..... DIA SEGUINTE ..... Quando eu estava de passagem pela cidade do interior, o Vicente trabalhava e eu gozava do meu tempo livre, agora invertemos os papéis, enquanto o Vicente está passeando, eu preciso trabalhar. Os próximos dias serão assim, a rotina do trabalho, mas a volta para casa nunca se tornou tão desejosa: saber que o Vicente está me esperando faz o meu coração bater mais forte. Ao fechar a porta principal de casa, sinto um aroma o qual inunda todo o ambiente: — Lana? — escuto Vicente chamar. Caminho em direção a cozinha e ao chegar, tenho uma deliciosa visão: Vicente apenas de samba canção, como o abdômen musculoso de fora coberto apenas por um avental. O cabelo está desarrumado, mas não deixa de ser um charme. — Você cozinhou! — digo surpresa. — Tive que manter-me ocupado enquanto você estava fora. — ele vira-se para me ver e sorri — Quer provar? Deixo os sapatos de lado e a bolsa do chão e aproximo-me: — Quero! O que é? — Panqueca integral com cald
Nos sentamos para jantar, compartilhando risos e conversas. — Planejei um jantar no Bistro Francês amanhã à noite. Você gostaria de me acompanhar? — faço o convite. Vicente fica surpreso, mas logo sorri: — Seria um prazer! — Ótimo! — Algum motivo especial para escolher este restaurante? — Vicente pergunta. — Escolhi o Bistro Francês porque sou amiga íntima da chef, Sophia. Quero que vocês se conheçam. Ela preparará um jantar exclusivo para nós. Vicente fica intrigado: — Uma chef famosa? Estou curioso! — Quero que você conheça Sophia porque ela pode ser fundamental para o seu futuro na gastronomia. Seu talento merece ser reconhecido. — revelo o meu objetivo. — Você acredita mesmo em mim...? — a fala de Vicente soa como uma pergunta. — É claro. — sorrio — Penso que você devia fazer o mesmo, pois tem um talento excepcional. ..... DIA SEGUINTE ..... O Bistro Francês "Le Coeur" é um local encantador, com atmosfera íntima e sofisticada. Ao entrar, somos recebidos pelo aroma
..... DIA SEGUINTE ..... Após outro prato delicioso preparado pelo Vicente, decidi lavar a louça suja. Enquanto lavo a louça, Vicente fica logo atrás de mim, brincando com os meus dedos sob a água. Isso me faz rir. — Você é tão linda quando ri. — Vicente diz com o rosto afundado na curva do meu pescoço. — E você é charmoso quando cozinha. — digo alegre, os momentos simples com o Vicente são tão agradáveis. — Cozinhar para você é meu prazer. — sinto ele sorrir contra a minha pele. Sinto um arrepio percorrer o meu corpo e o meu coração acelera. Vicente parece notar o seu efeito sobre mim, pois vira-me para ficamos de frente um para o outro e me imprensa com o corpo contra o gabinete da pia. Fico perdida em seus olhos e na sua boca. Devo ter me esquecido de tudo ao redor, pois, não havia percebido a presença da Luna, minha irmã, escorada da porta de entrada da cozinha, até que ela pigarrea. — Quem é você? — Luna pergunta com uma expressão curiosa para o Vicente. —
A conversa fluiu bem no café matinal, a Luna sempre fazendo alguma gracinha para me provocar. Como as horas se avançam, pedi licença e fui me aprontar para o trabalho. Deixei Luna e Vicente conversando sozingos e admito estar curiosa para saber o que tanto eles conversaram. Quando estou pronta, volto para a cozinha. — Vicente, o que você realmente quer de Lana? — Luna pergunta, quando me vê — Ela é super especial. Vicente sorri para mim e responde: — Lana é incrível. Quero conhecê-la melhor, ver onde isso pode levar. Estou pronto para algo sério. Fico surpresa com a sinceridade dele. Luna analisa Vicente e então diz, parecendo satisfeita: — Gostei da sua resposta. Você parece genuíno. — Luna acrescenta — Os pais iriam adorar conhecer você, Vicente! — Gostaria de conhecê-los... — Vicente fala e eu o interrompo. — Não, Luna! Não precisa. — apresso-me em dizer, me intrometendo na conversa deles — Não seja tímida, Lana! Os pais vão adorar Vicente. Vamos marcar u
