Beatriz sentia que estavam chegando a um ponto sem retorno. Matteo Salvatore não hesitaria em destruí-los, e a guerra que se iniciava poderia ter consequências irreversíveis. Ela precisava agir antes que tudo desmoronasse.Naquela noite, enquanto Davi dormia, Beatriz arrumou suas malas em silêncio. Seu coração pesava, mas sabia que era a única forma de proteger aqueles que mais amava. Seus filhos não poderiam ficar no meio dessa guerra.Ela os deixou sob os cuidados de parentes distantes, longe dos olhos de Matteo. Cada despedida foi um golpe em seu peito, mas sua determinação era maior. Eles estariam seguros. E agora, ela enfrentaria Matteo sozinha.Davi acordou com a sensação de que algo estava errado. Ao notar o lado vazio da cama e a ausência dos filhos, seu coração disparou. Uma carta sobre a mesa confirmou seus piores temores.Davi, eu preciso fazer isso sozinha. Não posso deixar que você e nossas crianças paguem o preço desta guerra. Matteo quer me destruir, e eu não vou deixá-
Beatriz sentia que estavam chegando a um ponto sem retorno. Matteo Salvatore não hesitaria em destruí-los, e a guerra que se iniciava poderia ter consequências irreversíveis. Ela precisava agir antes que tudo desmoronasse.Naquela noite, enquanto Davi dormia, Beatriz arrumou suas malas em silêncio. Seu coração pesava, mas sabia que era a única forma de proteger aqueles que mais amava. Seus filhos não poderiam ficar no meio dessa guerra.Ela os deixou sob os cuidados de parentes distantes, longe dos olhos de Matteo. Cada despedida foi um golpe em seu peito, mas sua determinação era maior. Eles estariam seguros. E agora, ela enfrentaria Matteo sozinha.Davi acordou com a sensação de que algo estava errado. Ao notar o lado vazio da cama e a ausência dos filhos, seu coração disparou. Uma carta sobre a mesa confirmou seus piores temores.Davi, eu preciso fazer isso sozinha. Não posso deixar que você e nossas crianças paguem o preço desta guerra. Matteo quer me destruir, e eu não vou deixá-
A madrugada era densa e carregada de tensão. Beatriz e Davi estavam no centro de operações montado às pressas no escritório de Fernando. Mapas, telas de vigilância e ligações frenéticas preenchiam o ambiente.— Conseguimos rastrear a ligação. Foi feita de um armazém abandonado no porto — Fernando anunciou.Davi pegou a arma sobre a mesa e olhou para Beatriz.— Vamos buscar nossos filhos.Ela assentiu, os olhos brilhando com uma fúria incontrolável.Ao chegarem ao porto, os galpões escuros pareciam se fundir com a neblina noturna. Davi e Beatriz se esgueiraram entre os contêineres, cada passo calculado. O silêncio foi quebrado pelo choro abafado de uma criança. O coração de Beatriz disparou.— Eles estão aqui — ela sussurrou.Antes que pudessem avançar, um grupo de homens armados surgiu das sombras.— Chegaram rápido demais — um deles disse, segurando um rádio. — O chefe quer falar com vocês.As portas do galpão se abriram, revelando um homem alto, de terno escuro, que sorria como se e
Capítulo 34: Entre o Sonho e a RealidadeBeatriz abriu os olhos e sentiu o calor suave do sol em seu rosto. O aroma de flores frescas e grama recém-cortada flutuava no ar, misturando-se com o canto suave dos pássaros. O céu era de um azul intenso, sem uma única nuvem à vista. Ela inspirou profundamente, sentindo um inexplicável conforto preencher seu peito.O jardim ao seu redor era vasto e vibrante. Rosas desabrochavam em canteiros perfeitamente alinhados, enquanto borboletas coloridas dançavam ao vento. O riso cristalino de seus filhos soava como melodia, ecoando pelo gramado impecável. Ela os viu correndo, os cabelos esvoaçando sob a brisa morna.Na varanda de uma casa branca e imaculada, Davi a observava. Ele estava sentado em uma cadeira de balanço, um livro aberto nas mãos, mas seus olhos estavam fixos nela, cheios de ternura.— Você demorou. — Sua voz era suave, carregada de carinho.Beatriz sorriu e caminhou até ele. Sentou-se ao seu lado, permitindo que a tranquilidade daquel
