenciosa.— Isso é apenas um adeus por agora — ele sussurrou. — Eu vou v
Os dias na cabana eram longos e solitários. Davi passava horas analisando os documentos que Fernando enviava, traçando estratégias, estudando os inimigos. Seu corpo ainda carregava as cicatrizes do atentado, mas sua mente estava mais afiada do que nunca.As noites eram assombradas por lembranças. O calor de Beatriz, seu perfume, o som de sua risada. Ele relia suas cartas, memórias escritas que nunca chegariam a ela. Mas precisava seguir firme.Beatriz, por outro lado, sentia-se perdida. O vazio deixado pela suposta morte de Davi era sufocante. No escritório, os olhares de pena, os sussurros, tudo a lembrava do que havia sido tirado dela. Mas ela não podia fraquejar. Precisava manter a fachada, agir como se estivesse em luto enquanto ajudava Fernando a desmascarar os inimigos que ainda rondavam.Os meses passaram lentamente. A rede de traições se tornava cada vez mais clara. O nome do verdadeiro mandante do atentado surgia entre as informações enviadas para Davi.Até que, numa noite si