Já tem um tempo que nós mergulhamos na água cristalina, e o Vicente estava certo, um lugar como este não pode ser evitado. Outras famílias dos demais barcos também estão aproveitando o dia ensolarado para mergulhar na represa, enquanto os barcos balançam suavemente ao fundo. Estou distraída, observando as embarcações que não havia percebido que o Vicente mergulhou e emergiu atrás de mim; os seus braços me envolvem e ele me puxa para perto. — Vicente, solte! — rio de sua travessura. — Nunca! — ele sorri. Viro-me na água, para ficarmos frente a frente, se olhando nos olhos, enquanto a represa brilhava ao redor. Unimos os nossos lábios em um beijo suave, a paixão e o desejo fluindo por cada centímetro do corpo. Quando nos afastamos, percebemos algo: o barco se afastando. Estávamos tão perdidos no beijo e não notamos a embarcação sendo levada pela brisa. Gritamos: — O barco! — berro e começo a nadar. — Nossa comida! — Vicente vem logo atrás e me alcança. Nadamos at
..... ALGUMAS SEMANAS DEPOIS ..... Com a temperatura mais baixa hoje, decidi vir prepara um chá de erva doce para enfrentar a rotina no trabalho. Encontrei a Ágatha, a tesoureira da empresa, no espaço de café, a qual teve a mesma ideia. Ágatha e eu não somos melhores amigas, porém, temos um bom relacionamento profissional e feminino, aliás nossos trabalhos se coincidem. Sendo assim, sempre que descobrimos algo sobre nossos colegas de trabalho, compartilhamos uma com a outra — às vezes, falar apenas de trabalho é exaustivo. — Já está sabendo a novidade? — Ágatha pergunta, enquanto pega a xícara de chá que eu preparei para nós. — Qual seria? — pergunto em dúvida. — O sr. Henri Leblanc, diretor internacional de Desenvolvimento de Negócios da nossa matriz em Paris, virá para uma visita esta semana. — Ágatha conta, em um tom baixo. — Por acaso é um segredo? — ergo uma sobrancelha, indiferente. — Soube hoje sobre a visita inusitada, mas descobri que as garotas da recepção já estava
No hospital, recebo atendimento e o enfermeiro enfaixa o meu pulso, após constatar a torção. Aguardo em um quarto, enquanto espero o médico vir e me dar alta, assim posso retornar para casa. Escuto uma batida na porta, em seguida ela é aberta e o meu pai, Fernando, adentra o cômodo: — Está bem agora? — ele se aproxima, ficando em pé em minha frente. —Sim, foi apenas um susto. — sorrio fracamente. Os remédios que fui medicada estão ajudando a diminuir a dor. — Ótimo. — ele diz aliviado e continua — Eu liguei para a Luna e expliquei o ocorrido. Logo, a sua mãe e ela devem chegar. — Obrigada, pai. Não consegui contato com a mãe e a Luna. — explico — Obrigada por vir. — Estou sempre aqui para você. — o meu pai fala. A porta do quarto é aberta violentamente, permitindo que eu não precise dar uma resposta ao meu pai; Luna e a minha mãe, Maria Helena, aparecem em meu campo de visão. — Lana, filha! Como você está? — a minha mãe pergunta, preocupada. — Como isso aconteceu?
— Sendo assim, Lana, por que não mostra ao Sr. Leblanc nossos projetos em andamento? — Ágatha muda o assunto e agradeço mentalmente por isso. — Claro, vamos para a sala de reuniões. — digo em concordância. Saímos no meu escritório e Henri vem logo atrás de nós, observando o ambiente com interesse. Quando chegamos na sala de reunião, nos sentamos e apresento através de impressões os projetos. — Nossa estratégia foca em inovação sustentável e eficiência operacional. — começo a dizer. — Impressionante. Sua abordagem é inovadora. Quais são os principais desafios? — Henri diz, enquanto folheia os papéis, curiosamente. — Aumentar nossa presença no mercado global e manter a qualidade. — respondo. — Entendo. — Henri levanta o olhar para mim e continua — Sua liderança é inspiradora. Você tem um futuro brilhante. Sorrio em agradecimento, desconhecendo o olhar admirado de Henri. — Lana é nossa principal estrategista. — Ágatha faz um elogio. — É uma característica notória, de