Beatriz tentou gritar, mas sua voz não saía. Seus músculos estavam fracos, e a escuridão ao redor parecia sufocante. A última coisa que lembrava era o jardim, a paz... e então tudo desmoronou.A figura ao seu lado continuava ali, observando-a de perto. A silhueta era indistinta, mas o tom da voz soava familiar. Um arrepio percorreu sua espinha.— Onde... estou? — ela conseguiu murmurar.— No único lugar onde nunca deveria ter voltado. — A voz carregava um tom de satisfação.Beatriz tentou se mover, mas seus braços estavam amarrados à cama hospitalar. O bip contínuo do monitor cardíaco marcava o ritmo da sua respiração acelerada.— Quem... quem é você? — seus olhos se esforçaram para identificar a sombra.A figura inclinou-se, revelando um rosto parcialmente iluminado pela luz fraca do quarto. Era alguém que Beatriz não via há anos. Alguém que deveria estar morto.— Você não achou que sairia dessa tão fácil, achou? — disse a voz, com um sorriso cruel.Beatriz sentiu o sangue gelar.— I
Beatriz encarou Davi através do vidro de seu escritório. O homem que antes representava segurança e paixão agora era um enigma. As fotos ainda queimavam em sua mente. Aquele era o Davi que ela conhecia? Ou o homem que jurava protegê-la escondia segredos sombrios?Respirando fundo, ela bateu na porta e entrou. Ele levantou o olhar, sorrindo de leve.— Pensei que não viria. — Davi se recostou na poltrona, observando-a com atenção.Beatriz manteve a postura firme. Caminhou até a mesa e colocou o envelope com as fotos sobre ela.— Preciso que me explique isso.O sorriso de Davi desapareceu. Ele pegou as fotos e folheou-as lentamente. Seu maxilar se contraiu, e então ele fechou os olhos por um momento antes de encarar Beatriz.— Onde conseguiu isso?— Isso importa? — Ela cruzou os braços. — O que importa é saber se você está envolvido com esses homens. Se você mentiu para mim esse tempo todo.Davi suspirou e se levantou, caminhando até a janela.— Eu nunca menti para você, Beatriz. Mas não
jantar da alta sociedade estava em andamento, repleto de risos falsos e negociações escondidas por olhares discretos. Beatriz e Davi entraram no salão, suas presenças instantaneamente notadas. Eles não estavam ali apenas para manter aparências. Aquela noite era um campo de batalha.Enquanto Beatriz fingia interesse em uma conversa com um influente investidor, Davi se afastou, seguindo para uma sala privativa onde um de seus contatos o esperava. As informações que ele prestes a receber mudariam todo o rumo do jogo.Entretanto, alguém também os observava. Um olhar atento e predador acompanhava cada um de seus passos.O jogo de poder havia começado. E a primeira jogada seria mortal.A reunião secreta de Davi não saiu como o esperado. O contato que ele esperava nunca apareceu. Em vez disso, uma mensagem anônima chegou ao seu celular: "Você está sendo vigiado."Enquanto isso, Beatriz percebeu que estava sendo seguida. Ela saiu discretamente do salão e caminhou pelos corredores escuros do h
Na manhã seguinte, Beatriz entrou na Bernardes Corporation sentindo o peso do que estava por vir. Seu olhar varreu o ambiente enquanto caminhava até sua sala. Tudo parecia normal, mas havia algo no ar—uma tensão silenciosa que a fazia sentir que estavam sendo observados.Davi convocou uma reunião de emergência com a diretoria. Quando todos estavam presentes, ele lançou um olhar gelado para Augusto, que permaneceu impassível.— Há informações vazando de dentro da empresa — Davi começou, sua voz firme. — E alguém aqui está envolvido nisso.Os olhares se cruzaram na mesa de conferência. Alguns demonstravam surpresa, outros desconforto. Mas Augusto apenas ergueu uma sobrancelha, mantendo a compostura.— E você já tem um suspeito? — Augusto perguntou, sua voz firme, mas com um leve tom de desafio.Davi cruzou os braços.— Ainda não. Mas pretendo descobrir.Beatriz sentiu um arrepio. Se Augusto fosse realmente o traidor, ele não entregaria nada facilmente. E, pior, poderia tentar atacar pri